Por Ricardo Gondim
O evangélico é idólatra! Tenho ministrado em alguns grandes congressos e o nível de idolatria assusta. Basta o cantor (ou pregador) ser famoso e pronto, está deflagrado o processo idólatra. Olhinhos brilhando, tietagem, lágrimas, milhares de fotos, celulares brotando do chão, em alguns lugares gritos eufóricos tiram Cristo do foco e assassinam o sagrado.
A mentalidade evangélica do show não é mais novidade - e a idolatria também não - tanto que já não choca, não "escandaliza" ninguém. Já não se respeita o lugar do culto, a ambiência do sagrado, o momento da adoração. O que importa é tirar fotos com o ídolo, abraçar, chorar, entronizar o novo deus do instante.
Os chamados "artistas gospel" adoram isso tudo! Basta ver em seus rostos a expressão de êxtase por estarem na mira dos holofotes. Notei o modus operandi desses deuses de hoje: as mesmas técnicas dos "artistas" seculares em seus shows: "Joga a mão pra cima!" Enquanto o "culto" se desenrola em sua forçada normalidade, o povo tenta esconder sua alarmante ansiedade pelo show, até que chega o momento esperado: "com vocês: o nosso deus!" E o povo... abraça a idolatria em sua mais nefasta expressão - a substituição do Deus verdadeiro pela cópia bizarra do momento.
Eugene Peterson escreveu: "Gostamos dos ídolos porque gostamos secretamente da ilusão de controlá-los. São deuses destituídos de divindade para que nós possamos continuar a ser deuses de nós mesmos. A adoração de ídolos (em todas as dimensões: céu, terra, embaixo da terra) sempre foi o jogo religioso predileto. A adoração de ídolos é o vazio batizado de espiritualidade" Dt. 5. 8-10.
Não preciso lembrar que a idolatria é um pecado que fere profundamente o coração de Deus, preciso? O grande problema na adoração aos ídolos é a inversão teológica que é feita. Passa-se a adorar o objeto criado ao invés do Criador de todas as coisas (Rm. 1.19-23). Alguns estudiosos trabalham com a ideia de que o deus de uma pessoa é aquilo a que ela dedica seu tempo, seus bens e seus talentos; aquilo a que ela se entrega. A ideia teológica dessa linha de pensamento é a de que sempre que alguém, ou algum objeto, ou até mesmo alguma função ocupa o lugar central em nosso coração, mente e intenção, torna-se um ídolo, porque tomou o lugar que pertence a Deus (Mt. 22.37).
Não há problema em gostar do trabalho de alguém, ou mesmo tirar uma foto com ele(a), mas a questão é: dentro do templo? No ambiente do culto? Qual é a intenção em celebrar tão desesperadamente alguém? Em matéria de idolatria, todo cuidado é pouco.
A W Tozer disse: "Um ídolo na mente é tão ofensivo a Deus quanto um ídolo na mão".
Fonte: http://www.pastormatias.com/
4 comentários:
Para mim a maior idolatria evangélica é feita pelo crente a si mesmo. Explico. Uma das contestações de Lutero seria a infabilidade papal. Ou seja, o papa não deve ser tido como infalível na interpretação da Bíblia. O que ocorre com o evangélico ? Ele interpreta a Bíblia por conta própria e faz de si mestre de si mesmo. Tão logo contrariado a partir da leitura que fez, deixa uma denominação por outra. Por vezes funda uma nova denominação. Por isso se dividem, pois não há um evangélico que leia a Bíblia que admita opinião alheia. Ele que não aceita a infabilidade do papa, torna-se um Super Papa, admitindo apenas a sua interpretação e fazendo-se sábio aos seus próprios olhos torna-se "infalível" em matéria de fé e doutrina. Uns atacam os outros de hereges, pois todos pensam ter condições de intepretar as escrituras por si sós. A Bíblia não é adorada, mas apenas usada para que cada crente firme suas convicções pessoais. A adoração se faz a si próprio. É comum ouvir de um crente a expressão: "falta conhecimento bíblico ao fulano." OU seja, só ele é que tem conhecimento bíblico para julgar todas as coisas. O crente é idolo de si mesmo. E na prática será salvo quem melhor interpretar a Bíblia. A Bíblia é usada para escolha de denominações, pastores e doutrinas que se pretende seguir. Na prática, o crente é salvo por méritos próprios. Tudo depende dele e não mais de Jesus. Tudo depende da leitura que ele faz da Bíblia. Jesus morreu na cruz, sofreu, padeceu e depois nos deixou por conta