quarta-feira, 20 de junho de 2012

Evangelização, a urgência de uma tarefa - Hernandes Dias Lopes




Jesus concluiu sua obra na cruz. Triunfou sobre o diabo e suas hostes e levou sobre si os nossos pecados. Agora, comissiona sua igreja a levar essa mensagem ao mundo inteiro. O projeto de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, a toda criatura, em todo o mundo. Três verdades devem ser destacadas sobre a evangelização. 

1. A evangelização é ordem de Deus. 

O mesmo Deus que nos alcançou com a salvação, comissiona-nos a proclamar a salvação pela graça mediante a fé em Cristo. Todo alcançado é um enviado. Deus nos salvou do mundo e nos envia de volta ao mundo, como embaixadores do seu reino. Jesus disse para seus discípulos que assim como o Pai o havia enviado, também os enviava ao mundo. Isso fala tanto de estratégia como de ação. Jesus não trovejou do céu palavras de salvação; ele desceu até nós. A Palavra se fez carne; o Verbo de Deus vestiu pele humana. A evangelização não é uma tarefa centrípeta, para dentro; mas centrífuga, para fora. Não são os pecadores que vêm à igreja, mas é a igreja que vai aos pecadores. Deus tirou a igreja do mundo (no sentido ético) e a enviou de volta ao mundo (no sentido geográfico). Não podemos nos esconder, confortavelmente, dentro dos nossos templos. Precisamos sair e ir lá fora, onde os pecadores estão. Jesus, antes de voltar ao céu e derramar seu Espírito, deu a grande comissão aos seus discípulos. Essa grande comissão está registrada nos quatro evangelhos e também no livro de Atos. Não evangelizar é um pecado de negligência e omissão. Na verdade, é uma conspiração contra uma ordem expressa de Deus.

2. A evangelização é tarefa da igreja. 

Nenhuma outra entidade na terra tem competência e autoridade para evangelizar, exceto a igreja. A igreja é o método de Deus. Não podemos nos calar nem nos omitir. Se o ímpio morrer na sua impiedade, sem ouvir o evangelho, Deus vai requer de nós, o sangue desse ímpio. Em 1963, quando John Kennedy foi assassinado em Dalas, no Texas, em doze horas, a metade do mundo ficou sabendo de sua morte. Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu na cruz, pelos nossos pecados, há dois mil anos e, ainda, quase a metade do mundo, não sabe dessa boa notícia. O que nos falta não é comissionamento, mas obediência. O que nos falta não é conhecimento, mas paixão. O que nos falta não é método, mas disposição. Encontramos o Messias, e não temos anunciado isso às outras pessoas. Encontramos o Caminho e não temos avisado isso aos perdidos. Encontramos o Salvador e não proclamamos isso aos pecadores. Encontramos a vida eterna e não temos espalhado essa maior notícia aos que estão mortos em seus delitos e pecados. Precisamos erguer nossos olhos e ver os campos brancos para a ceifa. Precisamos ter visão, paixão e compromisso. Precisamos investir recursos, talentos e a nossa própria vida nessa causa de consequências eternas. 

3. A evangelização é uma necessidade do mundo. 

O evangelho de Cristo é o único remédio para a doença do homem. O pecado é uma doença mortal. O pecado é pior do que a pobreza. É mais grave do que o sofrimento. É mais dramático do que a própria morte. Esses males todos, embora sejam tão devastadores, não podem afastar o homem de Deus. Mas, o pecado afasta o homem de Deus no tempo, na história e na eternidade. Não há esperança para o mundo fora do evangelho. Não há salvação para o homem fora de Jesus. As religiões se multiplicam, mas a religião não pode levar o homem a Deus. As filosofias humanas discutem as questões da vida, mas não têm respostas que satisfazem a alma. As psicologias humanas levam o homem à introspecção, mas nas recâmaras da alma humana não há uma fresta de luz para a eternidade. O mundo precisa de Cristo; precisa do evangelho. Chegou a hora da igreja se levantar, no poder do Espírito Santo e proclamar que Cristo é o Pão do céu para os famintos, a Água viva para os sedentos e a verdadeira Paz para os aflitos. Jesus é o Salvador do mundo!

Os três processos da Reforma Protestante



A antiga verdade que Calvino, Agostinho e o apóstolo Paulo pregaram é a verdade que eu também devo pregar hoje; do contrário deixaria de ser fiel à minha consciência e ao meu Deus. Charles H. Spurgeon
A Reforma protestante foi o marco de uma nova fase da História da Humanidade. Com ela o Cristianismo retomou sua verdadeira identidade, contribuindo assim para a restauração do homem caído e para uma grande visão bíblica de valorização humana.

