quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Será que meu namoro é da vontade de Deus?

Por Pastora Ioná Loureiro

Muitas pessoas carregam no coração uma grande dúvida com relação à vida sentimental. Ou seja, como saber se esta ou aquela pessoa é a que Deus separou para mim? Como saber se este namoro é de Deus? Venho fornecer algumas dicas a este respeito. São dicas baseadas em experiências e orientações contidas na Palavra de Deus.924-casal

1ª dica – Os Frutos
Como disse Jesus, uma boa árvore se conhece pelos frutos "Portanto, pelos seus frutos o conhecereis" (Mateus 7:20). Assim, veja se o rapaz ou a moça é um servo de Deus, analise o seu comportamento, a sua vida com o Senhor. Cuidado, pois existem muitos lobos vestidos de ovelhas. Certa vez eu namorei um rapaz e chegamos a ficar noivos. No começo ele me acompanhava no trabalho da igreja. Depois que ficamos noivos, disse que precisávamos dar um tempo da igreja e começou a querer me impedir de exercer meu ministério. Ou seja, começou a apresentar maus frutos. Eu então decidi terminar o namoro embora gostasse muito dele. Melhor fazer a vontade de Deus do que fazer a vontade dos homens, não é mesmo? Assim, ao namorar alguém precisamos verificar com atenção os seus frutos.
É preciso tomar cuidado quanto a isto, pois muitas vezes, por estarmos envolvidos sentimentalmente, não prestamos a atenção neste aspecto. Criamos uma certa ilusão e nos esquecemos de analisar os frutos da pessoa. Por este motivo, analise friamente os frutos da pessoa que está se envolvendo. Veja a sua vida na igreja e especialmente em casa, se é um bom filho ou boa filha, analise também o seu comportamento profissional, etc. É muito fácil ser cristão na igreja, os verdadeiros frutos são revelados no dia a dia, nos bastidores.

2ª Dica – A paz
A Palavra de Deus diz que a "paz" deve ser o árbitro em nossos corações "Seja paz de Cristo o árbitro em vosso coração" (Col. 3:15). O árbitro é aquele que resolve uma questão, que direciona. Ou seja, a paz deve ser o indicativo se o relacionamento é ou não da vontade de Deus. Assim, se o namoro é algo que rouba paz, que leva a pessoa a ficar distante de Deus, que traz inquietação, perturbação, cuidado pois há algo de errado.

Lutas e obstáculos sempre existirão, enfim, lutas externas e até desentendimentos esporádicos causados por diferenças de opiniões. Todavia, se o relacionamento rouba a sua paz interior, especialmente a sua comunhão com Deus é um grande indício que de o Senhor não está nesse relacionamento.

3ª dica – É paixão ou amor?
Um outro aspecto relevante é questão da diferença entre amor e paixão. Às vezes nos envolvemos numa paixão e nos machucamos achando que é amor. Paixão é algo avassalador, que nos leva a perder a razão, a lógica e até o temor de Deus. O amor, ao contrário, já é um sentimento maduro, consciente, nasce aos poucos, se desenvolve com o tempo e vai se fortalecendo diante das dificuldades. A paixão á algo passageiro, não resiste à distância, esfria, não espera. O amor, ao contrário, permanece "o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta" (I Cor. 13:07). O amor sabe esperar o momento certo para o sexo (o casamento). A paixão não, pois é pura emoção. Para exemplificar esta questão, cito, como exemplo, o sentimento de Amnon por Tamar (II Samuel 13) e o sentimento de Jacó por Raquel (Gênesis 29).

Amnon se apaixonou por Tamar, sua irmã. Após ter tido relações sexuais com ela, a deixou friamente. Quantos jovens abandonam moças grávidas após satisfazer os seus desejos sexuais?! Jacó, por sua vez, amou a Raquel e o seu amor o fez esperar 7 anos até finalmente tê-la em seus braços. Além disso, trabalhou mais 7 anos para poder estar ao lado de sua amada definitivamente.

4ª dica – Enriquecimento
A Palavra de Deus afirma que a benção do Senhor enriquece e não acrescenta dores (Prov. 10:22). O namoro que é da vontade de Deus traz um enriquecimento mútuo. Ou seja, traz um enriquecimento na área espiritual, profissional, familiar, etc. Deus que ama e cuida de nós certamente colocará alguém em nosso caminho que nos abençoe, que tenha algo de bom a acrescentar em nossa vida, que nos ajude a dar continuidade aos nossos sonhos.

Lamento muito quando vejo jovens se envolvendo sentimentalmente com pessoas que nada têm a acrescentar em suas vidas. Ao contrário, são pessoas que surgem para roubar a paz, o futuro e para trazer dor e destruição. O namoro, em caso como estes, se torna um verdadeiro sofrimento.

5ª dica – Convicção
Jesus certa vez disse que a palavra do cristão tem de ser sim, sim ou não, não e que tudo o que passar disso é de procedência do maligno (Mateus 5:37). Neste caso, o namoro aprovado por Deus é algo certo, definido e não indeciso. Quando o relacionamento é envolto por inseguranças e incertezas, algo está errado e precisa ser revisto, pois a dúvida não procede de Deus. Por isso, ao relacionar-se sentimentalmente com alguém é preciso pedir ao Senhor a confirmação sobre o namoro. Se não houver certeza, ore bastante e busque a direção de Deus e se preciso for, abra mão do relacionamento antes que alguém se machuque. Jamais se relacione com alguém sem que haja essa confirmação, essa convicção sobre os seus sentimentos. Entenda que um casamento é para toda vida. Afinal de contas, você está namorando pensando no futuro, fazendo planos para formar uma família. Se a sua visão é apenas ficar, passar o tempo, reavalie profundamente os seus conceitos, pois este não é o plano de Deus para o namoro.

Aos solteiros, aconselho a que não se atemorizem com o tempo, pois vale a pena esperar em Deus. E como descrito em Eclesiastes 3, existe um tempo determinado para todo propósito debaixo do céu. Assim, o melhor a fazer é buscar a Deus, crescer espiritualmente e profissionalmente. Enfim, adquirir maturidade em todos os aspectos para que quando chegar o tempo de construir uma família, você possa ter uma estabilidade espiritual, emocional e material.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Compromisso com a Palavra – Tom Ascol



Fonte: http://www.vemver.tv/

sábado, 6 de agosto de 2011

Separados do Mundo - C. H. Spurgeon




E o SENHOR fechou a porta após ele.
Gênesis 7.16

Com mãos de amor, Noé foi fechado, separado de todo o mundo. A porta da eleição vem entre nós e o mundo onde aquele que é mau existe. Não somos do mundo, assim como o nosso Senhor não era do mundo (ver João 17.14). Não podemos entrar no pecado e nas buscas da multidão. Não podemos brincar nas ruas da Feira da Vaidade, com os filhos das trevas, visto que o nosso Pai celestial nos fechou do lado de dentro.

Noé estava fechado com seu Deus. "Entra na arca" (Gênesis 7.1), foi o convite do Senhor por meio do qual deixou evidente que Ele mesmo tencionava habitar na arca, com seu servo e sua família. Deste modo, todos os escolhidos habitam em Deus e Deus neles. Os eleitos estão encerrados no mesmo círculo onde se encontra Deus, na Pessoa do Pai, o Filho e o Espírito Santo. Oh! que jamais sejamos desatenciosos à chamada graciosa!

Vem, povo meu, entra em tuas câmaras. Fecha as portas atrás de ti e esconde-te por um momento, até que passe a indignação. Noé foi fechado de tal modo que nenhum mal podia atingi-lo. As águas do Dilúvio tão-somente elevaram a Noé, colocando-o mais perto do céu; e as rajadas de ventos apenas o conduziram em seu caminho.

Do lado de fora da arca, tudo era ruína; no seu interior, tudo era sossego e paz. Sem Cristo, perecemos, mas em Cristo há segurança perfeita. Noé estava tão fechado na arca, que nem mesmo desejou sair dali. Aqueles que estão em Cristo Jesus, estão nEle para sempre. Nunca mais sairão, pois a fidelidade eterna os encerrou e a malícia infernal não pode arrastá-los para fora. O Príncipe da casa de Davi tem a chave "que fecha, e ninguém abrirá" (Apocalipse 3.7).

Nos últimos dias, o Senhor da casa se levantará e fechará a porta. Em vão, os meros filósofos hão de bater e clamar: "Senhor, Senhor, abre-nos a porta". Aquela mesma porta que fechará no interior as virgens prudentes, deixará do lado de fora os tolos, para sempre. Senhor, fecha-me em teu reino por meio de tua graça.

Acerte o passo com Deus – Martyn Lloyd-Jones





Antes que se possam resolver os problemas da vida e dos homens, precisamos, primeiramente, discernir a verdadeira natureza do problema. Devemos estar preparados para pensai com honestidade, fazendo exame e análise completos, o que; nos sondará no mais profundo, perscrutando tanto os nossos motivos como as nossas ações.

Onde se pode encontrar tal tipo de exame e de análise? . . .somente na Bíblia. . . Segundo o Livro, os problemas do homem resultam do fato que ele pecou e se rebelou contra Deus. Foi criado num estado de felicidade que dependia de seu relacionamento com Deus e de sua obediência às leis de Deus e à vontade de Deus.

No entanto, o homem rebelou-se contra a vontade de Deus, e, portanto, transgrediu contra a lei de sua própria natureza. . . a felicidade depende da saúde. Em nenhum lugar se vê melhor essa sucessão de fatos do que no campo espiritual e moral. O homem tornou-se doentio. Uma doença chamada pecado arruinou-lhe o ser. O homem recusa-se a reconhecer sua corrupção e recorre a vários expedientes. . . na tentativa de achar felicidade e paz. Invariavelmente falha, porém, porquanto a dificuldade não reside apenas no seu interior e em seu meio ambiente, mas também em seus relacionamentos com Deus.

O homem luta contra o único Ser que pode dar-lhe o que ele precisa e deseja. Deus já declarou: «Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz» (Isaías 57.21). Portanto, ao lutar contra Deus, em sua resistência e desobediência a Ele, o homem rouba de si mesmo o próprio prêmio que anela receber. E, sem importar o que venha a fazer, nunca conhecerá a saúde e a felicidade enquanto não for restabelecida a sua relação de obediência a Deus.

Poderá multiplicar suas posses e riquezas, poderá aperfeiçoar suas facilidades educacionais, poderá ganhar todo um mundo de riquezas e conhecimento; entretanto, nada disso lhe será de proveito, enquanto não for corrigido o seu relacionamento com Deus.

Lâmpada, Martelo, Espada e Semente - Joel Beeke



A Palavra de Deus Como Lâmpada

"A. revelação das tuas palavras esclarece e dá entendimento aos simples" (SI 119.130). E em uma veia mais pessoal: "'Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e farpara os meus caminho' (SI 119.105). Assim o salmista expressa a maneira como a Palavra de Deus age como uma fonte de iluminação espiritual, compreensão e orientação. Essa luz é importante tanto na regeneração do pecador como na vida diária do crente. Por um lado, a condição natural do homem caído é de trevas, ignorância e cegueira (Ef 4.18); por outro, o próprio povo de Deus deve, às vezes, caminhar em condição de treva espiritual na qual somente a luz da Palavra de Deus pode proporcionar-lhes algum conforto ou esperança (SI 130.5,6; Is 50.10).

"A menos que a Palavra de Deus ilumine o caminho", escreveu Calvino, "toda a vida dos homens é envolta em treva e neblina, de sorte que eles não podem senão extraviar-se miseravelmente."

A Palavra de Deus como um Martelo

"Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR e martelo que esmiuça a penha?' (Jr 23.29). Não há aspecto mais horrendo e desalentador do que a condição do homem decaído pela obstinação produzida pelo pecado e por sua permanência no pecado. A Escritura fala de homens endurecendo seu coração, sua mente, seu pescoço e seu rosto em um esforço determinado de apresentar-se a Deus em corpo e alma, mas demonstrando a mais obstinada resistência à vontade divina para a sua vida. Tal é o peso e a força inerentes à Palavra de Deus que um golpe demolidor do Espírito Santo brandindo a Palavra como um martelo é suficiente para romper em pedaços o coração mais endurecido. Dessa maneira, a alma mais resistente pode ser vencida e as fortalezas do pecado, demolidas.

Devemos acrescentar aqui que um dos mais temíveis de todos os mistérios ligados à pregação da Palavra é a maneira como pecadores empedernidos podem realmente tornar-se mais determinados a endurecer.4 Essa é a vontade de Deus para sua destruição e sua maior condenação. Foi assim quando Moisés levou a Palavra de Deus ao Faraó; e foi assim quando Paulo pregou aos judeus na sinagoga de Éfeso, ocasião em que vários deles "se mostravam empedernidos e descrentes" (At 19.9). Quão insondáveis são os juízos de Deus, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

A Palavra de Deus Como Espada

Em sua descrição da armadura completa de Deus, o após-tolo Paulo enumerou em Efésios 6 as armas do cristão, das quais somente duas são ofensivas. Uma delas é apresentada como "toda oração e súplica" e a outra como "espada do Espírito, que é a Palavra de Deus" (Ef 6.17,18). São essas as armas do cristão para o combate, as quais, diz o apóstolo, "não são carnais e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas" (2Co 10.4).

De modo semelhante, Hebreus 4.12 menciona a Palavra de Deus como uma arma, porque ela é "mais cortante do que qualquer espada de dois gumes". O ponto comparativo aqui é o uso da espada para penetrar e ferir o inimigo com efeito mortal. Assim, a Palavra de Deus pode perfurar e penetrar o coração do homem, penetrando tão profundamente e cortando com tal eficácia que divide alma e espírito, como "juntas e medulas". E em sua investida para perfurar e dividir, a Palavra de Deus expõe e sujeita ao seu reto juízo "os pensamentos e propósitos do coração".

A experiência aqui apresentada é bem conhecida entre os cristãos. Ela não é, de modo algum, uma experiência rara entre aqueles que ouvem fielmente a pregação da Palavra de Deus, para receberem do púlpito palavras que expõem tão correta e agudamente a condição de seu próprio coração e vida, ao ponto de fazê-los sentirem-se totalmente expostos, envergonhados e condenados.

A Palavra de Deus Como Semente

"O salário do pecado é a morte", escreveu Paulo em Romanos 6.23. A condição espiritual do homem, como criatura submetida à escravidão do pecado e vivendo nela, é uma das mortes em delitos e pecados (Ef 2.1). Se ele precisa ser libertado de tal condição mortal, terá de ser vivificado ou "ressuscitado". Essa vivificação é citada na Escritura como "nascer de novo". Esse novo nascimento ou regeneração é obra do

Espírito 0o 3.5) usando a "semente incorruptível" da Palavra de Deus (IPe 1.23). De modo semelhante, Tiago declara que Deus é o Pai de todos os cristãos, dizendo: "Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas." (Tg 1.18).
Nessas passagens, a Palavra é comparada a uma semente com sua preciosa carga de vida, um grande potencial armazenado à espera somente das condições propícias para germinar, crescer e produzir muito fruto. Tudo isso é confirmado pormenorizadamente na Parábola do Semeador, apresentada pelo Se¬nhor. Lucas registra que ele disse explicitamente — "a semente é a palavra de Deus''' (Lc 8.11). A Palavra é o meio pelo qual, na frase de Henry Scougal, "a vida de Deus" é plantada "na alma do homem". Miraculoso é o resultado, e muitos são os frutos, quando a preciosa semente é lançada na "boa terra" do coração daqueles que são "destinados para a vida eterna" (At 13.48).

Tal é a profundidade e extensão da transformação efetuada pela Palavra de Deus na vida do povo de Deus. Os pecadores são tirados das trevas e levados para a luz. A dureza de seu coração é quebrada, e o coração, conquistado; eles são chamados a ver e conhecer as profundezas de seu próprio pecado e miséria; e nascem de novo para a vida eterna. A Palavra de Deus é exaltada como a lâmpada da sua verdade, o martelo de sua justa ira, a espada do seu Espírito, e a semente da vida eterna.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011