própria. E o interessante é que a Biblia não fala de si como a única fonte de revelação. Paulo manda que guardemos as tradições. A Bíblia proíbe ainda a interpretação privada(Pedro) e destaca a Igreja como coluna e sustentáculo da verdade(Timóteo). O crente faz tudo diferente do que a Bíblia ensina e ainda tem coragem de se dizer defensor da palavra de DEUS. A Bíbia proíbe a interpretação particular(Pedro) e o crente "interpreta". A Bíblia diz que Igreja é coluna e sustentáculo da verdade(Timóteo) e o crente diz que igreja não serve para nada. Ele próprio contesta a infalibilidade da Igreja e do papa, mas torna-se "infalível" em sua interpretação. Ele julga quem é herege e quem não é. Ele determina que denominações são ungidas e as que não são. Ele faz as suas escolhas a partir da sua leitura individual. Contesta seus pares e se contrariado faz beicinho e já troca de denominação quando não funda a sua própria. Todos são diferentes uns dos outros. Mas todos, sem exceção, julgam-se inspirados pelo Espírito Santo. Quem apóia o divórcio acha que está certo a partir de sua leitura privada. Quem é contra pensa que também está certo. Quem pratica a teologia da prosperidade prova sua tese pela Bíblia e quem é contra tal teologia faz o mesmo. Como o próprio Lutero disse: "Cada cabeça uma igreja." Em relação ao próprio Lutero, seguem apenas o que lhes é conveniente. Caso contrário, seriam todos luteranos. Seguem também o que pretendem de Calvino, juntam os textos que pretendem seguir e descartam outros. Pegam um pouco daqui e um pouco de lá. De cada pregador uma ou outra coisa e firmado em suas próprias convicções pessoais, estabelece sua própria doutrina que segundo o próprio crente é a única certa. Ele se torna apologista de sua própria doutrina e mestre de si mesmo. Engraçado é que o evangélico usa interpretação literal para acusar os demais. Quando confrontado parte para o grego. Se o grego não serve, parte parte para o hebraico. E depois para o aramaico. Depois recorre a Lutero ou Calvino. E depois de tudo isso, ele mesmo diz que a Bíblia é de facil interpretação. Será que todo e qualquer protestante conhece a fundo o luteranismo, o calvinismo e todos falam grego, hebraico e aramaico ?
Exatamente porque a Bíblia é de dificil compreensão e Pedro nos alertava disto, é que o eunuco da Bíblia diz; "Como posso entender as escrituras se ninguém me explica ?" Pedro advertia que a Bíblia na mão de ignorantes é certeza de condenação.
Primeiro gostaria de agradecer pela visita ao meu blog e se puder se identifique e se tiver blog manda o link. Bom concordo com você em partes e outras não.
Para mim a Bíblia é infalível pois se cremos que Deus é verdadeiro e nele não há mentiras, ou seja, sem erros como não declarar que sua palavra o verbo que é Jesus é falível. E o Verbo se fez carne e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus...outra coisa que não se pode misturar é que Lutero falava do papa um ser humano como outro qualquer e não da palavra de Deus.Em relação ao ficar e sair de alguma igreja por se julgar com mais conhecimento que outro ou não a Bíblia também tem uma resposta muito clara através do apóstolo Paulo quando fala que queria oferecer aos crentes da época um alimento mais sólido mais por não passarem de crianças espirituais ele ainda não podia oferecer este alimento a estes, ou seja, tem certas igrejas é são boas pra novos convertidos e ruim para pessoas que ja necessitam de um alimento maior, e o próprio Paulo disse que uns serão olhos outros braço e outros pernas... mais que cada um tem uma função no corpo.Quando ele disse isso ele estava falando das igrejas diferentes que uma era melhor que da outra e são necessárias por causa das diferenças das pessoas desde que seja pregada a palavra verdadeira a de Deus.Agora infelizmente o tal "falta de conhecimento bíblico" existe pois o próprio senhor disse " o meu povo perece por falta de conhecimento" que conhecimento seria esse? E conhecimento só adquire quem busca por exemplo como pode uma pessoa se tornar um médico, advogado se não estudar e buscar conhecimento para exercer a tal profissão?O próprio senhor Jesus a Bíblia declara que crescia em estatura e conhecimento.
