Escrito por Gerson Ortega
Nesta nova série que estou me propondo a escrever, pretendo colocar, através de histórias bíblicas com pesquisa histórica da época, mixadas a histórias de ficção…ou de verdade, princípios da vida de adoração. O adorador que viverá as tramas, é um personagem criado, fictício, portanto, me dou o direito de colocar nomes, lugares, épocas de forma fictícia, onde o principal é o conceito que quero deixar, ok? Se houver alguma similaridade (a não ser as histórias bíblicas usadas como base) com algum acontecimento, pode crer que é coincidência… Ah! Uma mesma história pode ou não acabar no mesmo post, tá? Espero que você curta…
A IDENTIDADE DO MESTRE
“Após vê-lo entrar na água, da mesma forma que havia visto vários outros antes, senti algo diferente: ele não parecia humano, embora estivesse alí molhado também, esperando sua vez de ser imerso. Tinha uma atitude definida, uma presença envolvente, um olhar marcante que parecia entrar e sair de você com força e doçura ao mesmo tempo…”
Meu nome é Nabih , filho de Izhar. Sou da tribo de Levi, portanto a herança da minha tribo nunca foram terras ou dinheiro, mas o próprio Jeová. Meu pai tinha orgulho e tradição porque, dentre a descendência de Moisés, vinda de Gerson e Eliezer, ele tinha o mesmo nome e era descendente de Izhar que gerou filhos chefes da tribo levita muito tempo atrás. Os levitas guardavam o templo e tinham suas funções de ministério criadas debaixo da ordem do grande rei Davi. Eu fui treinado para servir tocando a harpa na sinagoga, no Shabat, quando a Torah é lida e salmos são cantados, ou no templo em grandes comemorações. Sempre cantei sobre o Messias que haveria de vir, principalmente nos salmos, mas nunca pude imaginá-lo. Sempre cumpri minhas escalas na sinagoga, fazendo o meu melhor com meu instrumento. O rabi sempre me elogiava ao final do Shabat… mas, quem será esse Messias sobre quem canto? Não há sentido em se cantar sem se entender o que se canta. Eu estava em Betânia, de onde parti para procurar João, o Batista, pois ouvi dizer que ele poderia ser Elias, ou o próprio Messias!!!??? Não sei… assim me diziam. Me orientaram a andar uns três a quatro kms na estrada que levava em direção ao Jordão e chegar até as margens do rio, pois ali, ele pregava e batizava todos os que recebiam sua palavra. Me disseram que muita gente chegava alí de muitas partes de Israel, e choravam, e berravam, clamavam por misericórdia, por perdão… alguns caíam no chão, rasgavam suas vestes e pediam ajuda. João era uma figura muito forte, jovem, aparentando mais idade por sua pele queimada com barba e longos cabelos, surrados pelo sol e vento; uma figura sem casa nem família, ele vivia no deserto, embora tivesse discípulos que o seguiam. Foi criado ali mesmo pelos essênios, uma tribo nômade, após a morte de seus pais avançados em idade. Tinha uma voz rouca mas profunda e dominante. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!”, disse a voz de trovão na direção daquele homem diferente; e todos olharam para ele. Eu via, sentia, mas não entendia: “o que João quer dizer com isso?”. Quando o homem chegou perto de João, este agiu estranhamente; parecia não querer batizá-lo. “Por que não?”, fiquei me perguntando. Ele parece tão bom, tão especial, tão, tão… diferente. Ouvi algumas pessoas comentando em voz baixa: “este não é filho do carpinteiro José, filho de Jacó, filho de Matan, da família de Davi, de Belém e não é Maria sua mãe? E não vive ele em Nazaré, do outro lado do rio?” Fiquei observando de longe… conversaram e, finalmente, João pareceu ter aceitado algo que aquele homem diferente lhe disse e o batizou. Quando ele saiu da água, vi no céu uma luz e brilho que quase me cegavam; todos ficaram assustados e como que paralisados com aquele brilho que não era do sol. Tentei olhar para eles e enxergá-los quando vi um pássaro, uma pomba vindo sobre ele! Pensei: “de onde apareceu essa pomba?” Ele levantou suas mãos para o céu como agradecendo, ou recebendo, não sei bem; em seguida, ouviu-se uma voz como um relâmpago, ou um trovão. Mas, o céu estava tão azul! A voz dizia: “Este é meu Filho Amado em quem tenho prazer!” ”Filho? De quem?” pensei. Uma voz doce mas segura, trazia a minha memória a lembrança da leitura do profeta Isaías na sinagoga: “Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre Ele…” Incrível! E depois a lembrança do cântico do salmo: “Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me e te darei as nações por herança.”Poderia ser ele o Messias? O Filho de Deus? Andando de volta para Betânia, não conseguia parar de pensar em Isaías e cantar o decreto daquele salmo messiânico: “Tu és meu Filho, tu és meu Filho… me alegro em tí, me alegro em tí”. E assim foi até enxergar ao longe as luzes de Betânia. Que dia…
Mal sabia eu que coisas incríveis e assustadoras estavam por vir, a partir daquele encontro estranho, mas memorável!