Mas a Reforma não aconteceu da noite para o dia. Foram séculos de pequenas manifestações e reações por parte daqueles que enxergavam uma igreja em decadência, que precisava urgentemente rever seus valores. Muitos foram ridicularizados, calados á força e mortos á fogueira da inquisição, isto é, a “igreja” estava tão decadente que dia a dia levava o Evangelho a empedernir a ponto de matar até mesmo seus próprios filhos.

Para a conclusão do propósito divino de restauração da Igreja de Cristo, a Reforma passou por três grandes processos em sua execução: A Reforma Teológica, a Reforma Litúrgica, e a Reforma Missionária, ou missiológica.

1º Processo: A Reforma Teológica: A reforma teológica significou o resgate da pureza do Evangelho e foi a base do retorno ás Escrituras. Foi o momento do rompimento definitivo com o paganismo religioso que a Igreja Romana havia abraçado e o estabelecimento dos valores e princípios da Bíblia, centrados em Cristo, sua Graça, na Fé verdadeira e na Glória somente a Deus. Estes cinco valores fundamentais conhecidos em Latim como Sola Scriptura, Solo Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo Gloria se tornaram o fundamento da Teologia Reformada. A Igreja Romana havia cometido um desvio teológico tão flácido e vexatório que nem mesmo o povo tinha acesso á leitura da Bíblia, excluindo assim uma prática nobre da igreja de Cristo (Atos 17.11). Os Bispos se auto intitularam papas. A instituição da intercessão aos mortos e a substituição do culto cristão pelas rezas e missas davam ar de que a verdadeira teologia havia sido destruída. No ano 416 d.C teve início ao batismo de crianças recém nascidas e pouco tempo depois, em 431, é estabelecido o culto a Maria, mãe de Jesus. Mas os desvios teológicos vão além com a oficialização do purgatório e com o culto às imagens. Por fim, a venda de indulgência, ou seja, pagar pela salvação foi o maior golpe da Igreja Romana contra a pureza do Evangelho.

Coube aos teólogos Martinho Lutero e John Calvino esse resgate bíblico. Lutero em 31 de outubro de 1517, afixou na porta da Igreja de Wittenberg, na Alemanha, suas 95 teses e Calvino com a sistematização teológica lançou a grande obra “Instituição da Religião Cristã” em 1536. Esses acontecimentos de comportamento guapo dos líderes cristãos deram início á reforma teológica na cristandade.

2º Processo: A Reforma Litúrgica: O vocábulo “Liturgia“, em grego, formado pelas raízes leit- (de “laós”, povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público. Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um caráter eminentemente público. A liturgia é considerada por várias denominações cristãs o momento da adoração e celebração ao Deus vivo. É o culto ao Senhor, pelo povo do Senhor. Mas o Romanismo havia deturpado o culto também, e com as cansadas missas, cheias de artifícios religiosos, transformou o momento de devoção á Deus num período de tristeza e escravidão religiosa, sem vida e sem a graça de Deus. As missas como eram conhecidas, pareciam mais uma prisão obrigatória de um ritual que não oferecia ao cristão a oportunidade de uma nova experiência com Deus e seu Espírito, e nem mesmo transmitia a alegria da Salvação uma vez conquistada por Cristo. Faltava a Bíblia, a pregação poderosa pela unção, o compartilhamento da fé entre membros do corpo. Faltava a essência da verdadeira adoração, do tempo-momento, da edificação espiritual.

Os reformadores foram unânimes na Reforma litúrgica e começaram com a música, com o louvor ao Deus Trino. Lutero, exemplo de musicista compôs hinos que marcaram gerações. Louvores que ecoaram em toda a Europa.

Mas a liturgia envolvia também o momento do ensino da palavra. Nesse âmago o reformador suíço Úlrico Zwínglio revelou sua ousadia na exposição e ampla visão bíblica. Zwínglio morreu, mas o movimento iniciado por ele não morreu. As igrejas que surgiram como resultado do movimento iniciado por Zwínglio são chamadas de igrejas reformadas em alguns países.

A restauração do Culto ao Senhor foi o resultado do espírito jocoso de nossos reformadores.

3º Processo: A Reforma Missiológica: O que foi então a Reforma missiológica? O que isso teve haver com o processo da Reforma Protestante?

Acontece que a Igreja Romana havia perdido de vez a verdadeira visão missionária de pregação do Evangelho em todo o mundo. Suas preocupações políticas e econômicas cegavam a verdadeira responsabilidade para com os perdidos. A obra de expansão do Evangelho não era mais exequível, pois dera lugar á busca de conquistas territoriais e guerras religiosas.

O período da Reforma missiológica começa com John Knox (1515-1587) passando por ilustres homens como Moody, Hudson Taylor, Bunyan, George Whitefield e muitos outros. Mas ninguém se destacou tanto na restauração da visão missionária do que Guilherme Carey conhecido como o “pai das missões modernas”.

O sapateiro que tinha em sua oficina um grande mapa-mundi, olhou para o mundo com o coração, e levou o Evangelho ás vidas mais distantes, enfrentando os mais diversos desafios.

Além de atingir a Reforma missiológica, a atitude para com a Igreja abrangia ao mesmo tempo algo muito expressivo que havia também se deteriorado: A pregação relevante e seu poder transformador.

Enfim, a Reforma missionária definia os caminhos verdadeiros da Igreja de Cristo. Onde quer que esteja a Igreja do Senhor, estaria ali também um povo livre, de uma teologia pura e restaurada, da liturgia que exalta unicamente a Deus e não ao homem, e de uma chama missionária que jamais se apagou.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Qual tradução da Bíblia devo usar? - Augustus Nicodemus


Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/

Resolvi! - As 70 Resoluções de Jonathan Edwards


Fonte: http://www.jonathanedwards.com.br/

Os adversários da verdade são muitos - C .H. Spurgeon



Ele respondeu: Não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.

2 Reis 6.16


Carros, cavaleiros e um grande exército sitiaram o profeta em Dota. Seu jovem servo ficou alarmado. Como eles poderiam escapar de tão numerosa companhia de homens armados? Mas o profeta tinha olhos que o seu servo não tinha e podia ver uma hoste ainda maior, com armas superiores, guardando-o de qualquer dano. Cavalos de fogo são mais poderosos do que cavalos de carne, e carros de fogo são mais preferíveis a carros de ferro.

Isso também acontece hoje. Os adversários da verdade são muitos; são influentes, eruditos e habilidosos. A verdade sofre danos severos às mãos deles. Apesar disso, o homem de Deus não tem motivo para tremer. Agentes, visíveis e invisíveis, da mais poderosa qualidade estão do lado da justiça.

Deus tem exércitos em emboscadas, os quais se revelam na hora necessária. As forças que estão ao lado do bem e da verdade excedem em muito os poderes do mal. Portanto, mantenhamos nossos espíritos em firmeza e andemos na postura de homens que possuem um revigorante segredo que nos coloca acima de todos os temores.

Estamos do lado dos vencedores. A batalha pode ser ferrenha, mas sabemos como ela terminará. A fé, tendo Deus consigo, encontra-se em evidente maioria. "Mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

As características do Insensato - Martyn Lloyd-Jones




Quais as características do insensato? 
A primeira é que ele vive com pressa. Os tolos estão sempre com pressa; querem fazer tudo de uma vez; não têm tempo para esperar. Quantas vezes a Escritura nos adverte contra isso! Ela nos fala que o homem piedoso e reto «não se precipitará». Ele nunca se rende à agitação, à excitação e à pressa.



Fonte: http://www.martynlloyd-jones.com/

Se fosse por obras, onde estaria você? – C. H. Spurgeon





O maior conforto do pecador é saber que a salvação é pela graça. Se os homens fossem salvos por mérito, por boas obras, aonde estaria você? E aonde estariam os bêbados, os blasfemadores e os impuros? Aqueles entre vocês que amaldiçoam a Deus em seus corações e não O amam, aonde estariam?

Quando a salvação é inteiramente pela graça, sua vida passada, por mais impura que tenha sido, não é motivo para detê-lo de vir a Jesus. Cristo recebe pecadores. Deus escolheu alguns dos piores pecadores. Por que não então você? Ele recebe a todos que vêm a Ele. Ele não o lançará fora. Alguns chegaram a odiar a Cristo.

Eles O insultaram frontalmente. Mas tão logo que eles clamaram: "Deus, tem piedade de mim, um pecador!" Ele teve misericórdia deles. Ele terá misericórdia de você, se o Espírito Santo o guiar a buscar misericórdia. Não haveria esperança alguma para você se me fosse necessário lhe dizer que você precisa conquistar sua própria salvação à parte da graça.

Contudo, a salvação é pela graça. Se você está morto em pecados, existe vida para você. Se você está nu, existe vestimenta para você. Se você se sente arruinado, existe salvação completa para você. Que você tenha a graça para se apoderar da salvação de Deus.

Então, você e eu cantaremos juntos os louvores da glória da graça divina.