Que Deus te Abençoe.
Anderson explica:
Palavra do gentil e educado blogueiro: "Para mim a Bíblia é infalível pois se cremos que Deus é verdadeiro e nele não há mentiras, ou seja, sem erros como não declarar que sua palavra o verbo que é Jesus é falível."
Resposta: Sem dúvida a Bíblia é infalível. O que não é infalível é a interpretação privada que cada qual faz da Bíblia.
Não por acaso a Bíblia diz: "Nenhuma interpretação é de caráter particular."
Por isto mesmo é que dois protestantes com a mesma Bíblia discordam entre si e assim um guarda o sábado e outro guarda o domingo. Um outro acata o divórcio e outro o repudia.
Dois protestantes "infalíveis" com a mesma Bíblia na mão discordam sobre a teologia da prosperidade. E ambos se dizem inspirados pelo Espírito Santo.
Também não por acaso a Bíblia diz: "Igreja, coluna e sustentáculo da verdade."
Igreja sustentáculo da verdade e não a Bíblia coluna e sustentáculo da verdade.
Jesus não pregou a Bíblia. Os apóstolos não pregaram a Bíblia.
A Bíblia passou a existir como livro 350 anos depois do início da era cristã.
Antes de virar livro, pois a Bíblia não caiu do céu e nem foi entregue por Jesus a qualquer protestante, a Bíblia foi pregada de forma oral. O que o apóstolo Paulo chama de tradição. Diz o apóstolo: "Guardai tudo que vos foi ensinado, quer por escrito ou não."
Por isto mesmo a Bíblia que é testemunho da verdade afirma: "Muitas outras coisas foram feitas e ditas por Jesus, as quais não foram escritas."
Mas foi Jesus que disse e que fez ?
Devemos crer ou não ? Os protestantes não crêem porque tais coisas não foram escritas.
Os médicos estudam para serem médicos. E quando um deles nos dá um diagnóstico que nos desfavorece, procuramos um outro médico para ter uma segunda opinião.
Em um tribunal advogados divergem. O promotor diverge do defensor público. O juíz por vezes dá sentença que desagrada os dois litigantes. E não raras vezes o tribunal de apelação reforma a sentença de primeira instância.
Quem vive pelo livro, morrerá pelo livro. Por isto se diz: "A letra mata, mas o espírito vivifica."
Este foi o erro dos doutores da lei que condenaram Jesus. Viviam a letra morta.
É preciso lembrar que a Bíblia é filha da Igreja e não sua mãe. A Bíblia existe por causa da Igreja e não é a Igreja que existe por causa da Bíblia.
Anderson:
O Blogueiro diz que Jesus é o verbo encarnado. E acerta. E por isto dizemos: "Ora, a nossa religião é não a religião do livro, mas da palavra viva e encarnada."
Diz o blogueiro: "...pois se cremos que Deus é verdadeiro e nele não há mentiras,..."
Ora, foi Jesus quem disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha igreja."
Disse Jesus também a Pedro: "Apascenta minhas ovelhas."
Disse Jesus a Pedro: "O que ligares na terra será ligado no céu. O que desligares na terra será desligado no céu."
Disse Jesus aos apóstolos: "A quem perdoardes pecados estes lhes serão perdoados. A quem retiverdes os pecados, estes lhes serão retidos."
Ora, para que os apóstolos possam reter e perdoar pecados e assim cumprir a ordem de Jesus, é preciso que alguém antes lhes confesse pecados.
Disse Jesus a Pedro: "Confirma teus irmãos na fé."
Disse Jesus: "Quem come da minha carne e bebe do meu sangue tem vida eterna(Eucaristia).
Os protestantes crêem de fato no Jesus verdadeiro ou no Jesus que cada qual entendeu da Bíblia ?
O Edir Macedo entendeu que Jesus é favorável ao aborto.
Soares, entendeu que Jesus tem que tomar posse de sua benção e determinar.
O Jesus de muitos casam pessoas do mesmo sexo e tantos outros adoram a arca da aliança.
Ora, Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Se dois protestantes discordam entre si sobre determinada doutrina, no mínimo um dos dois está errado e por vezes os dois.
A verdade, seja qual for, é una, imutável e não se divide.
Parabéns pelo blog e pela maneira carinhosa e democrática com a qual fui tratado.
Meus sinceros respeito e a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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