segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Que Evangelho Estamos Pregando?



Certo dia estava passando por uma rua e me deparei com uma senhora que estava freqüentando a minha igreja já a algum tempo.
Para minha surpresa ela estava na porta de um bar com um copo de bebida alcoólica na mão.
Comecei a me lembrar então de várias pessoas que já haviam freqüentado a minha igreja, alguns até por um longo período mais não tinham sido libertos de seus vícios.
Me veio a lembrança os seguintes versículos:

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8: 32


"Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres." João 8: 36


Comecei a me lembrar também de alguns textos onde Jesus realizou a libertação de algumas vidas:

Os endemoninhados gadarenos: Mt 8:28 a 34
A libertação de um Lunático: Mt 17: 14 a 22 
Libertação do endemoninhado de Cafarnaum: Mc 1: 23 a 28
A libertação da filha da mulher Cananéia: Mc 7:24 a 30


E existem muitos outros casos de libertação que a Bíblia relata.
O interessante é que na maioria dos casos Jesus não precisou nem impor as mãos, as pessoas eram libertas pelas palavras que saiam de sua boca.
Ah mais as palavras que saíam da boca de Jesus era a Palavra de Deus!
Se a Bíblia é a Palavra de Deus que nós "cristãos" declaramos, e se em nossos púlpitos é apenas pregado a palavra de Deus, porque as pessoas que freqüentam as nossas igrejas não são totalmente libertas?
Jesus disse em João 14: 12 que se crêssemos faríamos as obras que ele fazia e ainda maiores.
Então porque as pessoas não estão sendo libertas com a nossa pregação, se a pregação de Jesus libertava as pessoas?
Por que não realizamos nem as obras que Jesus realizava, se podemos realizar obras ainda maiores?
Ah já sei, é porque as pessoas freqüentam nossos cultos mais não tem compromisso com Deus.
Ah também pode ser que elas estão em pecado, e por isso não podem ser libertas.
Pode ser também porque elas não são Dizimístas, e por isso o Senhor não pode repreender o devorador, o migrador...ou sei lá mais qual dor.
Nos textos citados acima é interessante notar que em nenhum deles Jesus disse o porque as pessoas estavam presas em suas cadeias.
Jesus em momento algum falou qual era o motivo que estava deixando aquelas pessoas naquela situação, e em nenhum momento disse que se eles fizessem isso ou deixassem de fazer aquilo, aí sim seriam libertos.
Jesus os libertou porque simplesmente de alguma forma clamaram por ajuda.
Se as pessoas que estão entrando em nossas "Igrejas" estão participando de nossas reuniões, cultos racionais e escolas bíblicas estão clamando mais não estão sendo libertas, onde esta o erro, ou quem esta errado?
Será que é das pessoas que estão indo lá ou das "igrejas",ou congregações,comunidades, como queiram chamar?
Se o evangelho que Jesus pregava libertava, porque o que nós pregamos não liberta?
Será que Deus Mudou?Ou  será que foi a sua Palavra que mudou?
Acho que a pergunta tem que ser mudada para:
Qual evangelho nós temos pregado?
Temos realmente pregado a verdade?
O Cristo que pregamos é mesmo o Filho de Deus, que foi morto pelos nossos pecados, para trazer salvação, cura e libertação?
Será que realmente temos pregado o mesmo Evangelho que Cristo pregava?
Porque não tem feito o mesmo efeito na vida das pessoas então?
Porque elas não tem sido libertas com a nossa pregação como as pessoas eram libertas com a pregação de Cristo e dos Apóstolos, se servimos o mesmo Deus deles, e pregamos a mesma palavra?
Já esta na hora de rever os nossos conceitos de conhecimento do evangelho e realmente conhecermos e pregar o verdadeiro Evangelho, que cura, liberta e traz paz aos corações.

"O Espírito do Senhor está sobre mim, para levar boas novas aos pobres; enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos cegos." Is 61: 1


Luís Antonio Ramos











  

O CLAMOR EMOCIONADO DE DEUS

INTRODUÇÃO


Referência: Jeremias 2.1-13

São impressionantes as semelhanças que há entre a vida de Jeremias e a de Jesus:
1) Os dois nasceram e cresceram em pequenos povoados: Jeremias em Anatote e Jesus, em Nazaré.
2) Os habitantes de Anatote rejeitaram Jeremias e procuraram mata-lo, da mesma maneira que os habitantes de Nazaré rejeitaram Jesus.
3) Os líderes religiosos foram os principais inimigos de Jeremias, e a mesma coisa aconteceu com Jesus.
4) Jeremias atacou o povo de então por causa da sua fé supersticiosa que tinham no Templo, e por crerem que a conduta moral não era importante, já que eles obedecem ao ritual do Templo. Jeremias disse assim: “Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, Templo do Senhor é este... Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam... Será esta casa, que se chama pelo meu nome, um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o Senhor” (Jr 7:4,8-11). Jesus “tendo entrado no templo, expulsou a todos os ali vendiam e compravam; também derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada Casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores” (Mt 21:12-13).
5) Tanto Jeremias como Jesus estavam destinados a viver vidas solitárias.
6) Jeremias e Jesus choraram sobre Jerusalém. Ouçamos primeiramente as palavras de Jeremias: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; estou de luto; o espanto se apoderou de mim. Acaso não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo? Oxalá a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos em fonte de lágrimas. Então choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo” (Jr 8:20-9:1). Agora, ouçamos as palavras de Jesus: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, e tu não quiseste” (Mt 23:37).
7) Tanto Jeremias como Jesus sabiam que a palavra de final de Deus ao seu povo não era de juízo, mas de uma nova aliança. Assim diz Jeremias: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá” (Jr 31:31). E na noite em que foi traído, Jesus se reuniu com os seus discípulos no cenáculo, para celebrar a Páscoa. E, depois de haver tomado o cálice e orado, ele o deu aos seus discípulos, e disse: “Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26:27-28).
8) Tomando-se em conta todas essas semelhanças não é de se admirar que, quando Jesus apareceu, algumas pessoas pensassem que ele fosse Jeremias (Mt 16:13,14). Assim como Jesus veio para proclamar aos homens o amor de Deus e convocá-los para se voltarem para Deus, Jeremias também levanta aos ouvidos da nação o clamor de Deus. Esta é a primeira mensagem de Jeremias. Ouçamo-la

I. A SAUDADE DE DEUS – V. 1-3

1. Deus sente saudade dos tempos áureos de afeição do seu povo por ele – v. 2
• “Lembro-me de ti, da tua afeição...” (v. 2). O coração de Deus se move de amor por você. Ele tem saudade daquele tempo quando você o conheceu, quando você se afeiçoou a ele e entregou-lhe seu coração. Deus tem saudade daquele tempo em que você se deleitava nele e tinha prazer de ler sua Palavra e falar com ele em oração. Deus tem saudade daquele tempo que você vinha a sua casa exultando de alegria e cantava louvores a ele com todo o fervor da sua alma. Deus tem saudade daquele tempo quando seu coração era totalmente dele e você descansava nele nas horas da sua aflição.

2. Deus sente saudade dos tempos do seu primeiro amor por ele – v. 2
• Naquele tempo você tinha afeição por Deus. Naquele tempo você estava encantando com a graça de Deus. Você se assentava aos seus pés para adorar. Você não cessava de falar do seu doce nome. Naquele tempo seu coração exultava com as coisas de Deus.
• Hoje, as coisas acontecem. Você vem ao templo, você gosta dos rituais. Você mantém um compromisso externo, mas o seu coração está frio. Sua alma já não está enamorada de Deus. O ritual tomou o lugar da devoção. O templo substituiu a comunhão com o Senhor do templo. Tudo continua acontecendo, mas seu coração já não é mais puro, sua vida já não é mais santa, Deus não é mais o prazer da sua alma (Jr 7:4).

3. Deus sente saudade daquele tempo que você tinha comunhão com ele – v. 2
• Deus sente saudade daquele tempo que você era noiva. Oh como você se preparava para encontrar-se com o Senhor. Como você tinha prazer de estar com ele. Como gostava de ouvir sua voz. Oh! Como se deleitava nos seus conselhos! Deus se alegrava em você como o noivo se alegra com a sua noiva. Deus tinha em você todo o seu prazer. Você era a delícia de Deus. A menina dos olhos de Deus.

4. Deus sente saudade daquele tempo que você o seguia no deserto – v. 2
• Andar com Deus era uma aventura. Seu coração confiava no Senhor sem duvidar. Você saiu do cativeiro e mergulhou na aventura do deserto confiante no cuidado, no livramento, na proteção e na providência divina.
• Deus tem saudade desse tempo que não havia rebeldia no seu coração, nem incredulidade, nem dúvida.

5. Deus tem saudade daquele tempo que você era consagrado a ele – v. 3
• Você se entregou a Deus sem reservas. Seu coração, sua vida, seu destino, seu futuro: tudo você entregou ao Senhor. Você era totalmente dele. Deus tem saudade desse tempo quando Deus era o seu maior tesouro, maior riqueza, maior alegria, sua grande recompensa.

6. Deus tem saudade daquele tempo ele tinha profundo zelo pela sua vida – v. 3
• Tocar em você era tocar na menina dos olhos de Deus. Aqueles que declaravam guerra contra você, declaravam guerra contra Deus. Ele ia à sua frente para lhe defender. Ele desalojava os seus inimigos. Ele guerreava as suas guerras. Ele desbaratava os seus adversários. Sua confiança não estava na sua força, nem na sua riqueza, nem na sua inteligência, mas no Senhor. Você confiava nele e Deus defendia você. Sua caminhada com Deus era uma aventura deleitosa.

II. O LAMENTO DE DEUS – V. 4-8

1. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou a despeito da redenção de Deus – v. 5-6
• A noiva amada de Deus tornou-se infiel. Ela se enamorou pelos seus muitos amantes e se afastou do amado da sua alma. A causa da sua infidelidade não estava em nenhuma injustiça do seu noivo, mas na sua própria infidelidade.
• Deus tirou o povo do Egito, debaixo do chicote, das algemas de ferro, da escravidão opressa. Deus quebrou os seus grilhões, tirou-o das gargantas do inferno, mas agora, o seu povo o abandona apesar de tão grande redenção.
• Deus nos tirou do império do império das trevas, da potestade de Satanás. Ele quebrou os nossos grilhões, perdoou-nos, remiu-nos. Éramos escravos e ele nos amou, mas muitos hoje o abandonam e o trocam por outros deuses.

2. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou a despeito da proteção de Deus – v. 6
• Deus não só tirou o seu povo do cativeiro, mas o guiou pelo deserto. Deus o livrou dos seus inimigos. Deus lhe deu vestes e sandálias que não ficaram rotas. Deus lhe deu água no deserto. Deus lhe deu maná do céu. Deus lhe abriu fontes nas rochas. Deus estampou diante deles milagres extraordinários. Deus guerreou suas guerras e lhes deu grandes vitórias. Mas apesar de tão grande amor, o seu povo o deixou e o trocou por outros deuses.
• Deus também tem nos abençoado. Ele tem nos dado a vida, saúde, a família, o alimento, o abrigo, a proteção. Ele tem nos guiado e nos livrado do mal. Mas, apesar da proteção divina, nós também o temos deixado.

3. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou a despeito da provisão divina – v. 7
• Deus introduziu o seu povo em Canaã, uma terra deleitosa. Deus foi fiel em todas as suas promessas. A terra foi presente de Deus, não conquista do povo. A entrada na terra foi ação divina, não obra humana. Tudo foi feito por Deus. Tudo veio de Deus.
• Mas quando o povo entrou na terra prometida, em vez de dar a glória devida ao Senhor, contaminaram a terra. Em vez de serem luz entre as nações, corromperam-se como as outras nações. Em vez de influenciar as outras nações, foram influenciadas por elas.

4. O povo de Deus de forma ingrata o abandonou por causa da corrupção de sua própria liderança – v. 8
• O povo é um retrato da sua liderança. Enquanto estamos buscando melhores métodos, Deus está buscando melhores homens. Aqueles que deveriam conduzir o povo a Deus, a liderança desviou o povo de Deus. Tornaram-se laço, em vez de canais. Tornaram-se lobos, em vez de pastores.
• Os sacerdotes tornaram-se omissos.
• Os mestres da Palavra tornaram-se ímpios.
• Os pastores tornaram-se aproveitadores.
• Os profetas tornaram-se apóstatas.

III. A INDIGNAÇÃO DE DEUS – V. 9-13

1. O povo de Deus tornou-se mais infiel do que os pagãos – v. 10-11
• Os ímpios, mesmo adorando ídolos mudos, que não deuses, não trocavam esses ídolos por outros deuses. Mas, Israel mesmo servindo o Deus vivo, abandonou o Senhor e o trocou por ídolos de nenhum valor. A fidelidade dos ímpios aos seus deuses reprovava a infidelidade de Israel.
• Os pagãos são mais dedicados aos seus deuses do que o povo de Deus ao Senhor. Eles são mais zelosos, do que o próprio povo de Deus.

2. O povo de Deus abandonou o Senhor, a fonte das águas vivas – v. 13
• O pecado do povo de Deus é tão grave que até os céus ficam espantados. É algo inacreditável. O povo de Deus abandonou o seu Senhor. Que Senhor?
• Jeremias retrata a Deus com uma figura. Para Davi Deus é o bom pastor. Para Moisés é um fogo que consome. Para Jeremias é a fonte das águas vivas.
• Ilustração: Como explicar Deus? Agostinho: Esvaziar o oceano com uma vazilha.

a) Deus é a fonte da vida, nossa vida depende dele – A alma afastada de Deus já está morta. Sem Deus você não vive. Só na presença de Deus tem plenitude de alegria.
b) Deus é a fonte de vida abundante – Deus não é uma cisterna, mas uma fonte. Uma cisterna apenas armazena água, mas uma fonte produz água. A água corre da fonte. A fonte é inesgotável. A fonte tem água viva, água limpa, água que flui abundantemente. Isso é símbolo da vida que Cristo oferece. Quem nele crê tem uma fonte a jorrar para a vida eterna. Quem nele crê nunca mais tem sede. Quem nele crê, rios de água viva fluem do seu interior. Jesus veio para lhe dar vida em abundância.

3. O povo de Deus cavou cisternas rotas que não retém as águas – v. 13
• Ilustração: O povo que vive no vale: de um lado tudo seco, do outro tudo exuberante. O povo vive do lado seco em vez de viver no pomar frutuoso. De repente o povo começa a cavar a areia dura do deserto. Abre uma cacimba. Todos gritam: água! O povo desesperado de sede corre. Ao chegar, descobre que a cisterna está rachada e não pode reter as águas. Apesar de tanto trabalho, não há esperança para essas pessoas. Isso é um símbolo da insensatez do povo que abandona o Senhor e busca satisfação em outras fontes.

a) Se Deus é o manancial das águas vivas, por que seu o povo o abandona? – Muitas vezes, o povo de Deus tem se cansado de Deus. Tem sido atraído e seduzido pelo pecado, pelo mundo, pelas cisternas rotas. Miquéias pergunta: “Povo meu, que te tenho feito? Por que te enfadaste de mim? Responde-me” (Mq 6:3). O Filho Pródigo sentiu-se insatisfeito na casa do Pai e foi para um país distante, onde gastou tudo que tinha vivendo dissolutamente. Hoje, trocamos a Deus pelo prazer, pelo dinheiro, pelo sucesso, pelos ídolos modernos.
b) O perigo de ser seduzido por algo artificial – Israel deixou o Senhor e se deixou seduzir por ídolos. Israel pensou: O nosso Deus é muito exigente. Queremos uma religião que nos custe menos, que nos dê mais liberdade, que não nos cobre tanto. Queremos ser livres como os outros povos para fazermos tudo sem drama de consciência. Trocaram a verdade pela mentira e Deus pelos ídolos.
c) Alimentando-se de pó em vez de beber da fonte – Quem troca o Senhor por outras fontes começa a morrer de sede. Só o Senhor tem a água da vida. Só Ele pode matar a nossa sede. Só nele a sua alma pode dessedentar-se. Só ele satisfaz a sua alma.

CONCLUSÃO

1. Mesmo quando abandonamos o Senhor, ele não nos abandona. Deus continuou pleiteando com o povo e com seus filhos (v. 9). Deus não abre da sua vida. Ele não desiste de você. Ele não deixa o seu encalce. Pedro desistiu de Jesus, mas Jesus não desistiu de Pedro. A seca é um brado de Deus ao seu coração. As cisternas rotas é uma voz do céu ao seu coração.
2. A disciplina de Deus é uma poderosa de Deus ao seu coração. Deus mandou o povo para o cativeiro. Quando não ouvimos a voz, temos que experimentar a vara de Deus. A Babilônia foi a vara da ira de Deus para trazer o povo de volta ao Senhor.
3. O chamado de Deus continua (3:14; 4:1,3,4). O que você vai fazer? O tempo de Deus é agora. Volte-se para o Senhor. Ele o espera de braços abertos. A festa da sua reconciliação já está pronta. Os anjos já estão prontos para festejar a sua volta ao Lar.

Rev. Hernandes Dias Lopes

Retirado de:  http://www.hernandesdiaslopes.com.br/

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

Lágrimas dos Santos (letra)






Existem muitos filhos pródigos
Em nossas cidades eles correm
Procurando por abrigo
Existem lares destruídos
Esperanças de pessoas têm caído no chão de falhas
Isto é uma emergência!

Existem lágrimas dos santos
Pelo perdido e não salvo
Nós estamos clamando para que eles voltem para casa
Nós estamos clamando para que eles voltem para casa
E todas as tuas crianças estenderão suas mãos
E levantarão o homem aleijado
Pai, nós os guiaremos para casa
Pai, nós os guiaremos para casa

Existem escolas cheias de ódio
Até mesmo igrejas têm abandonado
O amor e a misericórdia
Nós podemos ver esta geração
Neste estado de desespero
Por tua glória

Isto é uma emergência!

Pecadores, ergam suas mãos!
Crianças, em cristo vocês permanecem!
Pecadores, ergam suas mãos!
Crianças, em cristo vocês permanecem!

E todas as tuas crianças estenderão suas mãos
E levantarão o homem aleijado
Pai, nós os guiaremos para casa
Pai, nós os guiaremos para casa


Banda Leeland
Música: Tears of the Saints

Lágrimas dos Santos (vídeo)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Quem Foram os Puritanos?



SUA ORIGEM E SUA HISTÓRIA



Introdução

Ênfase principal: preocupação com a pureza e integridade da igreja, do indivíduo e da sociedade.

Movimento muito influente na Inglaterra; principal tradição religiosa na história dos Estados Unidos.

1. Definições

Movimento em prol da reforma completa da Igreja da Inglaterra que teve início no reinado de Elizabete I (1558) e continuou por mais de um século como uma grande força religiosa na Inglaterra e também nos Estados Unidos. “Uma versão militante da fé reformada” (Dewey D. Wallace, Jr.).

Movimento religioso protestante dos séculos 16 e 17 que buscou “purificar” a Igreja da Inglaterra em linhas mais reformadas. O movimento foi calvinista quanto à teologia e presbiteriano ou congregacional quanto ao governo eclesiástico (Donald K. McKim).

Pessoas preocupadas com a reforma mais plena da Igreja da Inglaterra na época de Elizabete e dos Stuarts em virtude de sua experiência religiosa particular e do seu compromisso com a teologia reformada (I. Breward).

2. Antecedentes

O puritanismo é uma mentalidade ou atitude religiosa que começou cedo na história da Inglaterra.
Desde o século 14, surgiu uma tradição de profundo apreço pelas Escrituras e questionamento de dogmas e práticas da igreja medieval com base nas mesmas.
Começou com o “pré-reformador” João Wycliffe e os seus seguidores, os lolardos. Publicação da primeira Bíblia Inglesa completa em 1384, na época do “Grande Cisma”.
Wycliffe afirmou a autoridade suprema das Escrituras, definiu a igreja verdadeira como o conjunto dos eleitos, questionou o papado e a transubstanciação.
O protestantismo inglês sofreu a influência de Lutero e especialmente da teologia reformada continental, a Reforma Suíça de Zurique (Zuínglio, Bullinger) e Genebra (Calvino, Beza).
Começou com o trabalho teológico da primeira geração de reformadores ingleses, influenciados pela Reforma Suíça. Ênfases: colocação da verdade antes da tradição e da autoridade; insistência na liberdade de servir a Deus da maneira que se julgava mais acertada (ver Lloyd-Jones, O puritanismo e suas origens).
William Tyndale (†1536) – compromisso com as Escrituras, ênfase na teologia do pacto. Tradutor da Bíblia - NT (1525); cruelmente perseguido; estrangulado e queimado em Antuérpia, na Bélgica.

John Hooper (†1555) – as Escrituras devem regular a estrutura eclesiástica e o comportamento pessoal.

John Knox (†1572) – reforma completa da igreja e do estado.


4. O Perfil Puritano

4.1. Terminologia

Não-conformistas: esse termo surgiu na história inglesa quando puritanos e separatistas não quiseram aderir à Igreja da Inglaterra (oficial) desde 1660 até o Ato de Tolerância (1689). Não-conformidade é a atitude de não se submeter a uma igreja oficial.

Separatistas: termo aplicado ao puritano inglês Robert Browne (c.1550-1633) e seus seguidores, que se separaram da Igreja da Inglaterra. Mais tarde foi aplicado aos congregacionais ingleses e outros grupos que formaram suas próprias igrejas.

Não-separatistas: os puritanos anglicanos, aqueles que não queriam separar-se da igreja oficial, mas procuravam reformá-la. Os fundadores de Salem e Boston (1629-1630) estavam nessa categoria.

Independentes: nos séculos 17 e 18, os adeptos da forma de governo congregacional, em contraste com o governo episcopal da igreja estatal inglesa.

Dissidentes (“dissenters”): aqueles que se retiraram da igreja nacional da Inglaterra (anglicana) por motivos de consciência. O termo inclui congregacionais, presbiterianos e batistas.

4.2. Características gerais

Os “não-conformistas”, como também eram chamados, em geral eram ministros com educação universitária, oriundos principalmente de Cambridge, embora também houvesse leigos ardorosos entre eles.

Entendiam que a Igreja Inglesa devia adotar como modelo as igrejas reformadas do continente.

O puritanismo influenciou a tradição reformada no culto, governo eclesiástico, teologia, ética e espiritualidade. Quatro convicções básicas: (1) a salvação pessoal vem inteiramente de Deus; (2) a Bíblia constitui o guia indispensável para a vida; (3) a igreja deve refletir o ensino expresso das Escrituras; (4) a sociedade é um todo unificado.

O sentido original do termo “puritano” apontava para a purificação da igreja, na medida que os puritanos queriam descartar os elementos arquitetônicos, litúrgicos e cerimoniais que consideravam conflitantes com a simplicidade bíblica. Por exemplo, eles objetavam contra o sinal da cruz no batismo e a genuflexão para receber a Santa Ceia.

Ao invés de paramentos elaborados (sobrepeliz), eles preferiam uma toga preta que simbolizava o caráter do ministro como um expositor culto da Bíblia.

Queriam que cada paróquia tivesse um ministro residente capaz de pregar. Para alcançar esse objetivo, promoviam reuniões de ministros para ouvir sermões e receber orientação pastoral (suprimidas por Elizabete).
Sofrendo oposição dos bispos e estando comprometidos com uma eclesiologia que dava ênfase à igreja como uma comunidade pactuada, muitos puritanos rejeitaram o episcopado.
Thomas Cartwright promoveu o presbiterianismo (1570). Robert Browne, mais radical, advogou um sistema congregacional e defendeu a imediata separação da “corrupta” Igreja da Inglaterra (1582). Alguns de seus seguidores “separatistas” foram para a Holanda.
Congregacionais mais moderados, conhecidos como “independentes”, não chegaram a defender a separação. Eles influenciaram os puritanos da Baía de Massachusetts e se tornaram a corrente principal do congregacionalismo inglês.
Outros puritanos, como Richard Baxter (†1691), queriam um “episcopado atenuado” que associava características presbiterianas e episcopais.
Os puritanos não estavam interessados somente na purificação do culto e do governo eclesiástico. Todo o corpo político também precisava de purificação. Apoiando-se em Martin Bucer e João Calvino, eles insistiram na criação de uma sociedade cristã disciplinada. Achavam que uma nação inteira podia fazer uma aliança com Deus para a realização desse ideal. Esperanças milenaristas e o exemplo do Israel bíblico os impeliram nessa direção.

4.3. Experiência religiosa

A Bíblia, interpretada no espírito dos teólogos reformados continentais, era considerada a única fonte legítima para a doutrina, liturgia, governo eclesiástico e espiritualidade pessoal. Incentivavam a leitura doméstica da Bíblia de Genebra (1560), uma edição comentada. Além da pregação expositiva regular aos domingos, havia a instrução dos membros em seus lares durante a semana. Deram grande ênfase à preparação de ministros pregadores (ex: Emmanuel College, em Cambridge).
Os pregadores-teólogos puritanos escreveram com detalhes sobre a maneira pela qual a graça de Deus poderia ser identificada na experiência humana, indo além de religiosidade formal e expressando-se numa transformação interior da morte no pecado para a vida em Cristo, com base na fé. Os diários e autobiografias dos puritanos revelam quão intensa essa luta podia ser e como se tornaram pessoais os grandes temas da teologia reformada.
 Sem negligenciar a obra e o ser de Deus ou os grandes temas da eleição, vocação, justificação, adoção, santificação e glorificação, a ênfase dos teólogos puritanos na experiência religiosa e na piedade prática deu aos seus escritos um teor incomum entre os teólogos reformados de outras partes da Europa. Um bom exemplo disso é O Peregrino (1676), de John Bunyan.
A ênfase prática da teologia puritana levou-a a dar grande atenção à ética pessoal e social em casos de consciência, discussões sobre vocação e o relacionamento entre a família, a igreja e a comunidade no propósito redentor de Deus.
A reforma do culto e da prática religiosa popular, ouvindo e obedecendo a palavra de Deus, bem como a santificação do tempo convergiram no desenvolvimento do sabatarianismo, um dos legados mais duradouros da teologia puritana aplicada.

4.4. Teologia

Segundo William Ames, a teologia “é para nós a suprema e a mais nobre das disciplinas exatas. É um guia e plano-mestre para o nosso fim mais elevado, enviado por Deus de maneira especial, tratando das coisas divinas... Não existe preceito de verdade universal relevante para se viver bem em economia doméstica, moralidade, vida política e legislação que não pertença legitimamente à teologia” (A medula da teologia, 1623).
Os puritanos eram estritos defensores da teologia reformada, que inicialmente tinham em comum com a Igreja da Inglaterra (os Trinta e Nove Artigos ensinavam a doutrina reformada da Ceia do Senhor e afirmavam a predestinação). Depois que muitos anglicanos adotaram uma posição mais arminiana (1620s), os puritanos defenderam vigorosamente o calvinismo devido à sua afirmação intransigente da graça imerecida de Deus.
Alguns puritanos, como William Perkins, William Ames e John Owen, deram importante contribuição para o desenvolvimento da ortodoxia reformada.
Uma contribuição puritana mais específica foi a articulação do aspecto prático e afetivo da religiosidade. Richard Rogers, John Dod e Richard Sibbes foram fontes de um movimento devocional puritano que floresceu especialmente após a Restauração (1660) com grandes autores como Richard Baxter, Joseph Alleine e John Flavel.
Os puritanos escreveram uma enorme literatura sobre a vida espiritual, incluindo sermões, meditações, exposições bíblicas práticas, aforismos de orientação espiritual, biografias e autobiografias.
Essa literatura dava ênfase a temas como a experiência pessoal de conversão, a regeneração pelo Espírito Santo, a união mística da alma com Cristo, a busca de certeza da salvação e o crescimento em santidade de vida.
A maior expressão dessa “teologia afetiva” foi a alegoria de John Bunyan (†1688), O Peregrino, que retratou a vida cristã como peregrinação e luta espiritual.
A maioria dos puritanos estavam firmemente comprometidos com uma igreja nacional, dando forte ênfase à pureza do culto e do governo bíblicos como parte de uma reforma contínua. Uma pequena minoria não via esperança de reforma sem separação da igreja oficial e a criação de uma igreja de santos em relação pactual.
“A fidelidade da teologia puritana à revelação bíblica, sua abrangência, sua integração com outros tipos de conhecimento, sua profundidade pastoral e espiritual, seu êxito em criar uma tradição duradoura de culto, pregação e espiritualidade fazem dela uma tradição de permanente importância no cristianismo de língua inglesa e na tradição reformada mais ampla” (I. Breward).

4.5. Contribuições dos puritanos

- Vida teocêntrica - Toda a vida pertence a Deus

- Vendo Deus nos lugares comuns

- A importância da vida

- Vivendo num espírito de expectativa

- O impulso prático do puritanismo

- A vida cristã equilibrada

- A simplicidade que dignifica

4.6. Puritanos importantes

William Perkins (1558-1602) – sua teologia foi o primeiro grande exemplo de uma síntese da teologia reformada aplicada à transformação da sociedade, igreja e indivíduos da Inglaterra elizabetana. Em sua obra mais famosa, Armilla Aurea (A corrente de ouro – 1590), ele expôs a tradição reformada em torno do tema da teologia como “a arte de viver bem”. Deu ênfase à majestade da ordem de Deus e sua implicações sociais e pessoais. Foi o primeiro teólogo elizabetano com uma reputação internacional. Também destacou-se extraordinariamente como pregador.

William Ames (1576-1633) – discípulo mais destacado de Perkins e prolífico escritor. Sua críticas contra a Igreja da Inglaterra causaram o seu exílio na Holanda (onde foi professor) e a proibição dos seus livros na Inglaterra. Suas obras mais famosas são: A Medula da Teologia (1623) e Casos de Consciência (1630). Morreu poucos antes de uma planejada mudança para Massachusetts, onde sua influência, bem como na Holanda, persistiu até o século 18. Sua teologia prática acentuou como cada aspecto da vida devia ser dedicado à glória de Deus.

Richard Sibbes (1577-1635) – foi estudante e professor em Cambridge. Exemplificou a síntese entre profundidade bíblica e sensibilidade pastoral que caracterizou a teologia puritana no que tinha de melhor. Seus escritos são práticos antes que sistemáticos e mostram claramente porque as ênfases puritanas foram assimiladas tão plenamente pelos leigos. Escritos seus como A Porção do Cristão e A Exaltação de Cristo Comprada por sua Humilhação revelam não só uma rica soteriologia, mas profundas percepções sobre a criação e a encarnação.

Thomas Goodwin (1600-1680) – foi influenciado por Sibbes e outros. Estava destinado a uma promissora carreira eclesiástica, mas abriu mão da mesma ao ser convencido por John Cotton (1584-1652) da legitimidade da independência. Depois de algum tempo na Holanda, desempenhou um papel importante na Assembléia de Westminster. Teve atuação destacada no regime de Cromwell e foi presidente do Magdalen College, em Oxford. Buscou unir independentes e presbiterianos em Cristo, o Pacificador Universal (1651). Seu profundo encontro pessoal com Cristo permeou todos os seus escritos.

Richard Baxter (1615-1691) – foi ordenado em 1638 e dois anos depois rejeitou o episcopalismo. De 1641 a 1660 foi ministro de uma paróquia em Kidderminster. Após a guerra civil, apoiou a Restauração e tornou-se capelão de Carlos II. Excluído da Igreja da Inglaterra após o Ato de Uniformidade (1662), continuou a pregar e foi encarcerado em 1685 e 1686. Tomou parte na deposição de Tiago II e deu as boas-vindas ao Ato de Tolerância de Guilherme e Maria. Suas obras incluem O Repouso Eterno dos Santos (1650) e O Pastor Reformado (1656).

John Owen (1616-1683) – ao lado de Baxter, o grande pensador sistemático da tradição teológica puritana. Educado em Oxford, enfrentou uma longa luta espiritual em busca da certeza de salvação, que terminou por volta de 1642. Dedicou seus formidáveis dotes intelectuais à causa parlamentar. Inicialmente presbiteriano, converteu-se à posição independente através da leitura de John Cotton. Fez uma vigorosa exposição do calvinismo clássico em Uma Exibição do Arminianismo (1643). Em A Morte da Morte na Morte de Cristo (1647) fez uma brilhante apresentação da doutrina da expiação limitada. Até o fim da vida trabalhou por uma igreja nacional mais abrangente e pela reconciliação dos dissidentes rivais.

John Bunyan (1628-1688) – após lutar na guerra civil, em 1653 filiou-se a uma igreja independente em Bedford. Um ou dois anos depois, começou a pregar com boa aceitação. Foi aprisionado de modo intermitente entre 1660 e 1672, o que lhe permitiu escrever sua obra-prima, O Progresso do Peregrino (1678), e outros escritos. Após 1672, dedicou-se à pregação e ao evangelismo em sua região. Outras obras famosas de sua lavra são A Guerra Santa (1682) e Graça Abundante para o Principal dos Pecadores (1666).

A CRUZ DE CRISTO, A MAIOR EXPRESSÃO DE AMOR




INTRODUÇÃO


1. A cruz de Cristo é a mais eloquente expressão do amor de Deus por você

• Deus ama você. Ele não escreveu essa verdade em letras de fogo nas nuvens, mas revelou esse amor na cruz do seu Filho. Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

• Você é tão especial para Deus, que ele amou você de tal maneira que deu tudo, deu a si mesmo, deu o seu único Filho.

2. A cruz de Cristo não foi um acidente, mas um apontamento de Deus desde a eternidade

• Cristo veio para morrer. Ele foi morto desde a fundação do mundo. Ele nasceu para ser o nosso substituto, representante e fiador. A cruz sempre esteve encrustrada no coração de Deus, sempre esteve diante dos olhos de Cristo. Ele jamais recuou da cruz. Ele marchou para ela como um rei caminha para a coroação.

• O amor de Deus por você é eterno. A causa do amor de Deus está nele mesmo. Ele não desiste de você.

3. A cruz de Cristo foi o seu gesto mais profundo de sacrifício

• Ele deixou a glória, o trono, esvaziou-se, tornou-se homem, servo, foi perseguido, preso, açoitado, cuspido, pregado na cruz. Sendo Deus se fez homem; sendo senhor, se fez servo; sendo santo, se fez pecado; sendo bendito se fez maldição; sendo o autor da vida, deu a sua vida.


I. QUEM LEVOU JESUS À CRUZ?

1. A morte de Cristo não foi determinada por fatores circunstanciais

• Cristo não foi morto porque os sacerdotes o prenderam, porque o sinédrio o sentenciou, porque Pilatos o entregou, porque os judeus o acusaram, porque Judas o traiu, porque Pedro o negou, porque os soldados o pregaram na cruz.

• Quem levou Jesus à cruz, então?

a) Os nossos pecados levaram Jesus à cruz

• V. 5 – “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades”.

• V. 8b – “por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido”.

• V. 12 – “levou sobre si o pecado de muitos”.

• V. 4 – “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”.

• O que matou Jesus não foram os açoites, nem os soldados, nem o suplício da cruz, fomos nós, os nossos pecados. Ele morreu pelos nossos pecados. Ele foi moído pelos nossos pecados. Na cruz ele sorveu o cálice da ira de Deus sobre o pecado.

• Na cruz ele foi feito pecado por nós. A espada da lei caiu sobre ele, pois era o nosso substituto.

b) O Pai o levou à cruz

• V. 6 – “O Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós”.

• V. 10 – “Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar”

• V. 4b – “e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”.

• Jesus não foi à cruz porque a multidão sanguissedenta critou: crucifica-o, crucifica-o. Ele não foi a cruz porque os sacerdotes o entregaram, por inveja; Judas o traiu, por ganância; Pilatos o sentenciou por covardia e os soldados o pregaram na cruz por crueldade. Ele foi cruz porque o Pai o entregou por amor.

c) Jesus voluntariamente foi à cruz

• V. 4 – “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermiasdes e as nossas dores levou sobre si”.

• V. 10 – “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado”.

• V. 11 – “O seu servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si”.

• O apóstolo Paulo diz que o amor de Cristo nos constrange. Ele nos amou e a si mesmo se entregou por nós.

II. QUE TIPO DE SOFRIMENTO JESUS SUPORTOU

1. Jesus suportou o sofrimento moral e espiritual

• Seu sofrimento foi repulsivo. Ao vê-lo, “os homens escondem o rosto” (v. 3).

• Seu sofrimento não produziu compaixão nos outros: “e dele não fizemos caso” (v. 3).

• Ele teve experiência íntima e longa com o sofrimento: “homem de dores e que sabe o que é padecer”.

a) Rejeição – v. 3: “o mais rejeitado entre os homens”

1) Ele foi rejeitado pelo seu povo = “Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam”.

2) Ele foi rejeitado pelos religiosos da sua época = que lhe chamaram de fanático, mentiroso, blasfemo, pecador, beberrão e até endemoninhado.

3) Ele foi rejeitado pela mesma multidão que o aplaudiu = empolgada com seus milagres, agora como uma turba, como uma súcia sanguissedenta, grita diante de Pilatos: crucifica-o, crucifica-o! Caia sobre nós o seu sangue!

4) Ele foi rejeitado pelas autoridades romanas = Herodes, o grande quis matá-lo quando infante. Pilatos covardemente o entregou para ser crucificado. Herodes, Antipas o escarneceu.

5) Ele foi rejeitado pelas autoridades judaicas = O sinédrio forjou testemunhas falsas para acusá-lo. Acusaram-no de blasfemo. Cuspiram no seu rosto.

6) Ele foi rejeitado pelos seus apóstolos = Jesus o traiu, Pedro o negou, os demais o abandonaram e fugiram.

7) Ele foi rejeitado pelo próprio Pai – Quando Deus lançou sobre ele as nossas iniquidades, ele foi feito pecado por nós. Nesse momento, sentiu o desamparo de Deus e gritou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

8) Ele ainda é rejeitado = quando amamos mais o pecado e ainda ultramos o seu Espírito e calcamos aos pés o sangue da eterna aliança.

b) Humilhação – v. 3 – “e como um de quem os homens escondem o rosto”

• O Sinédrio o humilhou cuspindo nele.

• Os soldados o humilharam o açoitando e resgando o seu corpo com fortes açoites, colocando na sua cabeça uma coroa de espinhos, dando-lhe pancadas na cabeça.

• Jesus foi humilhado ao ter que carregar uma cruz pelas ruas agitadas de Jerusalém ao lado de dois ladrões.

• Ele foi humilhado pelo vozerio da multidão ao pé da cruz. Ele foi humilhado até a morte e morte de cruz”.

• Ele foi humilhado quando clamou que estava com sede e lhe deram vinagre para agravar sua tortura.

2. Jesus suportou o sofrimento físico

a) Semblante desfigurado – v. 2 “...”

• Não havia beleza nele. Ele não aparência nem formosura. A nossa feiúra moral estava sobre ele. Todos os nossos horrendos pecados foram lançados sobre ele. Seu rosto ficou desfigurado. Ele foi feito pecado, maldição.

• Seu corpo foi ferido. Ele ficou ensanguentado. Seu corpo tornou-se cheio de hematomas e chagas. Toda a nossa tragédia foi lançada sobre ele.

b) Torturas crudelíssimas – v. 4b,5,10

• Ele ficou aflito, ferido, oprimido, traspassado, moído. Sofreu castigo. Ficou cheio de pisaduras. Ele foi moído e enfermou.

• Na noite em que foi preso, sua alma estava angustiada até à morte. Sendo o libertador, foi preso. Sendo santo, foi escarnecido como criminoso. Sendo o criador foi cuspido pela criatura.

