segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Que Evangelho Estamos Pregando?



Certo dia estava passando por uma rua e me deparei com uma senhora que estava freqüentando a minha igreja já a algum tempo.
Para minha surpresa ela estava na porta de um bar com um copo de bebida alcoólica na mão.
Comecei a me lembrar então de várias pessoas que já haviam freqüentado a minha igreja, alguns até por um longo período mais não tinham sido libertos de seus vícios.
Me veio a lembrança os seguintes versículos:

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8: 32


"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres." João 8: 36


Comecei a me lembrar também de alguns textos onde Jesus realizou a libertação de algumas vidas:

Os endemoninhados gadarenos: Mt 8:28 a 34
A libertação de um Lunático: Mt 17: 14 a 22 
Libertação do endemoninhado de Cafarnaum: Mc 1: 23 a 28
A libertação da filha da mulher Cananéia: Mc 7:24 a 30


E existem muitos outros casos de libertação que a Bíblia relata.
O interessante é que na maioria dos casos Jesus não precisou nem impor as mãos, as pessoas eram libertas pelas palavras que saiam de sua boca.
Ah mais as palavras que saíam da boca de Jesus era a Palavra de Deus!
Se a Bíblia é a Palavra de Deus que nós "cristãos" declaramos, e se em nossos púlpitos é apenas pregado a palavra de Deus, porque as pessoas que freqüentam as nossas igrejas não são totalmente libertas?
Jesus disse em João 14: 12 que se crêssemos faríamos as obras que ele fazia e ainda maiores.
Então porque as pessoas não estão sendo libertas com a nossa pregação, se a pregação de Jesus libertava as pessoas?
Por que não realizamos nem as obras que Jesus realizava, se podemos realizar obras ainda maiores?
Ah já sei, é porque as pessoas freqüentam nossos cultos mais não tem compromisso com Deus.
Ah também pode ser que elas estão em pecado, e por isso não podem ser libertas.
Pode ser também porque elas não são Dizimístas, e por isso o Senhor não pode repreender o devorador, o migrador...ou sei lá mais qual dor.
Nos textos citados acima é interessante notar que em nenhum deles Jesus disse o porque as pessoas estavam presas em suas cadeias.
Jesus em momento algum falou qual era o motivo que estava deixando aquelas pessoas naquela situação, e em nenhum momento disse que se eles fizessem isso ou deixassem de fazer aquilo, aí sim seriam libertos.
Jesus os libertou porque simplesmente de alguma forma clamaram por ajuda.
Se as pessoas que estão entrando em nossas "Igrejas" estão participando de nossas reuniões, cultos racionais e escolas bíblicas estão clamando mais não estão sendo libertas, onde esta o erro, ou quem esta errado?
Será que é das pessoas que estão indo lá ou das "igrejas",ou congregações,comunidades, como queiram chamar?
Se o evangelho que Jesus pregava libertava, porque o que nós pregamos não liberta?
Será que Deus Mudou?Ou  será que foi a sua Palavra que mudou?
Acho que a pergunta tem que ser mudada para:
Qual evangelho nós temos pregado?
Temos realmente pregado a verdade?
O Cristo que pregamos é mesmo o Filho de Deus, que foi morto pelos nossos pecados, para trazer salvação, cura e libertação?
Será que realmente temos pregado o mesmo Evangelho que Cristo pregava?
Porque não tem feito o mesmo efeito na vida das pessoas então?
Porque elas não tem sido libertas com a nossa pregação como as pessoas eram libertas com a pregação de Cristo e dos Apóstolos, se servimos o mesmo Deus deles, e pregamos a mesma palavra?
Já esta na hora de rever os nossos conceitos de conhecimento do evangelho e realmente conhecermos e pregar o verdadeiro Evangelho, que cura, liberta e traz paz aos corações.

"O Espírito do Senhor está sobre mim, para levar boas novas aos pobres; enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos cegos." Is 61: 1


Luís Antonio Ramos











  

O CLAMOR EMOCIONADO DE DEUS

INTRODUÇÃO


Referência: Jeremias 2.1-13

São impressionantes as semelhanças que há entre a vida de Jeremias e a de Jesus:
1) Os dois nasceram e cresceram em pequenos povoados: Jeremias em Anatote e Jesus, em Nazaré.
2) Os habitantes de Anatote rejeitaram Jeremias e procuraram mata-lo, da mesma maneira que os habitantes de Nazaré rejeitaram Jesus.
3) Os líderes religiosos foram os principais inimigos de Jeremias, e a mesma coisa aconteceu com Jesus.
4) Jeremias atacou o povo de então por causa da sua fé supersticiosa que tinham no Templo, e por crerem que a conduta moral não era importante, já que eles obedecem ao ritual do Templo. Jeremias disse assim: “Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, Templo do Senhor é este... Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam... Será esta casa, que se chama pelo meu nome, um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor” (Jr 7:4,8-11). Jesus “tendo entrado no templo, expulsou a todos os ali vendiam e compravam; também derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada Casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” (Mt 21:12-13).
5) Tanto Jeremias como Jesus estavam destinados a viver vidas solitárias.
6) Jeremias e Jesus choraram sobre Jerusalém. Ouçamos primeiramente as palavras de Jeremias: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; estou de luto; o espanto se apoderou de mim. Acaso não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo? Oxalá a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos em fonte de lágrimas. Então choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo” (Jr 8:20-9:1). Agora, ouçamos as palavras de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, e tu não quiseste” (Mt 23:37).
7) Tanto Jeremias como Jesus sabiam que a palavra de final de Deus ao seu povo não era de juízo, mas de uma nova aliança. Assim diz Jeremias: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Jr 31:31). E na noite em que foi traído, Jesus se reuniu com os seus discípulos no cenáculo, para celebrar a Páscoa. E, depois de haver tomado o cálice e orado, ele o deu aos seus discípulos, e disse: “Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26:27-28).
8) Tomando-se em conta todas essas semelhanças não é de se admirar que, quando Jesus apareceu, algumas pessoas pensassem que ele fosse Jeremias (Mt 16:13,14). Assim como Jesus veio para proclamar aos homens o amor de Deus e convocá-los para se voltarem para Deus, Jeremias também levanta aos ouvidos da nação o clamor de Deus. Esta é a primeira mensagem de Jeremias. Ouçamo-la

I. A SAUDADE DE DEUS – V. 1-3

1. Deus sente saudade dos tempos áureos de afeição do seu povo por ele – v. 2
• “Lembro-me de ti, da tua afeição...” (v. 2). O coração de Deus se move de amor por você. Ele tem saudade daquele tempo quando você o conheceu, quando você se afeiçoou a ele e entregou-lhe seu coração. Deus tem saudade daquele tempo em que você se deleitava nele e tinha prazer de ler sua Palavra e falar com ele em oração. Deus tem saudade daquele tempo que você vinha a sua casa exultando de alegria e cantava louvores a ele com todo o fervor da sua alma. Deus tem saudade daquele tempo quando seu coração era totalmente dele e você descansava nele nas horas da sua aflição.

2. Deus sente saudade dos tempos do seu primeiro amor por ele – v. 2
• Naquele tempo você tinha afeição por Deus. Naquele tempo você estava encantando com a graça de Deus. Você se assentava aos seus pés para adorar. Você não cessava de falar do seu doce nome. Naquele tempo seu coração exultava com as coisas de Deus.
• Hoje, as coisas acontecem. Você vem ao templo, você gosta dos rituais. Você mantém um compromisso externo, mas o seu coração está frio. Sua alma já não está enamorada de Deus. O ritual tomou o lugar da devoção. O templo substituiu a comunhão com o Senhor do templo. Tudo continua acontecendo, mas seu coração já não é mais puro, sua vida já não é mais santa, Deus não é mais o prazer da sua alma (Jr 7:4).

3. Deus sente saudade daquele tempo que você tinha comunhão com ele – v. 2
• Deus sente saudade daquele tempo que você era noiva. Oh como você se preparava para encontrar-se com o Senhor. Como você tinha prazer de estar com ele. Como gostava de ouvir sua voz. Oh! Como se deleitava nos seus conselhos! Deus se alegrava em você como o noivo se alegra com a sua noiva. Deus tinha em você todo o seu prazer. Você era a delícia de Deus. A menina dos olhos de Deus.

4. Deus sente saudade daquele tempo que você o seguia no deserto – v. 2
• Andar com Deus era uma aventura. Seu coração confiava no Senhor sem duvidar. Você saiu do cativeiro e mergulhou na aventura do deserto confiante no cuidado, no livramento, na proteção e na providência divina.
• Deus tem saudade desse tempo que não havia rebeldia no seu coração, nem incredulidade, nem dúvida.

5. Deus tem saudade daquele tempo que você era consagrado a ele – v. 3
• Você se entregou a Deus sem reservas. Seu coração, sua vida, seu destino, seu futuro: tudo você entregou ao Senhor. Você era totalmente dele. Deus tem saudade desse tempo quando Deus era o seu maior tesouro, maior riqueza, maior alegria, sua grande recompensa.

6. Deus tem saudade daquele tempo ele tinha profundo zelo pela sua vida – v. 3
• Tocar em você era tocar na menina dos olhos de Deus. Aqueles que declaravam guerra contra você, declaravam guerra contra Deus. Ele ia à sua frente para lhe defender. Ele desalojava os seus inimigos. Ele guerreava as suas guerras. Ele desbaratava os seus adversários. Sua confiança não estava na sua força, nem na sua riqueza, nem na sua inteligência, mas no Senhor. Você confiava nele e Deus defendia você. Sua caminhada com Deus era uma aventura deleitosa.

II. O LAMENTO DE DEUS – V. 4-8

1. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou a despeito da redenção de Deus – v. 5-6
• A noiva amada de Deus tornou-se infiel. Ela se enamorou pelos seus muitos amantes e se afastou do amado da sua alma. A causa da sua infidelidade não estava em nenhuma injustiça do seu noivo, mas na sua própria infidelidade.
• Deus tirou o povo do Egito, debaixo do chicote, das algemas de ferro, da escravidão opressa. Deus quebrou os seus grilhões, tirou-o das gargantas do inferno, mas agora, o seu povo o abandona apesar de tão grande redenção.
• Deus nos tirou do império do império das trevas, da potestade de Satanás. Ele quebrou os nossos grilhões, perdoou-nos, remiu-nos. Éramos escravos e ele nos amou, mas muitos hoje o abandonam e o trocam por outros deuses.

2. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou a despeito da proteção de Deus – v. 6
• Deus não só tirou o seu povo do cativeiro, mas o guiou pelo deserto. Deus o livrou dos seus inimigos. Deus lhe deu vestes e sandálias que não ficaram rotas. Deus lhe deu água no deserto. Deus lhe deu maná do céu. Deus lhe abriu fontes nas rochas. Deus estampou diante deles milagres extraordinários. Deus guerreou suas guerras e lhes deu grandes vitórias. Mas apesar de tão grande amor, o seu povo o deixou e o trocou por outros deuses.
• Deus também tem nos abençoado. Ele tem nos dado a vida, saúde, a família, o alimento, o abrigo, a proteção. Ele tem nos guiado e nos livrado do mal. Mas, apesar da proteção divina, nós também o temos deixado.

3. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou a despeito da provisão divina – v. 7
• Deus introduziu o seu povo em Canaã, uma terra deleitosa. Deus foi fiel em todas as suas promessas. A terra foi presente de Deus, não conquista do povo. A entrada na terra foi ação divina, não obra humana. Tudo foi feito por Deus. Tudo veio de Deus.
• Mas quando o povo entrou na terra prometida, em vez de dar a glória devida ao Senhor, contaminaram a terra. Em vez de serem luz entre as nações, corromperam-se como as outras nações. Em vez de influenciar as outras nações, foram influenciadas por elas.

4. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou por causa da corrupção de sua própria liderança – v. 8
• O povo é um retrato da sua liderança. Enquanto estamos buscando melhores métodos, Deus está buscando melhores homens. Aqueles que deveriam conduzir o povo a Deus, a liderança desviou o povo de Deus. Tornaram-se laço, em vez de canais. Tornaram-se lobos, em vez de pastores.
• Os sacerdotes tornaram-se omissos.
• Os mestres da Palavra tornaram-se ímpios.
• Os pastores tornaram-se aproveitadores.
• Os profetas tornaram-se apóstatas.

III. A INDIGNAÇÃO DE DEUS – V. 9-13

1. O povo de Deus tornou-se mais infiel do que os pagãos – v. 10-11
• Os ímpios, mesmo adorando ídolos mudos, que não deuses, não trocavam esses ídolos por outros deuses. Mas, Israel mesmo servindo o Deus vivo, abandonou o Senhor e o trocou por ídolos de nenhum valor. A fidelidade dos ímpios aos seus deuses reprovava a infidelidade de Israel.
• Os pagãos são mais dedicados aos seus deuses do que o povo de Deus ao Senhor. Eles são mais zelosos, do que o próprio povo de Deus.

2. O povo de Deus abandonou o Senhor, a fonte das águas vivas – v. 13
• O pecado do povo de Deus é tão grave que até os céus ficam espantados. É algo inacreditável. O povo de Deus abandonou o seu Senhor. Que Senhor?
• Jeremias retrata a Deus com uma figura. Para Davi Deus é o bom pastor. Para Moisés é um fogo que consome. Para Jeremias é a fonte das águas vivas.
• Ilustração: Como explicar Deus? Agostinho: Esvaziar o oceano com uma vazilha.

a) Deus é a fonte da vida, nossa vida depende dele – A alma afastada de Deus já está morta. Sem Deus você não vive. Só na presença de Deus tem plenitude de alegria.
b) Deus é a fonte de vida abundante – Deus não é uma cisterna, mas uma fonte. Uma cisterna apenas armazena água, mas uma fonte produz água. A água corre da fonte. A fonte é inesgotável. A fonte tem água viva, água limpa, água que flui abundantemente. Isso é símbolo da vida que Cristo oferece. Quem nele crê tem uma fonte a jorrar para a vida eterna. Quem nele crê nunca mais tem sede. Quem nele crê, rios de água viva fluem do seu interior. Jesus veio para lhe dar vida em abundância.

3. O povo de Deus cavou cisternas rotas que não retém as águas – v. 13
• Ilustração: O povo que vive no vale: de um lado tudo seco, do outro tudo exuberante. O povo vive do lado seco em vez de viver no pomar frutuoso. De repente o povo começa a cavar a areia dura do deserto. Abre uma cacimba. Todos gritam: água! O povo desesperado de sede corre. Ao chegar, descobre que a cisterna está rachada e não pode reter as águas. Apesar de tanto trabalho, não há esperança para essas pessoas. Isso é um símbolo da insensatez do povo que abandona o Senhor e busca satisfação em outras fontes.

a) Se Deus é o manancial das águas vivas, por que seu o povo o abandona? – Muitas vezes, o povo de Deus tem se cansado de Deus. Tem sido atraído e seduzido pelo pecado, pelo mundo, pelas cisternas rotas. Miquéias pergunta: “Povo meu, que te tenho feito? Por que te enfadaste de mim? Responde-me” (Mq 6:3). O Filho Pródigo sentiu-se insatisfeito na casa do Pai e foi para um país distante, onde gastou tudo que tinha vivendo dissolutamente. Hoje, trocamos a Deus pelo prazer, pelo dinheiro, pelo sucesso, pelos ídolos modernos.
b) O perigo de ser seduzido por algo artificial – Israel deixou o Senhor e se deixou seduzir por ídolos. Israel pensou: O nosso Deus é muito exigente. Queremos uma religião que nos custe menos, que nos dê mais liberdade, que não nos cobre tanto. Queremos ser livres como os outros povos para fazermos tudo sem drama de consciência. Trocaram a verdade pela mentira e Deus pelos ídolos.
c) Alimentando-se de pó em vez de beber da fonte – Quem troca o Senhor por outras fontes começa a morrer de sede. Só o Senhor tem a água da vida. Só Ele pode matar a nossa sede. Só nele a sua alma pode dessedentar-se. Só ele satisfaz a sua alma.

CONCLUSÃO

1. Mesmo quando abandonamos o Senhor, ele não nos abandona. Deus continuou pleiteando com o povo e com seus filhos (v. 9). Deus não abre da sua vida. Ele não desiste de você. Ele não deixa o seu encalce. Pedro desistiu de Jesus, mas Jesus não desistiu de Pedro. A seca é um brado de Deus ao seu coração. As cisternas rotas é uma voz do céu ao seu coração.
2. A disciplina de Deus é uma poderosa de Deus ao seu coração. Deus mandou o povo para o cativeiro. Quando não ouvimos a voz, temos que experimentar a vara de Deus. A Babilônia foi a vara da ira de Deus para trazer o povo de volta ao Senhor.
3. O chamado de Deus continua (3:14; 4:1,3,4). O que você vai fazer? O tempo de Deus é agora. Volte-se para o Senhor. Ele o espera de braços abertos. A festa da sua reconciliação já está pronta. Os anjos já estão prontos para festejar a sua volta ao Lar.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Retirado de:  http://www.hernandesdiaslopes.com.br/

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Lágrimas dos Santos (letra)






Existem muitos filhos pródigos
Em nossas cidades eles correm
Procurando por abrigo
Existem lares destruídos
Esperanças de pessoas têm caído no chão de falhas
Isto é uma emergência!

Existem lágrimas dos santos
Pelo perdido e não salvo
Nós estamos clamando para que eles voltem para casa
Nós estamos clamando para que eles voltem para casa
E todas as tuas crianças estenderão suas mãos
E levantarão o homem aleijado
Pai, nós os guiaremos para casa
Pai, nós os guiaremos para casa

Existem escolas cheias de ódio
Até mesmo igrejas têm abandonado
O amor e a misericórdia
Nós podemos ver esta geração
Neste estado de desespero
Por tua glória

Isto é uma emergência!

Pecadores, ergam suas mãos!
Crianças, em cristo vocês permanecem!
Pecadores, ergam suas mãos!
Crianças, em cristo vocês permanecem!

E todas as tuas crianças estenderão suas mãos
E levantarão o homem aleijado
Pai, nós os guiaremos para casa
Pai, nós os guiaremos para casa


Banda Leeland
Música: Tears of the Saints

Lágrimas dos Santos (vídeo)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Quem Foram os Puritanos?



SUA ORIGEM E SUA HISTÓRIA



Introdução

Ênfase principal: preocupação com a pureza e integridade da igreja, do indivíduo e da sociedade.

Movimento muito influente na Inglaterra; principal tradição religiosa na história dos Estados Unidos.

1. Definições

Movimento em prol da reforma completa da Igreja da Inglaterra que teve início no reinado de Elizabete I (1558) e continuou por mais de um século como uma grande força religiosa na Inglaterra e também nos Estados Unidos. “Uma versão militante da fé reformada” (Dewey D. Wallace, Jr.).

Movimento religioso protestante dos séculos 16 e 17 que buscou “purificar” a Igreja da Inglaterra em linhas mais reformadas. O movimento foi calvinista quanto à teologia e presbiteriano ou congregacional quanto ao governo eclesiástico (Donald K. McKim).

Pessoas preocupadas com a reforma mais plena da Igreja da Inglaterra na época de Elizabete e dos Stuarts em virtude de sua experiência religiosa particular e do seu compromisso com a teologia reformada (I. Breward).

2. Antecedentes

O puritanismo é uma mentalidade ou atitude religiosa que começou cedo na história da Inglaterra.
Desde o século 14, surgiu uma tradição de profundo apreço pelas Escrituras e questionamento de dogmas e práticas da igreja medieval com base nas mesmas.
Começou com o “pré-reformador” João Wycliffe e os seus seguidores, os lolardos. Publicação da primeira Bíblia Inglesa completa em 1384, na época do “Grande Cisma”.
Wycliffe afirmou a autoridade suprema das Escrituras, definiu a igreja verdadeira como o conjunto dos eleitos, questionou o papado e a transubstanciação.
O protestantismo inglês sofreu a influência de Lutero e especialmente da teologia reformada continental, a Reforma Suíça de Zurique (Zuínglio, Bullinger) e Genebra (Calvino, Beza).
Começou com o trabalho teológico da primeira geração de reformadores ingleses, influenciados pela Reforma Suíça. Ênfases: colocação da verdade antes da tradição e da autoridade; insistência na liberdade de servir a Deus da maneira que se julgava mais acertada (ver Lloyd-Jones, O puritanismo e suas origens).
William Tyndale (†1536) – compromisso com as Escrituras, ênfase na teologia do pacto. Tradutor da Bíblia - NT (1525); cruelmente perseguido; estrangulado e queimado em Antuérpia, na Bélgica.

John Hooper (†1555) – as Escrituras devem regular a estrutura eclesiástica e o comportamento pessoal.

John Knox (†1572) – reforma completa da igreja e do estado.


4. O Perfil Puritano

4.1. Terminologia

Não-conformistas: esse termo surgiu na história inglesa quando puritanos e separatistas não quiseram aderir à Igreja da Inglaterra (oficial) desde 1660 até o Ato de Tolerância (1689). Não-conformidade é a atitude de não se submeter a uma igreja oficial.

Separatistas: termo aplicado ao puritano inglês Robert Browne (c.1550-1633) e seus seguidores, que se separaram da Igreja da Inglaterra. Mais tarde foi aplicado aos congregacionais ingleses e outros grupos que formaram suas próprias igrejas.

Não-separatistas: os puritanos anglicanos, aqueles que não queriam separar-se da igreja oficial, mas procuravam reformá-la. Os fundadores de Salem e Boston (1629-1630) estavam nessa categoria.

Independentes: nos séculos 17 e 18, os adeptos da forma de governo congregacional, em contraste com o governo episcopal da igreja estatal inglesa.

Dissidentes (“dissenters”): aqueles que se retiraram da igreja nacional da Inglaterra (anglicana) por motivos de consciência. O termo inclui congregacionais, presbiterianos e batistas.

4.2. Características gerais

Os “não-conformistas”, como também eram chamados, em geral eram ministros com educação universitária, oriundos principalmente de Cambridge, embora também houvesse leigos ardorosos entre eles.

Entendiam que a Igreja Inglesa devia adotar como modelo as igrejas reformadas do continente.

O puritanismo influenciou a tradição reformada no culto, governo eclesiástico, teologia, ética e espiritualidade. Quatro convicções básicas: (1) a salvação pessoal vem inteiramente de Deus; (2) a Bíblia constitui o guia indispensável para a vida; (3) a igreja deve refletir o ensino expresso das Escrituras; (4) a sociedade é um todo unificado.

O sentido original do termo “puritano” apontava para a purificação da igreja, na medida que os puritanos queriam descartar os elementos arquitetônicos, litúrgicos e cerimoniais que consideravam conflitantes com a simplicidade bíblica. Por exemplo, eles objetavam contra o sinal da cruz no batismo e a genuflexão para receber a Santa Ceia.

Ao invés de paramentos elaborados (sobrepeliz), eles preferiam uma toga preta que simbolizava o caráter do ministro como um expositor culto da Bíblia.

Queriam que cada paróquia tivesse um ministro residente capaz de pregar. Para alcançar esse objetivo, promoviam reuniões de ministros para ouvir sermões e receber orientação pastoral (suprimidas por Elizabete).
Sofrendo oposição dos bispos e estando comprometidos com uma eclesiologia que dava ênfase à igreja como uma comunidade pactuada, muitos puritanos rejeitaram o episcopado.
Thomas Cartwright promoveu o presbiterianismo (1570). Robert Browne, mais radical, advogou um sistema congregacional e defendeu a imediata separação da “corrupta” Igreja da Inglaterra (1582). Alguns de seus seguidores “separatistas” foram para a Holanda.
Congregacionais mais moderados, conhecidos como “independentes”, não chegaram a defender a separação. Eles influenciaram os puritanos da Baía de Massachusetts e se tornaram a corrente principal do congregacionalismo inglês.
Outros puritanos, como Richard Baxter (†1691), queriam um “episcopado atenuado” que associava características presbiterianas e episcopais.
Os puritanos não estavam interessados somente na purificação do culto e do governo eclesiástico. Todo o corpo político também precisava de purificação. Apoiando-se em Martin Bucer e João Calvino, eles insistiram na criação de uma sociedade cristã disciplinada. Achavam que uma nação inteira podia fazer uma aliança com Deus para a realização desse ideal. Esperanças milenaristas e o exemplo do Israel bíblico os impeliram nessa direção.

4.3. Experiência religiosa

A Bíblia, interpretada no espírito dos teólogos reformados continentais, era considerada a única fonte legítima para a doutrina, liturgia, governo eclesiástico e espiritualidade pessoal. Incentivavam a leitura doméstica da Bíblia de Genebra (1560), uma edição comentada. Além da pregação expositiva regular aos domingos, havia a instrução dos membros em seus lares durante a semana. Deram grande ênfase à preparação de ministros pregadores (ex: Emmanuel College, em Cambridge).
Os pregadores-teólogos puritanos escreveram com detalhes sobre a maneira pela qual a graça de Deus poderia ser identificada na experiência humana, indo além de religiosidade formal e expressando-se numa transformação interior da morte no pecado para a vida em Cristo, com base na fé. Os diários e autobiografias dos puritanos revelam quão intensa essa luta podia ser e como se tornaram pessoais os grandes temas da teologia reformada.
 Sem negligenciar a obra e o ser de Deus ou os grandes temas da eleição, vocação, justificação, adoção, santificação e glorificação, a ênfase dos teólogos puritanos na experiência religiosa e na piedade prática deu aos seus escritos um teor incomum entre os teólogos reformados de outras partes da Europa. Um bom exemplo disso é O Peregrino (1676), de John Bunyan.
A ênfase prática da teologia puritana levou-a a dar grande atenção à ética pessoal e social em casos de consciência, discussões sobre vocação e o relacionamento entre a família, a igreja e a comunidade no propósito redentor de Deus.
A reforma do culto e da prática religiosa popular, ouvindo e obedecendo a palavra de Deus, bem como a santificação do tempo convergiram no desenvolvimento do sabatarianismo, um dos legados mais duradouros da teologia puritana aplicada.

4.4. Teologia

Segundo William Ames, a teologia “é para nós a suprema e a mais nobre das disciplinas exatas. É um guia e plano-mestre para o nosso fim mais elevado, enviado por Deus de maneira especial, tratando das coisas divinas... Não existe preceito de verdade universal relevante para se viver bem em economia doméstica, moralidade, vida política e legislação que não pertença legitimamente à teologia” (A medula da teologia, 1623).
Os puritanos eram estritos defensores da teologia reformada, que inicialmente tinham em comum com a Igreja da Inglaterra (os Trinta e Nove Artigos ensinavam a doutrina reformada da Ceia do Senhor e afirmavam a predestinação). Depois que muitos anglicanos adotaram uma posição mais arminiana (1620s), os puritanos defenderam vigorosamente o calvinismo devido à sua afirmação intransigente da graça imerecida de Deus.
Alguns puritanos, como William Perkins, William Ames e John Owen, deram importante contribuição para o desenvolvimento da ortodoxia reformada.
Uma contribuição puritana mais específica foi a articulação do aspecto prático e afetivo da religiosidade. Richard Rogers, John Dod e Richard Sibbes foram fontes de um movimento devocional puritano que floresceu especialmente após a Restauração (1660) com grandes autores como Richard Baxter, Joseph Alleine e John Flavel.
Os puritanos escreveram uma enorme literatura sobre a vida espiritual, incluindo sermões, meditações, exposições bíblicas práticas, aforismos de orientação espiritual, biografias e autobiografias.
Essa literatura dava ênfase a temas como a experiência pessoal de conversão, a regeneração pelo Espírito Santo, a união mística da alma com Cristo, a busca de certeza da salvação e o crescimento em santidade de vida.
A maior expressão dessa “teologia afetiva” foi a alegoria de John Bunyan (†1688), O Peregrino, que retratou a vida cristã como peregrinação e luta espiritual.
A maioria dos puritanos estavam firmemente comprometidos com uma igreja nacional, dando forte ênfase à pureza do culto e do governo bíblicos como parte de uma reforma contínua. Uma pequena minoria não via esperança de reforma sem separação da igreja oficial e a criação de uma igreja de santos em relação pactual.
“A fidelidade da teologia puritana à revelação bíblica, sua abrangência, sua integração com outros tipos de conhecimento, sua profundidade pastoral e espiritual, seu êxito em criar uma tradição duradoura de culto, pregação e espiritualidade fazem dela uma tradição de permanente importância no cristianismo de língua inglesa e na tradição reformada mais ampla” (I. Breward).

4.5. Contribuições dos puritanos

- Vida teocêntrica - Toda a vida pertence a Deus

- Vendo Deus nos lugares comuns

- A importância da vida

- Vivendo num espírito de expectativa

- O impulso prático do puritanismo

- A vida cristã equilibrada

- A simplicidade que dignifica

4.6. Puritanos importantes

William Perkins (1558-1602) – sua teologia foi o primeiro grande exemplo de uma síntese da teologia reformada aplicada à transformação da sociedade, igreja e indivíduos da Inglaterra elizabetana. Em sua obra mais famosa, Armilla Aurea (A corrente de ouro – 1590), ele expôs a tradição reformada em torno do tema da teologia como “a arte de viver bem”. Deu ênfase à majestade da ordem de Deus e sua implicações sociais e pessoais. Foi o primeiro teólogo elizabetano com uma reputação internacional. Também destacou-se extraordinariamente como pregador.

William Ames (1576-1633) – discípulo mais destacado de Perkins e prolífico escritor. Sua críticas contra a Igreja da Inglaterra causaram o seu exílio na Holanda (onde foi professor) e a proibição dos seus livros na Inglaterra. Suas obras mais famosas são: A Medula da Teologia (1623) e Casos de Consciência (1630). Morreu poucos antes de uma planejada mudança para Massachusetts, onde sua influência, bem como na Holanda, persistiu até o século 18. Sua teologia prática acentuou como cada aspecto da vida devia ser dedicado à glória de Deus.

Richard Sibbes (1577-1635) – foi estudante e professor em Cambridge. Exemplificou a síntese entre profundidade bíblica e sensibilidade pastoral que caracterizou a teologia puritana no que tinha de melhor. Seus escritos são práticos antes que sistemáticos e mostram claramente porque as ênfases puritanas foram assimiladas tão plenamente pelos leigos. Escritos seus como A Porção do Cristão e A Exaltação de Cristo Comprada por sua Humilhação revelam não só uma rica soteriologia, mas profundas percepções sobre a criação e a encarnação.

Thomas Goodwin (1600-1680) – foi influenciado por Sibbes e outros. Estava destinado a uma promissora carreira eclesiástica, mas abriu mão da mesma ao ser convencido por John Cotton (1584-1652) da legitimidade da independência. Depois de algum tempo na Holanda, desempenhou um papel importante na Assembléia de Westminster. Teve atuação destacada no regime de Cromwell e foi presidente do Magdalen College, em Oxford. Buscou unir independentes e presbiterianos em Cristo, o Pacificador Universal (1651). Seu profundo encontro pessoal com Cristo permeou todos os seus escritos.

Richard Baxter (1615-1691) – foi ordenado em 1638 e dois anos depois rejeitou o episcopalismo. De 1641 a 1660 foi ministro de uma paróquia em Kidderminster. Após a guerra civil, apoiou a Restauração e tornou-se capelão de Carlos II. Excluído da Igreja da Inglaterra após o Ato de Uniformidade (1662), continuou a pregar e foi encarcerado em 1685 e 1686. Tomou parte na deposição de Tiago II e deu as boas-vindas ao Ato de Tolerância de Guilherme e Maria. Suas obras incluem O Repouso Eterno dos Santos (1650) e O Pastor Reformado (1656).

John Owen (1616-1683) – ao lado de Baxter, o grande pensador sistemático da tradição teológica puritana. Educado em Oxford, enfrentou uma longa luta espiritual em busca da certeza de salvação, que terminou por volta de 1642. Dedicou seus formidáveis dotes intelectuais à causa parlamentar. Inicialmente presbiteriano, converteu-se à posição independente através da leitura de John Cotton. Fez uma vigorosa exposição do calvinismo clássico em Uma Exibição do Arminianismo (1643). Em A Morte da Morte na Morte de Cristo (1647) fez uma brilhante apresentação da doutrina da expiação limitada. Até o fim da vida trabalhou por uma igreja nacional mais abrangente e pela reconciliação dos dissidentes rivais.

John Bunyan (1628-1688) – após lutar na guerra civil, em 1653 filiou-se a uma igreja independente em Bedford. Um ou dois anos depois, começou a pregar com boa aceitação. Foi aprisionado de modo intermitente entre 1660 e 1672, o que lhe permitiu escrever sua obra-prima, O Progresso do Peregrino (1678), e outros escritos. Após 1672, dedicou-se à pregação e ao evangelismo em sua região. Outras obras famosas de sua lavra são A Guerra Santa (1682) e Graça Abundante para o Principal dos Pecadores (1666).

A CRUZ DE CRISTO, A MAIOR EXPRESSÃO DE AMOR




INTRODUÇÃO


1. A cruz de Cristo é a mais eloquente expressão do amor de Deus por você

• Deus ama você. Ele não escreveu essa verdade em letras de fogo nas nuvens, mas revelou esse amor na cruz do seu Filho. Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

• Você é tão especial para Deus, que ele amou você de tal maneira que deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu único Filho.

2. A cruz de Cristo não foi um acidente, mas um apontamento de Deus desde a eternidade

• Cristo veio para morrer. Ele foi morto desde a fundação do mundo. Ele nasceu para ser o nosso substituto, representante e fiador. A cruz sempre esteve encrustrada no coração de Deus, sempre esteve diante dos olhos de Cristo. Ele jamais recuou da cruz. Ele marchou para ela como um rei caminha para a coroação.

