Cristão é aquele que por necessidade tem que estar interessado em guardar a lei de Deus. . . Não estamos «sob a lei», mas a intenção de Deus ainda é que a guardemos; a «justiça da lei» é para ser «cumprida em nós», diz o apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos. . . Assim, é cristão aquele que está sempre interessado em viver e cumprir a lei de Deus. Aqui se lhe faz lembrar como é que se deve fazer isso.
Volto a dizer que uma das coisas mais óbvias e essenciais quanto ao cristão é que ele vive sempre cônscio de que está na presença de Deus. O mundo não vive desta maneira; essa é a grande diferença existente .entre o cristão e o não-cristão. O cristão. . . não é, por assim dizer, um livre agente. Ele é filho de Deus, de modo que tudo quanto faz o faz do ponto-de-vista de estar sendo agradável aos olhos de Deus. Aí está porque o cristão, necessariamente, deve ver tudo o que lhe sucede neste mundo de maneira inteiramente diversa de toda gente. . .
O cristão não se aflige por causa de comida, bebida, casa e roupas. Não é que ele diga que essas coisas não lhe importam, mas elas não constituem o seu principal interesse, não são as coisas pelas quais ele vive. O cristão não se apega demais a este mundo e seus lidares. Por que? Porque pertence a outro reino e a outro modo de ser. Ele não se retira do mundo; esse foi o erro do monasticismo da Igreja Católica Romana.
O Sermão da Montanha não lhe ordena que fuja da > vida para viver a vida cristã. Porém diz, isto sim, que a sua L atitude é por completo diferente da do não-cristão, por causa da relação que há entre você e Deus, e por causa de sua total dependência dEle.
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