• Agora, já arquejado e machucado pelos açoites, com seu rosto ensanguentado, empreende a longa caminhada ao calvário. Sua fronte está ferindo e sangrando. Seu corpo febril lateja debaixo das chicotadas e dos empurrões. Começa a grande marcha para o monte do juízo. A maior marcha da história, não com rodas dos carros de guerra, nem com o estrupido febril dos cavalos, mas com o ruído dos passos de um homem, andando sob o peso de seu próprio cadafalso.

• Jesus marcha arrastando consigo todas as máscaras da humanidade. Marcha debaixo da zombaria da multidão. Seu corpo titubeia, caia, mas é levantado aos empurrões e sob fortes açoites prossegue a marcha.

• Jesus é erguido no leito vertical da morte. Suas mãos foram rasgadas, seus pés pregados no lenho. Foram seis horas de vergonha e horror. Ali suspenso entre a terra e o céu sofreu sede, dor, vergonha, humilhação, abandono. Ali desceu ao inferno para nos libertar do cativeiro do pecado.

• O próprio universo entrou em convulsão: houve trevas. O sol cobriu o seu rosto de vergonha. As pedras se arrebaram nos vales, os túmulos foram abertos.

• Isaías 53:5 diz que Jesus foi ferido. Ferimentos, de acordo com a definição de um cirurgião podem ser classificados por suas características:

a) Contusão = É uma ferida produzida por um instrumento grosso e cego. Esta ferida resultaria de um golpe com vara, como profetizado em Miquéias 5:1: “Ferirão com vara a face ao juiz de Israel” e Mt 26:67: “O esbofetearam” e Jo 18:22: “Um dos guardas deu uma bofetada em Jesus”.

b) Laceração = É um ferimento produzido por um instrumento que rasga. A laceração dos tecidos era o resultado dos açoites e estes finham-se tornado uma fina arte entre os romanos. O chicote romano era uma tira de couro com várias extremidades, cada uma com uma ponteira de metal. “Pilatos tomou a Jesus e mandou açoitá-lo”. Seu corpo foi todo lacerado. Sua carne foi rasgada.

c) Penetração = Trata-se de um ferimento profundo causado por um instrumento pontiagudo. Esse ferimento foi causado pela coroa de espinhos que fez sangrar sua cabeça (Jo 19:2). “tomaram o caniço e davam-lhe com ele na cabeça” (Mt 27:30).

d) Perfuração = Perfurar vem do latim “passar através de”. As mãos e os pés de Jesus foram traspassados. Os cravos de ferro eram cravados entre os ossos seprando-os sem quebrá-los.

e) Incisão = É um corte produzido por um instrumento pontiagudo e cortante. “Um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança e logo saiu sangue e água” (Jo 19:34).

III. COMO JESUS REAGIU DIANTE DO SOFRIMENTO DA CRUZ

1. Ele se entregou como sacrifício

• A morte de Cristo foi substitutiva. Ele foi a cruz em nosso lugar. Nós é que devíamos ter suportado aqueles açoites. Nós devíamos ter carregado aquela cruz. Mas ele tomou o nosso lugar.

• Ele não tinha pecado: “nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca” (v. 9).

• Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. “Ele como cordeiro foi levado para o matadouro” (v. 7).

• “Ele foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo foi ele ferido” (v. 8).

2. Ele não abriu a boca para pedir vingança aos seus algozes

• “e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (v. 7).

• Ele se entregou. Ele voluntariamente foi a cruz. Jesus não se rebelou ao ser preso, julgado, espancado, pregado na cruz. Ele não bradou por vingança ou por socorro.

3. Ele intercedeu pelos seus algozes

• “levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu” (V. 12).

• Em vez de vingar-se, de falar impropérios e despejar libelos acusatórios contra seus algozes bestiais, Jesus intercedeu por eles, ministrando-lhes seu amor e seu perdão. Ele intercedeu e atenuou a culpa dos seus exatores.

IV. A GLORIOSA RECOMPENSA DA CRUZ

1. Jesus venceu a morte

• Jesus venceu a morte. Ele tirou o aguilhão da morte. Ele matou a morte. A morte agora não tem a última palavra. Tragada foi a morte pela vitória.

• V. 10: “verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos”.

• Ele ressurgiu. Ele está vivo. Ele venceu a morte. Ele rompeu os grilhões da morte. Ele abriu o túmulo de dentro para fora. Ele conquistou para nós imortalidade. Aleluia!

2. Jesus remiu um povo para Deus - v. 11-12

• Ele nos comprou com seu sangue. Ele tirou-nos da maldição, da escravidão, do império das trevas, da potestade de Satanás, do jugo do pecado. Agora somos livres, somos filhos de Deus.

• Agora temos a justificação. Somos perdoados. Temos toda a justiça de Cristo em nossa conta.

• Agora somos filhos, herdeiros, adotados na família de Deus!


3. Jesus chama um povo para si – v. 11,12

• V. 11 - “Ele verá o fruto do seu penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito”

• V. 11 – “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte”.

• Hb 12:2 – “o qual em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia”.

• A recompensa de Jesus é VOCÊ. É seu arrependimento. É sua volta para ele. É sua conversão. Rejeitar Jesus é crucificá-lo de novo. É cuspir no seu rosto outra vez. Recebê-lo traz-lhe alegria. Cristo suportou tudo para conquistar você. Ele ama você. Você é sua recopensa.

• Hoje, o Pai quer lhe trazer a Jesus, para alegria de Jesus, para celebração de uma festa no céu!



Retirado de : http://www.hernandesdiaslopes.com.br/

sábado, 28 de novembro de 2009

sábado, 21 de novembro de 2009

Veja o que Jesus sofreu por Você

Senhor e Rei

Reforma Protestante




Entendendo a Reforma Protestante



Foi o movimento que rompeu a unidade do "Cristianismo" centrado pela Igreja de Roma. Esse movimento é parte das grandes transformações econômicas, sociais, culturais e políticas ocorridas na Europa nos séculos XV e XVI, que enfraqueceram a Igreja permitindo o surgimento de novas doutrinas religiosas – Protestantes. A Igreja estava em crise, a burguesia crescia em importância, o nacionalismo desenvolvia-se nos Estados modernos e o Renascimento Cultural despertava a liberdade de Crítica. O aumento populacional somado às transformações que vêm junto com esse aumento acarreta em um baque entre a Igreja e essas transformações. Os intelectuais das cidades pensam hipóteses, passam a ter idéias, problemas que antes não existiam. O termo “Igreja Católica” é posterior ao Concílio de Trento, uma forma de diferenciação perante os protestantes. Antes só existia a Cristandade.
A esse movimento de divisão no cristianismo e surgimento das novas doutrinas dá-se o nome de REFORMA e à reação da Igreja, realizando modificações internas e externas, de CONTRA-REFORMA. Contudo, esse movimento foi precedido por várias manifestações nos séculos anteriores, mas nenhuma delas conseguiu o rompimento definitivo com a Igreja Romana. Dentre elas, vemos:

- Heresias Medievais (Arianismo, Valdenses, Albigenses);

- Querela de Investiduras (disputas entre os papas e os imperadores da Alemanha a partir de 1074, pelo direito de nomear bispos e abades. Só se resolve no século XII);

- Cisma do Ocidente – (Ocorrido em 1378, em que a Igreja passa a ser governada por TRÊS papas – ela se unifica em 1417);

- Movimentos Reformadores – John Wiclif (1320? -1384) e Jonh Huss (1369-1415;.

Os primeiros questionamentos são referentes à questão das Indulgências (documentos assinados pelo papa, que absolviam o comprador de alguns pecados cometidos, diminuindo o tempo de sua pena no purgatório, era um comércio em vista da salvação); a Simonia {comercialização de coisas sagradas (Cargos eclesiásticos, cobrança por sacramentos, objetos...)}; o celibato, culto às imagens, excesso de sacramentos, atitude mundana do Alto Clero, dentre outras. Havia um abismo muito grande entre o que a Igreja pregava e o que fazia.

A REFORMA LUTERANA


A região da atual Alemanha não está centralizada, é agrária e feudal. A Igreja possui um terço das terras. Há descontentamento geral. Vendo tantos abusos por parte do Clero, o monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546) não se calou. Elaborou 95 teses e afixou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 1517. A maioria era contra as indulgências. Principalmente as indulgências visando à construção da Basílica de São Pedro. Apoiado pela nobreza alemã, Lutero pôde divulgar suas idéias, calcada em dois princípios que se constituiriam no núcleo de sua doutrina: A Salvação somente pela fé e não pelas práticas religiosas e a Inutilidade dos Mediadores (Clero).
Em Junho de 1518 foi aberto o processo contra Lutero, com base na publicação das suas 95 Teses. Alegava-se que este incorria em heresia, a ser examinado pelo processo. Nas aulas que dava na Universidade de Wittenberg, espiões registram os comentários negativos de Lutero sobre a excomunhão. Depois disso, em agosto de 1518, o processo é alterado para heresia notória. Lutero é convidado para ir a Roma, onde desmentiria sua doutrina. Lutero recusa-se a fazê-lo, alegando razões de saúde e pretende uma audiência em território alemão. O seu pedido foi aceito, ele foi convidado para uma audiência com o cardeal Caetano de Vio (Tomás Caetano), durante a reunião das cortes (Reichstag) imperiais de Augsburg. Entre 12 e 14 de Outubro de 1518, Lutero fala a Caetano. Este pede-lhe que revogue a sua doutrina. Lutero recusa-se a fazê-lo.
Do lado romano, o caso pareceu terminado. Por causa da morte de Imperador Maximiliano I (Janeiro de 1519), houve uma pausa de dois anos. Após a escolha de Carlos V como imperador (26 de junho de 1519), o processo de Lutero voltará a ser reatado. Em junho de 1520 reaparece a ameaça no escrito "Exsurge Domini", em Janeiro de 1521 a bula "Decet Romanum Pontificem". Com ela foi excomungado Lutero.
Ele queima publicamente a carta do papa (Bula papal), traduz a Bíblia para o Alemão e fica abrigado na Saxônia. Em abril de 1523, Lutero ajudou 12 freiras a escapar do cativeiro do convento de Nimbschen. Entre essas freiras encontrava-se Catarina von Bora, com quem se casou em 13 de junho de 1525. Dessa união saíram seis filhos: Johannes, Elisabeth, Magdalena, Martin, Paul e Margaretha. Em 1546, no dia 18 de fevereiro, aos 62 anos, Martinho Lutero faleceu.

 Eis suas reivindicações e críticas principais:

Substituição do Latim pelo idioma alemão nos cultos religiosos; Questiona a grande quantidade de sacramentos (Preserva dois sacramentos: batismo e eucaristia); Livre interpretação da Bíblia; Contra o Celibato; Rejeita a Hierarquia Religiosa da Igreja de Roma; pregava a Salvação pela fé; Negava a Transubstanciação – afirmava a Consubstanciação (misturados); Pecado Original: Marca do gênero Humano (nem Cristo, nem o Batismo o retiram);
O Luteranismo expandiu-se basicamente no Sacro Império Romano-Germânico e nos países escandinavos (Suécia, Noruega e Dinamarca), regiões essencialmente rurais, pouco desenvolvidas em termos comerciais. Através de suas idéias, eles desapropriam as terras da Igreja.

A REFORMA CALVINISTA


João Calvino (1509-1564) era francês, que inicia sua ruptura em Genebra, Suíça, por volta de 1536. Lá começa a publicar estudos sistemáticos sobre a nova religião. Funda uma nova doutrina que expande a Reforma. A burguesia dessa cidade havia adotado os princípios da reforma para lutar contra seu governante, o católico Duque de Savóia, o que favoreceu a atuação do reformador. Ele divergia de Lutero em alguns pontos, principalmente na questão da Salvação. Diferente de Lutero (salvação pela fé), ele defendia a idéia de que a fé não era suficiente, uma vez que o homem já nasce predestinado, ou seja, escolhido por Deus para a vida eterna ou para a sua condenação. Calvino tornou-se todo-poderoso, conseguindo impor sua doutrina, interferir nos costumes, nas crenças e na própria organização político-administrativa da cidade. O Calvinismo propagou-se rapidamente atingindo a França, a Holanda, a Inglaterra e a Escócia.

 Eis algumas de suas teorias e questionamentos:

- A riqueza material era um sinal da graça divina sobre o indivíduo. Essa teoria é assimilada pela burguesia local, que justificava não só seu comércio, como também as atividades financeiras e o lucro a elas associado. Ele justifica as atividades econômicas até então condenadas pela Igreja romana.

- Grande rigidez na moral
- Questiona a Liturgia da Missa (simplifica com o Sermão, a oração e a leitura da Bíblia).
- Questiona o uso das Imagens (houve quebra-quebra nas paróquias locais)
- Acaba com os jogos, dança ida ao teatro...
- “O homem que não quer trabalhar, não merece comer.” afirma.
- Livre Interpretação da Bíblia;
- Nega o culto aos santos e a Virgem;
- Questiona a autoridade do Papa;
- Defende a separação entre a Igreja e o Estado;
- Questiona o Celibato do clero;
- Questiona a Transubstanciação (propõe uma presença material, o Cristo está presente, mas não materialmente).
- Ele cria um conselho para reger a vida religiosa em Genebra de “12 anciãos”. Eles julgavam, ditavam regras. Consistório de Genebra.
- A doutrina afirma que não há certeza da salvação;

A REFORMA ANGLICANA

Os ingleses, durante a época dos Tudor, também criticavam os abusos da Igreja Romana, a ineficiência dos tribunais eclesiásticos e o favoritismo na distribuição de cargos públicos para membros do Clero, além de queixar-se do pagamento e do envio de dízimos para Roma. Durante o governo de Henrique VIII (1509-1547), a burguesia fazia pressão para o aumento do poder do parlamento. O rei, necessitando aumentar as riquezas do Estado, confisca as terras da Igreja, o que gera desentendimentos com o Papa. Isso se agrava quando o monarca solicita a anulação do casamento com Catarina de Aragão. Ele não tinha sucessores masculinos, temia que seu trono caísse em mãos espanholas. Toda a nação, com medo deste fato, apóia esse pedido. O Papa Clemente VII nega o pedido. O Rei rompe com o papado e faz uma reforma na Igreja Inglesa. Obriga seus membros a reconhecê-lo como chefe supremo e a jurar-lhe fidelidade e obediência. Obtém do clero inglês o divórcio e se casa com uma dama da corte, Ana Bolena. O Papa tenta intimidá-lo excomungando-o, mas não adianta.
Em 1534, Henrique VIII decreta o Ato de Supremacia, que consolida a separação entre a Inglaterra e o papa. Torna-se o chefe da Igreja de seu país. A Reforma anglicana, na prática, apresenta poucas modificações com a Igreja romana: Questiona o Culto aos santos; A autoridade máxima é o Rei e não o papa; Questiona o culto às relíquias; Prega a popularização da leitura da Bíblia. A Reforma anglicana resolveu, na prática, dois problemas para a monarquia: a questão da herança do trono e com a venda das terras da Igreja para a burguesia e nobreza, dá um suporte financeiro para a Coroa. O Anglicanismo se consolida no reinado de Elizabeth I, filha de Henrique VIII, que renova seu direito de soberania real sobre a Igreja, além de fixar os fundamentos da doutrina e do culto anglicano na Lei dos 39 Artigos, em 1563.

OBSERVAÇÃO - O Calvinismo também criou raízes na Inglaterra. Seus adeptos, os puritanos, iriam entrar em choque com os anglicanos, gerando inúmeros conflitos no século XVII, que levaram às imigrações maciças para a região da Nova Inglaterra, na América do Norte.


THOMAS MÜNTZER (1489 - 1525)


Liderou uma revolta em 1524 com camponeses da região do Reno. Além de atacar a Igreja pela cobrança de dízimos, passam a reivindicar a reforma agrária e a abolição dos privilégios feudais. Ele afirmava ser Luterano. O movimento se espalhou por várias regiões alemãs com assaltos a castelos, queima dos mosteiros e roubo de colheitas. A essas manifestações, seguiu-se uma repressão violenta, apoiada por Lutero em prol da Nobreza alemã. Müntzer foi preso e decapitado e houve o massacre de milhares de camponeses. Ele foi um dos grandes pregadores do ANABATISMO (os convertidos são batizados na idade adulta, mesmo já sendo batizados quando criança).
Tinham a necessidade de rebatizar os indivíduos, de separar a Igreja e o Estado, de abolir as imagens e o culto dos santos, queria uma igualdade absoluta entre os homens, viver com simplicidade, pois todos eram inspirados pelo Espírito Santo. Uma das principais questões de sua formulação teológica é a igualdade. Através do sacrifício de Cristo na cruz todos os homens se tornaram iguais perante Deus e livres do “jugo do pecado”. Com base nisso, Müntzer coloca no mesmo patamar tanto os senhores como os servos e é criticado por Lutero, uma vez que estaria reduzindo a liberdade a algo meramente carnal. Esse traço do pensamento de Müntzer (associado ao lema "omnia sunt communia") foi interpretado por alguns como uma formulação pré-socialista. No entanto, o que está em questão é algo muito diferente do socialismo do século XIX e à preocupação em se viver, em todos os sentidos, segundo a natureza humana do Filho de Deus.
Com a decapitação do teólogo Thomas Müntzer, a 27 de maio de 1525, terminou a Guerra dos Camponeses, responsável pela morte de pelo menos cinco mil pessoas na região da Alemanha. Seus adeptos foram fortemente reprimidos seja nos Estados Católicos, Luteranos ou Calvinistas.

A CONTRA-REFORMA

"A situação da igreja católica, em meados do século XVI, era bastante difícil: ela perdera metade da Alemanha, toda a Inglaterra e os países escandinavos; estava em recuo na França, nos Países Baixos, na Áustria, na Boêmia e na Hungria. A Contra-Reforma, ou Reforma católica, foi uma barreira colocada pela Igreja contra a crescente onda do protestantismo.”
O avanço do Protestantismo, não só neste momento, levou a Igreja Romana a se reorganizar. Foi um movimento de reação ao protestantismo. A Igreja precisava se auto-reformar ou não sobreviveria, pois precisava, ainda, evitar que outras regiões virassem protestantes. Esse movimento de reforma interna já existia, mas é nesse momento que ele é aprofundado. Entre 1545 e 1563, foi convocado o CONCÍLIO DE TRENTO, pelo papa Paulo III (1534-1549) onde houve reafirmações e mudanças. O Concílio de Trento foi o mais longo da história da Igreja: é chamado Concílio da Contra-Reforma. Emitiu numerosos decretos disciplinares. O concílio especificou claramente as doutrinas católicas quanto à salvação, os sacramentos e o cânone bíblico, em oposição aos protestantes e estandardizou a missa através da igreja católica, abolindo largamente as variações locais. A nova missa estandardizada tornou-se conhecida como a "Missa Tridentina", com base no nome da cidade de Trento, onde o concílio teve lugar. Regula também as obrigações dos bispos e confirma a presença de Cristo na Eucaristia. São criados seminários como centros de formação sacerdotal e reconhece-se a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. É instituído o índice de livros proibidos Index Librorum Prohibitorum e reorganizada a Inquisição.

Eleito Papa em 13 de Outubro de 1534, procurou reformar a Igreja. Paulo III provou a criação da Companhia de Jesus de Inácio de Loyola em 1540. Convocou o Concílio de Trento em 1545. Excomungou Henrique VIII de Inglaterra, mas não conseguiu travar a Reforma Protestante. Concedeu a Inquisição em Portugal a D. João III. Lançou as bases da Contra-Reforma. Após a morte de Paulo III, assume o pontificado o papa Júlio III (1550-1555).

Em 1536 foi nomeado cardeal-bispo de Palestrina pelo Papa Paulo III, a quem serviu em importantes legações; ele foi o primeiro a presidir ao Concílio de Trento, abrindo a primeira sessão em Trento, em 13 de Dezembro de 1545, com uma breve oração. Durante o concílio, foi o líder do partido papal contra o imperador Carlos V, com quem entrou em conflito por variadas vezes, especialmente quando, em 26 de Março de 1547, transferiu o Concílio para Bolonha. Foi sucedido pelo papa Marcelo II (9 de abril de 1555 - 1 de maio de 1555), que faleceu provavelmente por causa de sua constituição débil e pela fadiga acumulada ao fim de 21 dias de pontificado. Essa nova eleição papal atrasou as reformas. Foi eleito para seu lugar o papa Paulo IV (1555-1559). Foi nomeado cardeal em 1536 e após o curtíssimo pontificado de Marcelo II, foi eleito papa em 23 de maio de 1555, apesar da decidida oposição dos cardeais do partido ligado ao imperador Carlos V. Mesmo com idade avançada, o papa, que assumiu o nome de Paulo IV, dedicou seus anos de governo, sobretudo à organização da Inquisição romana, fundada por Paulo III graças à sua sugestão, e à reconstrução administrativa e moral das altas hierarquias católicas.

Foi Papa de 25 de Dezembro de 1559, o papa Pio IV (1559-1565), sendo o 225º papa. Contaminado pelo nepotismo, mudou a política anti-imperial do Papa anterior, Paulo IV e conseguiu concluir o concílio de Trento (1562-1563) cujos decretos começaram a ser aplicados nos últimos dois anos de seu pontificado. Publicou um novo Índice de Livros Proibidos em 1564 e reformou o Sacro Colégio. A pedido do imperador, permitiu a Eucaristia sob as duas espécies a alemães, austríacos e húngaros em 1564 para frear o avanço do protestantismo. Fracassou porem esse seu intento no leste da Alemanha, França e Inglaterra, embora se abstivesse de excomungar a Rainha Elizabeth I. Condenou a Simonia.

O Concílio acabou sendo dividido em três períodos:

1º Período (1545-48) — Celebraram-se 10 sessões, promulgando-se os decretos sobre a Sagrada Escritura e tradição, o pecado original, a justificação e os sacramentos em geral e vários decretos de reforma;

2º Período (1551-52) — Celebraram-se 6 sessões, continuando a promulgar-se, simultaneamente, decretos de reforma e doutrinais ainda sobre sacramentos em geral, a eucaristia, a penitência, e a extrema-unção. A guerra entre Carlos V e os príncipes protestantes constituiu um perigo para os padres de Trento;

3º Período (1562-63) — Convocado pelo Papa Pio IV, foi presidido pelos legados cardeais Ercole Gonzaga, Seripando, Osio, Simonetta e Sittico. Estiveram ainda no concílio os cardeais Cristoforo Madruzzo, bispo de Trento e Carlos Guise. O Papa enviou os núncios Commendone e Delfino aos príncipes protestantes do império reunidos em Naumburgo, e Martinengo à Inglaterra para convidar os protestantes a virem ao concílio. Neste período realizaram-se 9 sessões, em que se promulgaram importantes decretos doutrinais, mas sobretudo decretos eficazes para a reforma da Igreja. Assinaram as suas actas 217 padres oriundos de 15 nações.

Os Papas da Contra-Reforma

Papa Paulo III








Papa Júlio II 

   






Papa Marcelo II








Papa Paulo IV 



    




Papa Pio IV








Eis as mais importantes resoluções vistas no Concílio de Trento:

- Esclarece a Doutrina;
- Conserva os sete Sacramentos e confirma os Dogmas;
- Afirma a presença real de Cristo na Eucaristia, a Transubstanciação;
- Inicia a redação de um Catecismo;
- Criação de Seminários para a formação de sacerdotes;
- Reafirma o Celibato, a veneração aos Santos e a Virgem;
- Aprova os Estatutos da Companhia de Jesus, criada antes do Concílio por Inácio de Loyola;
- Mantém o Latim como língua do Culto e tradução oficial das Sagradas Escrituras;
- Organizou a disciplina do clero: os padres deveriam estudar e formar-se em seminários. Não poderiam ser padres antes dos 25 anos, nem bispos antes dos 30 anos;
- Reafirmava a infalibilidade do papa e o dogma da Transubstanciação;
- Confirma como texto autêntico, a tradução de São Jerônimo, no século IV;
- Fortalece a Hierarquia e, portanto a unidade da Igreja Católica, ao afirmar a supremacia do Papa como “Pastor Universal de toda a Igreja”
- Revê a prática das Indulgências, condenando os abusos.
- Revê a Simonia
- Reorganizou o tribunal da Inquisição ou Santo Ofício, que fica encarregado de combater a Reforma;
- Criação do “Índex” (índice), encarregada da censura de obras impressas, lista de livros cuja leitura era proibida aos fiéis;

Essas deliberações vistas em Trento foi uma resposta às acusações de Lutero e demais protestantes. Muitos pontos foram reafirmados utilizando apenas a Bíblia para tal. Muitos se perguntam como eles refletiram sobre essas questões e como preparam a sua posição perante tais fatos.

Eis dois exemplos de como os bispos responderam a essas duas acusações:

- Questionando a Transubstanciação: Essa questão diz respeito à presença real de Jesus na Eucaristia, na Hóstia e no Vinho sendo transformados em Corpo e Sangue de Jesus. Bem, o que os bispos assinalaram é o que está escrito nos Evangelhos, principalmente nos fatos ocorridos na última ceia, onde se lê: “Isto é o meu corpo (...). Isto é o meu sangue (...) fazei sempre isso em minha memória” (Mt 26, 26-28) E o que foi analisado é exatamente o sentido desses trechos, onde foi dito que o pão deixa de ser pão, da mesma forma que o vinho deixa de ser vinho. Há a transformação da substância. Assim, eles rebatem as definições de Lutero, que achava que ali havia pão e corpo misturados, vinho e sangue misturados (Consubstanciação); e também refutam a visão de Calvino, o qual afirmava que não muda as formas, e que em nossos corações saberíamos que era sangue e corpo.

- Questionando os 7 Sacramentos: Essa questão diz respeito às críticas de Lutero e demais reformadores assinalando o Excesso de Sacramentos. Lutero assinala que apenas dois seriam necessários (Batismo e Ceia). Bem, o Concílio respondeu também utilizando as Escrituras, focando que os sete sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo. Foi visto que durante a vida e obra de Jesus, ele foi assinalando cada um deles. Batismo: O próprio Jesus foi Batizado por João Batismo; Eucaristia: Jesus, na última ceia, a institui junto com seus discípulos. Confissão: Jesus assinala que a quem os discípulos perdoarem os pecados eles serão perdoados e a quem eles não perdoarem, eles serão retidos; Matrimônio: Jesus nasceu dentro de uma família, vivenciou e cresceu com seus pais e no episódio ocorrido nas Bodas de Caná da Galiléia, onde vemos a presença dele prestigiando a festa de casamento e vemos Jesus atendendo ao pedido de sua mãe para ajudar na questão do vinho. Ordem: Jesus foi o maior de todos os sacerdotes e ele escolheu doze pessoas para segui-lo, para aprenderem com ele seus ensinamentos e, após sua morte, continuaram essa missão; Crisma: É o Sacramento do Espírito Santo. Ele foi instituído no dia de Pentecostes, onde Jesus aparece em meio aos seus discípulos e “sopra sobre eles o Espírito Santo”; Unção dos Enfermos: Jesus curou muitas pessoas, tanto fisicamente quanto espiritualmente. E tais atos foram passados aos seus discípulos, os quais passaram a curar os doentes e a evangelizar aos pecadores.

Os séculos se passam...

As orientações do Concílio de Trento guiaram os católicos de todo o mundo durante 400 anos. Houve o Concílio Vaticano I (08/12/1869 - 20/10/1870), convocado pelo Papa PIO IX (1846-1878), mas que foi interrompido devido à Guerra Franco-Alemã que havia iniciado. As maiores mudanças começariam a acontecer apenas em 1962, quando o papa João XXIII convocou o Concílio Vaticano II (11/10/1962 a 07/12/1965), para redefinir as posições da Igreja e adequá-la às necessidades e desafios do mundo contemporâneo.







terça-feira, 17 de novembro de 2009

POR QUE A IGREJA PRECISA DE UMA NOVA REFORMA



A Reforma Protestante do Século XVI foi o maior movimento na igreja cristã depois do Pentecostes. Não foi uma inovação, mas uma volta ao cristianismo puro e simples, uma retomada da doutrina apostólica, um retorno às Escrituras. A igreja cristã havia se desviado da verdade, e introduzido doutrinas e práticas estranhas às Escrituras. O culto às imagens, a mediação dos santos, a veneração a Maria, a salvação pelas obras, o confessionário, o purgatório, as reliquias, as indulgências e a infalibilidade papal foram desvios gritantes que encontraram guarida na igreja. Urgia uma Reforma, e Deus preparou o momento e as pessoas certas para essa volta às Escrituras. No dia 31 de Outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero, fixava nas portas da igreja de Wittenberg suas noventa e cinco teses contras as indulgências, deflagrando, assim, esse decisivo movimento.
Hoje, ao olharmos o cenário religioso brasileiro constatamos que a igreja evangélica precisa de uma nova Reforma. Desviamo-nos do caminho da ortodoxia. As verdades essenciais da fé evangélica estão ausentes de muitos púlpitos chamados protestantes. Novidades forâneas às Escrituras têm sido introduzidas nas igrejas sob a conivência de uns e o silêncio de outros. A igreja protestante já não protesta mais. Somos chamados de evangélicos, mas o puro evangelho está escasseando em muitas igrejas. Temos influência política, mas falta-nos autoridade moral. Temos poder econômico, mas falta-nos poder espiritual. Temos um explosivo crescimento quantitativo, mas falta-nos o crescimento qualitativo. Precisamos de uma nova Reforma. Alistaremos a seguir três motivos que exigem uma nova Reforma já.


1. Porque o liberalismo teológico tem assaltado muitas igrejas em nossa Pátria - O mesmo liberalismo que devastou as igrejas na Europa, e na América do Norte chegou às terras brasileiras, e seu fermento maldito está presente em muitos seminários, e este veneno letal tem sido espalhado das cátedras para os púlpitos e dos púlpitos para os crentes e assim, muitas igrejas já não crêem mais na inerrância e suficiência das Escrituras. Em consequência desse colapso espiritual há algumas igrejas que defendem um concubinato espúrio entre cristianismo e evolucionismo, negando a realidade da criação, conforme registrada em Gênesis 1 e 2.


2. Porque o misticismo sincrético tem invadido muitos arraiais evangélicos - Temos visto a igreja evangélica brasileira capitular-se ao misticismo pagão. O verdadeiro evangelho está ausente de muitos púlpitos. Prega-se sobre prosperidade e não sobre salvação. Prega-se sobre curas e milagres e não sobre arrependimento e novo nascimento. O lucro substituiu a mensagem da salvação em muitas igrejas. Temos visto igrejas se transformando em empresas, o púlpito em balcão, o evangelho num produto e os crentes em consumidores. Além desse descalabro, muitas crendices têm substituído a verdade em não poucas igrejas. Esses crentes incautos têm se alimentado do farelo do sincretismo em vez de serem nutridos pelo Pão da Vida. Há crentes que olham para a Palavra de Deus como um livro mágico e consultam a Bíblia como se ela fosse um horóscopo. Há aqueles que colocam um copo d'água sobre o aparelho de televisão, enquanto o suposto homem de Deus ora, pensando que essa água "benzida" tem poder extraordinário. Essas práticas não são bíblicas e devem ser reprovadas. Urge certamente uma nova Reforma.


3. Porque muitas igrejas se acomodaram a uma ortodoxia morta - A Reforma restaurou não apenas a supremacia das Escrituras e a primazia da pregação, mas também, enfatizou a necessidade de uma vida piedosa. Não podemos separar a teologia da vida; a doutrina da prática; a ortodoxia da piedade. Não basta conhecer a verdade, precisamos ser transformados por essa verdade. Na Igreja Reformada encontramos teologia pura e vida santa.

Rev. Hernandes Dias Lopes


Retirado de: http://www.hernandesdiaslopes.com.br/

A REFORMA NÃO É UMA OPÇÃO, MAS UMA NECESSIDADE




A Reforma não é uma caiação da velha estrutura religiosa, nem uma pele bronzeada para cobrir o esqueleto doente de uma teologia herege. A Reforma não é uma mudança epidérmica motivada apenas pela busca do novo. A Reforma é uma volta às Escrituras, um retorno à doutrina dos apóstolos, um compromisso inalienável com a verdade divina. Vamos, aqui abordar três áreas na vida da igreja contemporânea que precisam de Reforma profunda, urgente e bíblica:



1. Precisamos de Reforma na Teologia - A teologia é a base, o alicerce e o fundamento da vida. A ética decorre da teologia e não esta daquela. A teologia determina o comportamento; a doutrina rege a vida. Se a teologia estiver errada, a vida não pode estar certa. A igreja cristã havia se desviado da doutrina dos apóstolos e acrescentado muitos dogmas estranhos e heréticos ao seu arcabouço doutrinário. A Reforma denunciou esses erros, eliminou-os e colocou a igreja de volta nos trilhos da verdade. Hoje, precisamos de uma nova Reforma. Há muitos desvios e muitos acréscimos absolutamente estranhos ao ensino bíblico presentes em algumas igrejas chamadas evangélicas. O liberalismo com sua falsa sapiência duvida da integridade da Escritura e tira dela as porções que lhe incomodam ou interpreta à revelia as partes que lhe convém. Se o liberalismo tira da Escritura o que nela está, o misticismo acrescenta à ela o que nela não está. As igrejas cristãs estão eivadas de práticas que beiram ao paganismo. Estamos vivendo uma geração que está sacrificando a razão, que está promovendo o antiintelectualismo. Precisamos de uma Reforma não só para nos colocar de volta na vereda da verdade, mas também para mostrar-nos que o conhecimento das Escrituras não é contrário à piedade, mas a sua própria base e essência.



2. Precisamos de Reforma na Liturgia - Se a teologia é a base da vida, a liturgia é a manifestação da teologia. Aquilo que cremos, professamos no culto. O culto é a manifestação pública da nossa fé. Uma das razões mais gritantes que evidenciam a necessidade urgente de uma nova Reforma é o esvaziamento da pregação nas igrejas evangélicas. Perdemos a centralidade de Cristo no culto e a primazia da pregação das Escrituras. Estamos nos capitulando à proposta do culto show. Em muitas igrejas o púlpito foi substituído pelo palco, a Bíblia pelo entretenimento e o choro pelo pecado pela encenação glamourosa. As músicas estão se tornando produto de consumo. As letras dessas músicas, com raras exceções, estão cada vez mais vazias de conteúdo bíblico e os cantores gospel cada vez mais populares. Precisamos de liturgia pura, de liturgia que coloque Cristo no centro do culto em lugar do homem no centro. Precisamos de liturgia onde o púlpito não seja governado pelos bancos. Onde a mensagem não seja mercadejada, onde o evangelho não seja diluído para agradar a preferência dos ímpios. Precisamos de uma liturgia que glorifica a Deus, exalte a Cristo, honre ao Espírito Santo, promova o evangelho, edifique os santos e traga quebrantamento aos incoversos.



3. Precisamos de Reforma na Vida - A ortodoxia é boa. Ela é a melhor. A ortodoxia é insubstituível, porém, apenas doutrina certa não é suficiente se nós não a colocamos em prática. A ortodoxia morta mata tanto quanto o liberalismo e é tão nociva quanto o misticismo. Precisamos nos acautelar para não cairmos no laço de um intelectualismo vazio e de uma ortodoxia morta. Precisamos de luz na mente e fogo no coração. Precisamos ter cuidado da doutrina e também da vida. Precisamos crer na verdade e viver na verdade. Precisamos de ortodoxia e de piedade. Há muitas igrejas que não pregam heresia, mas também não vivem a verdade que pregam. Há crentes secos como um poste e áridos como um deserto. Precisamos de uma Reforma que nos ponha de volta no caminho de uma vida cheia do Espírito Santo. Que Deus nos ajude a buscarmos essa Reforma da teologia, da liturgia e da vida!

Rev. Hernandes Dias Lopes

Retirado de: http://www.hernandesdiaslopes.com.br/

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

Extra, Extra o Mundo Acabara em 2012, Será?

2012 é um filme americano dirigido por Roland Emmerich que tem data de lançamento marcada para dia 13 de Novembro de 2009.
Segundo o filme em dezembro de 2012 com o alinhamento da Terra com os outros planetas o mundo começa a sofrer uma série de catástrofes que começam a torná-lo quase inabitável, resultando em uma morte massiva de seres-vivos por todo planeta. O governo dos Estados Unidos então decide construir arcas insubmergiveis para salvar uma parte da população, para depois reconstruir novamente a civilização. O filme também leva em relevância as profecias Maias que citaram três ciclos diferentes do fim do mundo. 10 anos.
O orçamento do filme girou em torno de US$ 200 milhões e as filmagens ocorreram durante todo o ano de 2008. O roteiro foi escrito por Roland Emmerich e por Harald Kloser.
 Não é de hoje que as pessoas se preocupam com o fim do mundo, eis algumas profecias que ja foram previstas:


1000: Os teóricos do apocalipse disseram que o "Juízo Final" ocorreria 1000 anos após o nascimento de Cristo.
O que aconteceu: como não aconteceu o fim explicaram que a data certa era 1000 anos depois da morte de Cristo.

1524: Astrólogos previram que o fim do mundo começaria com a inundação de Londres em 1º de fevereiro.
O que aconteceu: no dia nem chuviscou, disseram que houve um erro de cálculo de 100 anos e o certo seria 1624.

1533: Melchior Hoffmann, profeta anabatista, previu que um milênio e meio depois da morte de Cristo o mundo seria consumido por chamas.
O que aconteceu: Nada, acabou sendo preso e morrendo na cadeia.

1537: O astrólogo francês Pierre Turrel achou quatro datas para o fim do mundo 1537,1544,1801 e 1814.
O que aconteceu:
Foi o que mais errou quanto as profecias.

1648: O judeu Sabbatai Zevi descobriu que ele mesmo era o messias e viria em 1648.
O que aconteceu: Mudou a data para 1666,acabou preso e se convertendo ao islamismo.

1736:O teólogo inglês William Whiston previu que o fim do mundo seria em Londres em 13 de outubro com uma inundação.
O que aconteceu: O Rio Tâmisa ficou cheio de barcos de pessoas para fugir da inundação, no dia nem choveu.

1843: O adventista William Millerpreviu o apocalipse para 3 de abril, depois 7 de julho,depois 21 de março de 1844 e por fim 22 de outubro.
O que aconteceu: Em nenhuma ds datas aconteceu nada.

1881: egiptólogos previram o inicío do fim do mundo praa 1881.
O que aconteceu: Refizeram as contas e deu 1936,refizeram outra vez e deu 1953, e nada de novo.

1914: Testemunhas de Jeová ja haviam fracassado na previsão de 1874 preveram o final para 1914.
O que aconteceu: Com o fracasso fizeram uma previsão futura para 1975.

1980: Astrólogo árabe dizia que o mundo acabaria com a conjunção de Júpiter e Saturno com o signo de Libra a 9 graus  e 29 minutos.
O que aconteceu: Não ocorreu nem a configuração astronômica.

1982: No livro o Efeito de Júpiter,astrônomos previam omfim para 10 de março.
O que aconteceu: omo não aconteceu nada os autores disseram que um terremoto modificou o efeito.

1999: Diversas porofecias previam o fim para 11 de agosto.
O que aconteceu: como nada aconteceu atribuiram a culpa a Nostradamus.

2000: os teóricos do apocalipse disseram que o fim ocorreria em 2000 anos após o nascimento de Cristo.
O que aconteceu: Disseram que a data certa era 2000 após a morte de Cristo, ou seja, 2033, então é aguardar pra ver.

Mais o que a Bíblia diz a respeito do fim do mundo?