• O amor de Deus por você é eterno. A causa do amor de Deus está nele mesmo. Ele não desiste de você.

3. A cruz de Cristo foi o seu gesto mais profundo de sacrifício

• Ele deixou a glória, o trono, esvaziou-se, tornou-se homem, servo, foi perseguido, preso, açoitado, cuspido, pregado na cruz. Sendo Deus se fez homem; sendo senhor, se fez servo; sendo santo, se fez pecado; sendo bendito se fez maldição; sendo o autor da vida, deu a sua vida.


I. QUEM LEVOU JESUS À CRUZ?

1. A morte de Cristo não foi determinada por fatores circunstanciais

• Cristo não foi morto porque os sacerdotes o prenderam, porque o sinédrio o sentenciou, porque Pilatos o entregou, porque os judeus o acusaram, porque Judas o traiu, porque Pedro o negou, porque os soldados o pregaram na cruz.

• Quem levou Jesus à cruz, então?

a) Os nossos pecados levaram Jesus à cruz

• V. 5 – “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades”.

• V. 8b – “por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido”.

• V. 12 – “levou sobre si o pecado de muitos”.

• V. 4 – “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”.

• O que matou Jesus não foram os açoites, nem os soldados, nem o suplício da cruz, fomos nós, os nossos pecados. Ele morreu pelos nossos pecados. Ele foi moído pelos nossos pecados. Na cruz ele sorveu o cálice da ira de Deus sobre o pecado.

• Na cruz ele foi feito pecado por nós. A espada da lei caiu sobre ele, pois era o nosso substituto.

b) O Pai o levou à cruz

• V. 6 – “O Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós”.

• V. 10 – “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar”

• V. 4b – “e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”.

• Jesus não foi à cruz porque a multidão sanguissedenta critou: crucifica-o, crucifica-o. Ele não foi a cruz porque os sacerdotes o entregaram, por inveja; Judas o traiu, por ganância; Pilatos o sentenciou por covardia e os soldados o pregaram na cruz por crueldade. Ele foi cruz porque o Pai o entregou por amor.

c) Jesus voluntariamente foi à cruz

• V. 4 – “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermiasdes e as nossas dores levou sobre si”.

• V. 10 – “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado”.

• V. 11 – “O seu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si”.

• O apóstolo Paulo diz que o amor de Cristo nos constrange. Ele nos amou e a si mesmo se entregou por nós.

II. QUE TIPO DE SOFRIMENTO JESUS SUPORTOU

1. Jesus suportou o sofrimento moral e espiritual

• Seu sofrimento foi repulsivo. Ao vê-lo, “os homens escondem o rosto” (v. 3).

• Seu sofrimento não produziu compaixão nos outros: “e dele não fizemos caso” (v. 3).

• Ele teve experiência íntima e longa com o sofrimento: “homem de dores e que sabe o que é padecer”.

a) Rejeição – v. 3: “o mais rejeitado entre os homens”

1) Ele foi rejeitado pelo seu povo = “Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam”.

2) Ele foi rejeitado pelos religiosos da sua época = que lhe chamaram de fanático, mentiroso, blasfemo, pecador, beberrão e até endemoninhado.

3) Ele foi rejeitado pela mesma multidão que o aplaudiu = empolgada com seus milagres, agora como uma turba, como uma súcia sanguissedenta, grita diante de Pilatos: crucifica-o, crucifica-o! Caia sobre nós o seu sangue!

4) Ele foi rejeitado pelas autoridades romanas = Herodes, o grande quis matá-lo quando infante. Pilatos covardemente o entregou para ser crucificado. Herodes, Antipas o escarneceu.

5) Ele foi rejeitado pelas autoridades judaicas = O sinédrio forjou testemunhas falsas para acusá-lo. Acusaram-no de blasfemo. Cuspiram no seu rosto.

6) Ele foi rejeitado pelos seus apóstolos = Jesus o traiu, Pedro o negou, os demais o abandonaram e fugiram.

7) Ele foi rejeitado pelo próprio Pai – Quando Deus lançou sobre ele as nossas iniquidades, ele foi feito pecado por nós. Nesse momento, sentiu o desamparo de Deus e gritou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

8) Ele ainda é rejeitado = quando amamos mais o pecado e ainda ultramos o seu Espírito e calcamos aos pés o sangue da eterna aliança.

b) Humilhação – v. 3 – “e como um de quem os homens escondem o rosto”

• O Sinédrio o humilhou cuspindo nele.

• Os soldados o humilharam o açoitando e resgando o seu corpo com fortes açoites, colocando na sua cabeça uma coroa de espinhos, dando-lhe pancadas na cabeça.

• Jesus foi humilhado ao ter que carregar uma cruz pelas ruas agitadas de Jerusalém ao lado de dois ladrões.

• Ele foi humilhado pelo vozerio da multidão ao pé da cruz. Ele foi humilhado até a morte e morte de cruz”.

• Ele foi humilhado quando clamou que estava com sede e lhe deram vinagre para agravar sua tortura.

2. Jesus suportou o sofrimento físico

a) Semblante desfigurado – v. 2 “...”

• Não havia beleza nele. Ele não aparência nem formosura. A nossa feiúra moral estava sobre ele. Todos os nossos horrendos pecados foram lançados sobre ele. Seu rosto ficou desfigurado. Ele foi feito pecado, maldição.

• Seu corpo foi ferido. Ele ficou ensanguentado. Seu corpo tornou-se cheio de hematomas e chagas. Toda a nossa tragédia foi lançada sobre ele.

b) Torturas crudelíssimas – v. 4b,5,10

• Ele ficou aflito, ferido, oprimido, traspassado, moído. Sofreu castigo. Ficou cheio de pisaduras. Ele foi moído e enfermou.

• Na noite em que foi preso, sua alma estava angustiada até à morte. Sendo o libertador, foi preso. Sendo santo, foi escarnecido como criminoso. Sendo o criador foi cuspido pela criatura.

• Agora, já arquejado e machucado pelos açoites, com seu rosto ensanguentado, empreende a longa caminhada ao calvário. Sua fronte está ferindo e sangrando. Seu corpo febril lateja debaixo das chicotadas e dos empurrões. Começa a grande marcha para o monte do juízo. A maior marcha da história, não com rodas dos carros de guerra, nem com o estrupido febril dos cavalos, mas com o ruído dos passos de um homem, andando sob o peso de seu próprio cadafalso.

• Jesus marcha arrastando consigo todas as máscaras da humanidade. Marcha debaixo da zombaria da multidão. Seu corpo titubeia, caia, mas é levantado aos empurrões e sob fortes açoites prossegue a marcha.

• Jesus é erguido no leito vertical da morte. Suas mãos foram rasgadas, seus pés pregados no lenho. Foram seis horas de vergonha e horror. Ali suspenso entre a terra e o céu sofreu sede, dor, vergonha, humilhação, abandono. Ali desceu ao inferno para nos libertar do cativeiro do pecado.

• O próprio universo entrou em convulsão: houve trevas. O sol cobriu o seu rosto de vergonha. As pedras se arrebaram nos vales, os túmulos foram abertos.

• Isaías 53:5 diz que Jesus foi ferido. Ferimentos, de acordo com a definição de um cirurgião podem ser classificados por suas características:

a) Contusão = É uma ferida produzida por um instrumento grosso e cego. Esta ferida resultaria de um golpe com vara, como profetizado em Miquéias 5:1: “Ferirão com vara a face ao juiz de Israel” e Mt 26:67: “O esbofetearam” e Jo 18:22: “Um dos guardas deu uma bofetada em Jesus”.

b) Laceração = É um ferimento produzido por um instrumento que rasga. A laceração dos tecidos era o resultado dos açoites e estes finham-se tornado uma fina arte entre os romanos. O chicote romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma com uma ponteira de metal. “Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo”. Seu corpo foi todo lacerado. Sua carne foi rasgada.

c) Penetração = Trata-se de um ferimento profundo causado por um instrumento pontiagudo. Esse ferimento foi causado pela coroa de espinhos que fez sangrar sua cabeça (Jo 19:2). “tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça” (Mt 27:30).

d) Perfuração = Perfurar vem do latim “passar através de”. As mãos e os pés de Jesus foram traspassados. Os cravos de ferro eram cravados entre os ossos seprando-os sem quebrá-los.

e) Incisão = É um corte produzido por um instrumento pontiagudo e cortante. “Um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água” (Jo 19:34).

III. COMO JESUS REAGIU DIANTE DO SOFRIMENTO DA CRUZ

1. Ele se entregou como sacrifício

• A morte de Cristo foi substitutiva. Ele foi a cruz em nosso lugar. Nós é que devíamos ter suportado aqueles açoites. Nós devíamos ter carregado aquela cruz. Mas ele tomou o nosso lugar.

• Ele não tinha pecado: “nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca” (v. 9).

• Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. “Ele como cordeiro foi levado para o matadouro” (v. 7).

• “Ele foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo foi ele ferido” (v. 8).

2. Ele não abriu a boca para pedir vingança aos seus algozes

• “e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (v. 7).

• Ele se entregou. Ele voluntariamente foi a cruz. Jesus não se rebelou ao ser preso, julgado, espancado, pregado na cruz. Ele não bradou por vingança ou por socorro.

3. Ele intercedeu pelos seus algozes

• “levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (V. 12).

• Em vez de vingar-se, de falar impropérios e despejar libelos acusatórios contra seus algozes bestiais, Jesus intercedeu por eles, ministrando-lhes seu amor e seu perdão. Ele intercedeu e atenuou a culpa dos seus exatores.

IV. A GLORIOSA RECOMPENSA DA CRUZ

1. Jesus venceu a morte

• Jesus venceu a morte. Ele tirou o aguilhão da morte. Ele matou a morte. A morte agora não tem a última palavra. Tragada foi a morte pela vitória.

• V. 10: “verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”.

• Ele ressurgiu. Ele está vivo. Ele venceu a morte. Ele rompeu os grilhões da morte. Ele abriu o túmulo de dentro para fora. Ele conquistou para nós imortalidade. Aleluia!

2. Jesus remiu um povo para Deus - v. 11-12

• Ele nos comprou com seu sangue. Ele tirou-nos da maldição, da escravidão, do império das trevas, da potestade de Satanás, do jugo do pecado. Agora somos livres, somos filhos de Deus.

• Agora temos a justificação. Somos perdoados. Temos toda a justiça de Cristo em nossa conta.

• Agora somos filhos, herdeiros, adotados na família de Deus!


3. Jesus chama um povo para si – v. 11,12

• V. 11 - “Ele verá o fruto do seu penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito”

• V. 11 – “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte”.

• Hb 12:2 – “o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia”.

• A recompensa de Jesus é VOCÊ. É seu arrependimento. É sua volta para ele. É sua conversão. Rejeitar Jesus é crucificá-lo de novo. É cuspir no seu rosto outra vez. Recebê-lo traz-lhe alegria. Cristo suportou tudo para conquistar você. Ele ama você. Você é sua recopensa.

• Hoje, o Pai quer lhe trazer a Jesus, para alegria de Jesus, para celebração de uma festa no céu!



Retirado de : http://www.hernandesdiaslopes.com.br/