sábado, 13 de novembro de 2010

Deixe que a Bíblia fale! – M. Lloyd-Jones



. . .(Alguns) . . .nunca chegam a aceitar plenamente o ensino e a autoridade das Escrituras. . . Não se aproximam da Bíblia para submeter-se completa e absolutamente a ela. Se ao menos chegássemos às Escrituras como crianças, e as aceitássemos em seu significado transparente, e permitíssemos que elas nos falassem, esta espécie de dificuldade não surgiria nunca. Essas pessoas não fazem isso. O que fazem é misturar as suas idéias pessoais com a verdade espiritual.

É claro que alegam que tiram suas idéias basicamente das Escrituras, mas, e esta é a palavra fatal, imediatamente passam a modificá-la. Aceitam certas idéias bíblicas, mas há outras idéias e filosofias que desejam trazer consigo, de sua vida antiga. Misturam idéias naturais com idéias espirituais. Afirmam que gostam do Sermão da Montanha e de 1 Coríntios 13. Dizem que crêem em Cristo como Salvador, mas ainda argumentam que não devemos ir longe demais nessas questões, e que elas acreditam na moderação. Daí, começam a modificar as Escrituras. Negam-se a aceitá-las como autoridade em todos os pontos na pregação e no viver, na doutrina e na maneira de encarar o mundo.

«As circunstâncias mudaram», dizem tais pessoas, «e a vida não é mais o que costumava ser. Agora, estamos vivendo no século XX». Assim, pois, modificam as Escrituras aqui e ali, para adaptá-las às suas idéias pessoais, ao invés de levarem firmemente a doutrina escriturística à sua conclusão lógica, de começo a fim, e de confessarem quão irrelevante é a conversa sobre que estamos no século XX. Esta é a Palavra de Deus, não limitada pelo tempo, e, visto que é a Palavra de Deus, devemos submeter-nos a ela, confiando em Deus, crendo que Ele empregará os Seus próprios métodos e à Sua própria maneira.

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