terça-feira, 9 de novembro de 2010

A dura tarefa de ser ovelha no Brasil.


O que fazer? Pra onde ir? Se Pedro fizesse essa clássica pergunta hoje, os interlocutores ficariam perplexos diante de fornecer uma resposta plausível aos dramas expostos nessas perguntas.

Cada vez que penso no declínio da pregação cristã no século XXI me deparo com o desafio enquanto pastor de me tornar relevante aos ouvintes. O desafio de ser inteligível tanto ao intelectual quanto ao iletrado me seduz muito.

Porque nosso panorama atual consiste em duas vertentes nitidamente distintas: de um lado o evangelho dos desesperados, promessas e mais promesssas, sementes e fogueiras santas. Do outro, a grande e majestosa torre de marfim da academia, cheia de teorias e de falsa compaixão e vazia de vida e amor ao próximo. É o Evangelho que divide ricos e pobres, cultos e carentes de cultura, é o evangelho semita que apesar de derivarem do mesmo pai, falam línguas totalmente diferentes.

É... sentar-se em um banco de igreja e ouvir algo que faça sentido tem sido uma tarefa árdua para quem procura uma igreja evangélica. Confiar nos pastores então, nem se fala, árdua missão já que as demonstrações públicas de falta de caráter são frequentes na televisão. Eu sou pastor, mas também sou ovelha, e dou graças a Deus por ter encontrado um "lar" sadio e gente que se preocupa comigo.

Que Deus levante uma geração de pastores que se importem com gente e não com dinheiro, que se preocupe com pessoas e não com estruturas. Pastores segundo o coração de Deus e não segundo a ordem de mamon.

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