Não podemos dizer, verdadeiramente, de muitos de nós que, no terreno da prática concreta, nosso conceito da doutrina da graça é tal que raramente chegamos a encarar com seriedade o claro ensino do Senhor Jesus Cristo? Temos dado tanta ênfase ao ensino de que tudo ê de graça e que não é mister procurarmos seguir o Seu exemplo, a fim de nos _tornarmos cristãos, que virtualmente nos colocamos na posição de ignorar totalmente o Seu ensino e de dizer que este nada tem a ver conosco, porquanto estamos sob a Sua graça.
Agora indago até que ponto levamos a sério o Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A melhor maneira de focalizar essa questão é, creio eu, encarar o Sermão da Montanha. Qual é, pergunto, nosso conceito desse sermão? Pensando nisso, sugiro que escrevamos num papel nossas respostas às seguintes indagações:
Que significa para nós o Sermão da Montanha? Onde entra ele em nossas vidas, e qual o lugar que ocupa em nosso pensamento e em nossa perspectiva?
Qual é nossa relação com esse extraordinário sermão, que ocupa tão proeminente posição nesses três capítulos do Evangelho segundo Mateus?
Acredito que você descobriria que o resultado é muito interessante e quiçá mui surpreendente. Oh, sim, sabemos tudo sobre a doutrina da graça e do perdão, e estamos olhando para Cristo. Mas eis que nestes documentos, que apregoamos como revestidos de autoridade, está este sermão.
Em que ponto entra ele em nosso esquema?
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