sábado, 17 de julho de 2010

Malabarismo Religioso


Lucas 23.2: E ali passaram a acusa-lo, dizendo: Encontramos este homem pervertendo a nossa nação, vedando pagar tributo a César e afirmando ser ele o Cristo, o Rei.



A estrutura religiosa da época considerava Jesus como uma ameaça capaz de desestabilizar a posição dos seus líderes. Para afastá-lo, trataram de montar um pacote de justificativas baseado em supostas declarações feitas por Jesus.


Geralmente este tipo de argumento é composto por verdades, meias verdades e mentiras.


Jesus não vetou o pagamento dos tributos federais, apenas ensinava a dar a César o que era de César e a Deus o que é de Deus. Jesus admitiu sua messsianidade e seu Reino Escatológico (futuro), mas jamais declarou que pretendia tomar o lugar dos governantes locais ou o trono de César, como tentaram insinuar.
Esta argumentação diabólica é fruto da ambição pela manutenção do poder, custe o que custar. Um osso que não estão dispostos a largar. Se você estiver em cargo de liderança, ou sendo cogitado, tome cuidado com o que fala a pessoas, que sem nenhum respeito ao semelhante, e sem compromisso com a verdade, constróem palavras com apenas uma letra e montam frases com apenas uma palavra. Tudo, é claro, sem levar o contexto em consideração.


Este mundo sempre disponibiliza espaço para:


1.Envolvimento com as coisas de Deus por quem está acostumado a usar métodos diabólicos.


2.Falso zelo escondido atrás de interpretações propositadamente distorcidas.


3.Controvérsias temperadas com ódio ou inveja.


4.Vingança, luta pelo poder e ambição.


5.Necessidade de suplantar e de ganhar sempre.


Tudo isto pode ser achado em qualquer tipo de grupo social, até mesmo em comunidades religiosas, jamais na igreja.


Lucas 23.8: ''Herodes, vendo a Jesus, sobremaneira se alegrou, pois havia muito queria vê-lo, por ter ouvido falar a seu respeito; esperava também vê-lo fazer algum sinal''.


Jesus foi tratado como uma batata quente passada de mão em mão e de pé em pé: De Pilatos para Herodes e de Herodes para Pilatos. Enquanto estava com Herodes, Jesus despertou a sua curiosidade e a esperança da realização de algum espetáculo de mágica religiosa, ou de um sinal.
Jesus se recusava a fazer malabarismos sobrenaturais, pois desejava ardentemente construir um Corpo e não um circo. Ele não fazia o tipo de pregador ansioso por atrair espectadores criando esta sensação. O milho desta arapuca é bonito, sedutor e satisfaz os pagantes.
Uma vez dentro, o milagre se torna um vício sem o qual a fé pessoal definha e morre. A ''droga Gospel'' cria dependência. Este tipo de viciado avalia a unção pela quantidade de adrenalina que o animador do auditório religioso consegue liberar em seu sangue.


O combustível da verdadeira fé não é o milagre, mas a Palavra.
Jesus disse isto a um auditório cuja curiosidade foi despertada durante o milagre da multiplicação dos pães:


''O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele'' (João 6.63,66).


Macaco de auditório pula de bananeira em bananeira procurando o cacho mais vistoso, mas nem sempre o mais nutritivo. Busca pela sensação mais imediata e não pelo pão eterno.


Discípulos até gostam de sopa de letrinhas para o corpo, mas preferem ficar com Palavras que alimentam a alma.


''Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna'' (João 6.68).


Fonte: http://www.guiame.com.br/

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