continua …
Fonte: http://naomordamaca.com/
Nesta nova série que estou me propondo a escrever, pretendo colocar, através de histórias bíblicas com pesquisa histórica da época, mixadas a histórias de ficção…ou de verdade, princípios da vida de adoração. O adorador que viverá as tramas, é um personagem criado, fictício, portanto, me dou o direito de colocar nomes, lugares, épocas de forma fictícia, onde o principal é o conceito que quero deixar, ok? Se houver alguma similaridade (a não ser as histórias bíblicas usadas como base) com algum acontecimento, pode crer que é coincidência… Ah! Uma mesma história pode ou não acabar no mesmo post, tá? Espero que você curta…
A IDENTIDADE DO MESTRE
“Após vê-lo entrar na água, da mesma forma que havia visto vários outros antes, senti algo diferente: ele não parecia humano, embora estivesse alí molhado também, esperando sua vez de ser imerso. Tinha uma atitude definida, uma presença envolvente, um olhar marcante que parecia entrar e sair de você com força e doçura ao mesmo tempo…”
Meu nome é Nabih , filho de Izhar. Sou da tribo de Levi, portanto a herança da minha tribo nunca foram terras ou dinheiro, mas o próprio Jeová. Meu pai tinha orgulho e tradição porque, dentre a descendência de Moisés, vinda de Gerson e Eliezer, ele tinha o mesmo nome e era descendente de Izhar que gerou filhos chefes da tribo levita muito tempo atrás. Os levitas guardavam o templo e tinham suas funções de ministério criadas debaixo da ordem do grande rei Davi. Eu fui treinado para servir tocando a harpa na sinagoga, no Shabat, quando a Torah é lida e salmos são cantados, ou no templo em grandes comemorações. Sempre cantei sobre o Messias que haveria de vir, principalmente nos salmos, mas nunca pude imaginá-lo. Sempre cumpri minhas escalas na sinagoga, fazendo o meu melhor com meu instrumento. O rabi sempre me elogiava ao final do Shabat… mas, quem será esse Messias sobre quem canto? Não há sentido em se cantar sem se entender o que se canta. Eu estava em Betânia, de onde parti para procurar João, o Batista, pois ouvi dizer que ele poderia ser Elias, ou o próprio Messias!!!??? Não sei… assim me diziam. Me orientaram a andar uns três a quatro kms na estrada que levava em direção ao Jordão e chegar até as margens do rio, pois ali, ele pregava e batizava todos os que recebiam sua palavra. Me disseram que muita gente chegava alí de muitas partes de Israel, e choravam, e berravam, clamavam por misericórdia, por perdão… alguns caíam no chão, rasgavam suas vestes e pediam ajuda. João era uma figura muito forte, jovem, aparentando mais idade por sua pele queimada com barba e longos cabelos, surrados pelo sol e vento; uma figura sem casa nem família, ele vivia no deserto, embora tivesse discípulos que o seguiam. Foi criado ali mesmo pelos essênios, uma tribo nômade, após a morte de seus pais avançados em idade. Tinha uma voz rouca mas profunda e dominante. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!”, disse a voz de trovão na direção daquele homem diferente; e todos olharam para ele. Eu via, sentia, mas não entendia: “o que João quer dizer com isso?”. Quando o homem chegou perto de João, este agiu estranhamente; parecia não querer batizá-lo. “Por que não?”, fiquei me perguntando. Ele parece tão bom, tão especial, tão, tão… diferente. Ouvi algumas pessoas comentando em voz baixa: “este não é filho do carpinteiro José, filho de Jacó, filho de Matan, da família de Davi, de Belém e não é Maria sua mãe? E não vive ele em Nazaré, do outro lado do rio?” Fiquei observando de longe… conversaram e, finalmente, João pareceu ter aceitado algo que aquele homem diferente lhe disse e o batizou. Quando ele saiu da água, vi no céu uma luz e brilho que quase me cegavam; todos ficaram assustados e como que paralisados com aquele brilho que não era do sol. Tentei olhar para eles e enxergá-los quando vi um pássaro, uma pomba vindo sobre ele! Pensei: “de onde apareceu essa pomba?” Ele levantou suas mãos para o céu como agradecendo, ou recebendo, não sei bem; em seguida, ouviu-se uma voz como um relâmpago, ou um trovão. Mas, o céu estava tão azul! A voz dizia: “Este é meu Filho Amado em quem tenho prazer!” ”Filho? De quem?” pensei. Uma voz doce mas segura, trazia a minha memória a lembrança da leitura do profeta Isaías na sinagoga: “Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre Ele…” Incrível! E depois a lembrança do cântico do salmo: “Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me e te darei as nações por herança.”Poderia ser ele o Messias? O Filho de Deus? Andando de volta para Betânia, não conseguia parar de pensar em Isaías e cantar o decreto daquele salmo messiânico: “Tu és meu Filho, tu és meu Filho… me alegro em tí, me alegro em tí”. E assim foi até enxergar ao longe as luzes de Betânia. Que dia…
Mal sabia eu que coisas incríveis e assustadoras estavam por vir, a partir daquele encontro estranho, mas memorável!
continua …
Fonte: http://naomordamaca.com/
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