Por Martyn Lloyd-Jones
(O Evangelho) funciona — é «o poder de Deus para a salvação». Não causa surpresa que Paulo use a palavra «poder», escrevendo para Roma. Essa era a palavra importante para os romanos. Tendiam por julgar tudo em termos de poder. . . o poder era para Roma o que a sabedoria era para Atenas.
Os romanos não dariam atenção a coisa alguma que não funcionasse e que não tivesse poder. . . Paulo sabia disso, e, porque o sabia, lançou seu desafio. Queriam provar o Evangelho por seus resultados? Muito bem, ele estava pronto a satisfazê-los.
Não só isso; estava pronto a desafiá-los. Que é que todo o saber, toda a cultura e todas as religiões de Roma tinham produzido realmente? Se estavam querendo resultados, bem, que os produzissem. . . Qual o objetivo e qual o valor de todas as filosofias, se não podem solucionar os problemas da vida?
Ele mesmo, Paulo, outrora se gabara da lei judaica e do seu bom êxito em cumpri-la. Mas ele chegou a perceber que tudo aquilo de que se orgulhara não passava de coisas externas; quando chegou a vislumbrar o real e interior significado da lei, descobriu que ele era um fracasso completo.
Desenvolve ele esse tema no capítulo 7 de (Romanos). Todos os esforços humanos para resolver os problemas da vida falham, seja que se restrinjam a seguir linhas puramente intelectuais, ou que consistam em esforços e lutas morais, ou em penoso jornadear pelas veredas do misticismo. Mas o Evangelho que Paulo agora pregava, funciona! Tinha funcionado em sua própria vida. Tinha mudado e transformado tudo! Tinha trazido paz e repouso à sua alma e tinha tornado vitoriosa a sua vida.
E o mesmo resultado tinha sido obtido pelo Evangelho em inumeráveis milhares de pessoas. Como aconteceu isso? . . . É somente o Evangelho que enfrenta e desmascara o problema fundamental do homem e suas necessidades, e o trata como deve ser tratado. . . Somente o Evangelho faz o diagnóstico exato; somente o Evangelho tem o remédio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário