sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Oração de um pecador



Escrito por 
Oi Jesus, sou eu..
Vim falar com o Senhor mais uma vez… Me sinto constrangido… Sempre é a mesma coisa… Peco e depois vou falar contigo pedindo perdão, mas me sinto um mentiroso, porque sempre acabo voltando as mesmas práticas… Só que no meu coração há o desejo de viver pra ti. Não queria estar neste ciclo… Mas eu não consigo!!! Na verdade nem queria estar aqui falando com o Senhor…. Não pelo Senhor, mas por mim mesmo. Poxa!! De novo cai e venho aqui falar com o Senhor… Mas e amanhã? Vou ficar caindo e pedindo perdão??? É muita cara de pau! Já não aguento mais isso!
Oi filho!
Que bom que você veio falar comigo! Tenho visto você viver esse ciclo de quedas.
Pois é! To aqui buscando perdão mas já com medo de amanhã! Parece que há uma certeza de que vou retornar a cair!!!
Filhão….o problema é que você não está verdadeiramente arrependido. O que você está sentindo é remorso. Está chateado com você mesmo, com o fato de não ser bom o suficiente pra mim. Só que você deveria se entristecer por estar pecando contra mim e não por “me desapontar”.
Remorso está para Judas assim como arrependimento está para Pedro.
Mas claro que estou desapontado comigo mesmo! Eu sou um lixo!
Filho, aprenda: Remorso gera frustração, arrependimento gera frutos.
O verdadeiro arrependimento precisa gerar frutos (Mateus 3:8). Isso é se reconciliar comigo.
Mas Jesus, eu não presto pra nada! To pecando direto!
Filho, o diabo é o acusador. Ele vai ficar lançando pensamentos em sua cabeça para que você se sinta um lixo. Dessa maneira, em vez de você se arrepender, sente remorso, sente pena de você mesmo por não alcançar algo que queria e falhou.  Remorso vem do homem mas o arrependimento é gerado pelo Espirito Santo.
Hum… Mas…. Eu não sei o que fazer…
Filho, a você tem deixado a voz do diabo falar mais do que minha voz. Por exemplo: Quando você faz algo que me adora, o diabo diz:
- Hunf! Vamos ver até quando isso vai… Aposto que vai cair logo, logo!
Por outro lado, o Eu te digo:
- Meu filho amado, estou feliz por isso. Eu te amo! Você é especial para mim e tenho um propósito em sua vida.
Agora, quando você peca o diabo diz:
- Não falei? Não falei???? Hahahaha! Você não vale nada!!! Você é isso ai seu lixo! Acha que engana quem com essa cara! Esse é seu “eu” verdadeiro! Hahaha! Que cara podre!
Por outro lado, eu digo:
- Meu filho amado, em mim você encontra perdão. Eu continuo te amando! Você é especial para mim e tenho um propósito em sua vida.
Mas você insiste em ouvir a voz do diabo…
Mas…. Eu to pecando direto!
Filho, por isso mesmo eu morri por você na cruz. Eu sei que você é falho, mas não há nada que você possa fazer que vá diminuir meu amor por você, meu amor é mais forte que a morte!
… Hum… Mesmo com este tanto de pecados? Eu fiz isso, aquilo e aquilo outro que eu jamais imaginei que faria! Cheguei verdadeiramente no fundo do poço!
Meu filho, não há pecado maior ou mais poderoso que meu sangue vertido na cruz por você.
Ignore a voz do mundo, do diabo e até mesmo a voz do seu próprio coração!
Então, o Senhor ainda me ama?
Hahaha! Claro filho! Meu amor é incondicional. Significa que não há pecado ou atitude suficientemente forte que possa diminuir meu amor por você. (Post Deus não te ama mais…) No entanto, isso não te dá o direito de sair por ai pecando. Eu tenho poder pra te libertar do pecado mas preste atenção como você vai usar essa liberdade.  (Gálatas 5)
E o que eu faço?
Ouça a minha voz. E uma maneria de fazer isso é lendo e conhecendo a bíblia. O que ela diz quando você peca?
Hum… 1 João 1:9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Exato! E ainda tem mais:
Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Salmo 32:5)
O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28:13)
Mas e se eu cair amanhã?
Eu disse, pare de ouvir a voz do seu coração, ouça a minha voz dita na bíblia. Olha estes versos:
Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. (Salmos 119:9-11)
Creia mais em minha palavra do que em seu próprio coração. Ainda que seu próprio coração te aborreça, entregue-se ao que minha palavra diz, pois ela é maior do que seu coração enganoso. (1 João 3:20)
=)
Obrigado Jesus!!! Te amo!
Obrigado por me perdoar e limpar-me dos pecados. Obrigado por morrer na cruz e mostrado seu imenso e incondicional amor.
Também te amo filho! Sempre te amei! Antes de você  nascer eu já te amava. Tenho um propósito em sua vida e eu quero cumprí-lo!
Valeu Jesus! Amém…

A santidade não tem nada a ver com usos e costumes



Por Augustus Nicodemus

Ser santo não é guardar uma série de regras e normas concernentes ao vestuário e tamanho do cabelo. Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney, a Bíblia na Linguagem de Hoje. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol e nunca tomar um copo de vinho ou uma cerveja. Não é viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata. Para muitos, santidade está ligada a esse tipo de coisas. Duvido que estas coisas funcionem. Elas não mortificam a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira. Nenhuma dessas abstinências e regras conseguem, de fato, crucificar o velho homem com seus feitos. Elas têm aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne. Foi o que Paulo tentou explicar aos colossenses, muito tempo atrás: 

“Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” Colossenses 2.23.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pregar Apenas a Palavra de Deus

 
Por Charles Haddon Spurgeon
Também estamos resolvidos a pregar apenas a Palavra de Deus. Em grande parte, a alienação das massas ao ouvir o evangelho se explica pelo triste fato de que nem sempre é o evangelho que ouvem quando se dirigem aos lugares de culto, e tudo o mais fracassa em fornecer o que suas almas precisam. Será que você nunca ouviu falar de um rei que fez uma série de grandes banquetes e convidou muitas pessoas, semana após semana? Ele tinha um bom número de servos encarregados de servir sua mesa; e, nos dias marcados, estes saíram e falaram com as pessoas. Mas, de alguma forma, depois de um tempo a maior parte das pessoas não vinha às festas. O número de convidados que comparecia era decrescente; a grande massa de cidadãos dava as costas aos banquetes. O rei indagou e descobriu que o alimento providenciado não parecia satisfazer os homens que vinham olhar os banquetes e, por isso, não vinham mais. Ele resolveu examinar pessoalmente as mesas e os alimentos servidos. Viu muita coisa fina e muitas peças expostas que não eram de seus armazéns. Olhou a comida e disse: "Mas o que é isso? Como esses pratos chegaram aqui? Não são do meu suprimento. Meus bois cevados foram mortos, mas não vejo carne de animais engordados, e sim carne dura de gado magro e faminto. Os ossos estão aqui, onde está a gordura e o tutano? O pão também é de má qualidade, onde está o meu que é feito do melhor trigo? O vinho está misturado com água, e a água não é de um poço limpo".

Um dos presentes respondeu: "Ó rei, achamos que o povo estaria farto de tutano e gordura, assim lhes demos osso e cartilagem para pôr seus dentes à prova. Achamos também que estariam cansados do melhor pão branco, por isso assamos uns poucos em nossas casas, nos quais deixamos o farelo e a casca dos cereais. É opinião dos doutos que nosso alimento é mais adequado a esses tempos do que aquele que vossa majestade prescreveu há tanto tempo. Em relação aos vinhos com borra, o gosto dos homens não é esse na época atual; além disso, um líquido tão transparente como a água pura é uma bebida leve demais para homens que estão acostumados a beber do rio do Egito, cujo gosto é do barro que vem das montanhas da Lua".

Assim, o rei entendeu porque as pessoas não vinham aos banquetes. Será que esse é o motivo pelo qual a casa de Deus tem se tornado tão desagradável para uma grande parcela da população? Creio que sim. Será que os servos do Senhor têm picado seus restos de miscelâneas e pequenas máculas para com isso fazer uma carne cozida para os milhões de fiéis, e, por isso, estes se afastam? Ouça o resto da minha parábola. O rei indignado exclamou: "Esvaziem as mesas! Joguem todo esse lixo para os cães. Tragam os barões da carne, mostrem minha comida real. Tirem essas bugigangas do salão e aquele pão adulterado da mesa e lancem fora a água do rio barrento". Eles fizeram como o rei mandou, e se minha parábola estiver certa, logo houve um rumor pelas ruas de que verdadeiras delícias reais eram oferecidas ali, o povo encheu o palácio e o nome do rei tornou-se de grande excelência por toda terra. Vamos experimentar esse plano. Quem sabe logo estaremos nos regozijando em ver o banquete do Mestre cheio de hóspedes.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O que é Um Evangélico?

Então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem. Ml 3:18
A religiosidade está em alta. E a griffe evangélico mais em evidência do que nunca. Aliás, nunca foi tão chic ser evangélico e “gospel” dá status. O resultado é uma confusão tamanha que para fugir dela alguns chegam a dizer “não sou evangélico”. Mesmos sendo. Vamos tentar nos encontrar no meio desse emaranhado que se tornou o cristianismo protestante. Vamos tentar enxergar alguns pontilhados que sirvam de linhas divisórias.
A primeira divisão a ser feita é entre ateus e teístas. Ateu é aquele que a Bíblia chama de tolo por pensar que "Deus não existe" (Sl 14:1). Por comparação, o teísta é o que admite a existência de Deus, por entender que “quem dele se aproxima precisa crer que ele existe" (Hb 11:6). Equilibrando-se entre esses dois extremos temos os deístas, existindo em duas formas, uma ateísta e outra teísta. O deísmo ateísta confia nas forças da natureza, o deísta crê num poder acima da natureza, mas não o identifica como o Deus que se revela dos cristãos ou o de nenhuma outra religião. E necessário dizer que muitos que se dizem cristãos evangélicos são deístas na prática.

Entre os teístas, precisamos diferenciar os cristãos dos pagãos. Os pagãos são os que adoram um ou vários deuses diferentes do Deus da Bíblia. Temos um exemplo neotestamentário nos atenienses: “Então Paulo levantou-se na reunião do Areópago e disse: "Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos, pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO” (At 17:22-23). Idólatras ou politeístas, os pagãos diferem dos cristãos pois estes reconhecem que “o Senhor é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Não há nenhum outro” (Dt 4:39).

Apesar do exclusivismo cristão, no que se refere ao deus vivo, há várias ramificações dentro do cristianismo e uma linha divisória principal pode ser traçada separando o catolicismo romano do protestantismo bíblico. A qualificação bíblico para protestantismo é necessária pois muitos evangélicos, ditos protestantes, são tão ou mais supersticiosos que um romanista medieval. Vejamos alguns pontos distintivos do protestante identificado com o cristianismo bíblico.

A primeira diferença está na regra de fé, ou dizendo de outro modo, a fonte de autoridade. O romanismo recorre à autoridade do papa e da tradição, as quais são necessárias para validar a autoridade da Escritura. O protestantismo nominal recorre a apóstolos modernos e líderes carismáticos, além de profecias não julgadas, para nortear a sua conduta e para definir quais partes da Bíblia se aplicam à sua vida. A uns e outros aplica-se a repreensão de Jesus: “Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa" (Mc 7:13). Já um cristão evangélico reconhece a Escritura como sua única fonte de fé, prática cúltica e conduta civil. Todas as demais autoridades à que se sujeita, o faz somente na medida em que reconhece que ela deriva e concorda com o que a Bíblia ordena, colocando-se sob o dever de discordar e desobedecer a qualquer autoridade que queira constranger sua consciência contra a Bíblia Sagrada, pois crê que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3:16-17).

Outra distinção a ser feita é quanto à fonte da salvação. O romanismo advoga a capacidade humana de, pelo menos, cooperar com a graça, enxergando no homem capacidade para tal. De igual modo, o evangélico popular presume que o homem tem livre-arbítrio que o capacita a aceitar por si mesmo a Cristo. Dessa forma, para ambos, o homem é capaz de iniciar e/ou complementar a operação da salvação, seja atraindo ou cooperando com a graça. O cristianismo bíblico, por sua vez, crê que o homem está completamente morto em pecados e como tal é incapaz de se preparar ou de cooperar com a obra da graça para a sua salvação. Para estes, a salvação é totalmente de Deus, do início ao final, com tudo mais que vem no meio: “Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos” (Ef 2:4-5).

Quanto aos instrumentos que Deus usa para salvar, também há divergência entre os evangélicos bíblicos e os demais. Os católicos romanos acreditam numa combinação de fé e obras para a salvação. Os evangélicos nominais, embora neguem a necessidade de obras, admitem que é necessário “colocar a fé em prática”. E a prática consiste de sacrifícios, legalismo e o uso de artifícios supersticiosos, como o uso de fórmulas ou rituais para obter o favor de Deus, especialmente relacionado à prosperidade, saúde e reconhecimentos social. Os cristãos genuínos aceitam a intrumentalidade da fé somente, pura e simples. “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9), é o que afirmam e vivem, sabendo que é “Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Fp 2:13).

Essa dependência exclusiva da fé por parte dos evangélicos bíblicos tem a ver com a causa da nossa salvação. No catolicismo, a salvação se baseia no mérito. E quando há mérito excedente, por obras de supererrogação (que vão além do dever), esses méritos são administrado pelo papa, que assim pode vender indulgências. Evangélicos nominais confiam na mediação de seus líderes ou em pontos de contato, para que obtenham favores divinos. Os cristãos bíblicos rejeitam a intercessão de santos falecidos, a mediação de qualquer homem e o recurso a qualquer fórmula ou objeto, recorrendo e confiando unicamente nAquele que disse "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14:6), sabendo que “não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12), além do nome de Jesus.

Os pontos anteriores levam a uma distinção final entre os verdadeiros evangélicos e aqueles que apenas usam o nome. Trata-se de a quem é dada toda glória. O romanismo cultua aos santos, especialmente a Maria, além de Deus. Embora tente estabelecer uma diferença teórica entre culto de latria, superlatria e dulia, tal tentativa falha em todo aspecto prático. Evangélicos nominais veneram celebridades gospeis, exaltam apóstolos modernos e rendem tributos a homens, dividindo com eles uma glória que é devida unicamente a Deus. Cristãos genuínos, embora dêem graças a Deus por levantar e usar homens e mulheres, reconhecem que Ele o faz para Sua própria glória, e assim rendem louvor unicamente ao seu nome, pois ouvem-no dizer "Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor” (Is 42:8) e respondem “Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade!” (l 115:1).

Em conclusão, é necessário dizer que todas essas diferenças são exteriores ou manifestas. E podem ser simuladas por simples assentimento intelectual ou aparência de conformidade exterior. Por isso o texto diz “vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio” (Ml 3:18). Pois a verdadeira diferença não pode ser percebida pelo homem, precisando ser revelada por Deus, em momento oportuno: quem é salvo e quem não é. Deus determinou um dia, quando Seu Filho porá à sua direita os que salvou e à sua esquerda os que perecerão, ainda que pensassem estar a serviço dEle. "Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” (Mt 25:34) e “Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25:41).

Assim, antes e acima de qualquer diferença visível ou aparente, o que realmente importa é: você está salvo? Se ainda não creu na pessoa de Jesus e não depositou toda a sua confiança em Sua obra para sua salvação, então você está perdido. Arrependa-se de seus pecados e creia nEle para sua salvação, nesta vida e para sempre!

Soli Deo Gloria

Fonte: http://cincosolas.blogspot.com/

domingo, 4 de setembro de 2011

O que os outros dizem de Você? - Jonathan Edwards





Considere o que outros podem dizer sobre você. Embora as pessoas estejam cegas quando às suas próprias faltas, facilmente descobrem os erros dos outros — e consideram-se aptas o suficientes para falar deles. Algumas vezes, as pessoas vivem de maneiras que absolutamente não são adequadas, porém estão cegas para si mesmas. Não vêem seus próprios fracassos, embora os erros dos outros lhes sejam perfeitamente claros e evidentes. Elas mesmos não vêem suas falhas; quanto às dos outros, não podem fechar os olhos ou evitar ver em que falharam.

Alguns, por exemplo, são inconscientemente muito orgulhosos. Mas o problema aparece notório aos outros. Alguns são muito mundanos ainda que não sejam conscientes disso. Alguns são maliciosos e invejosos. Os outros vêem isso, e para eles lhes parecem verdadeiramente dignos de ódio. Porém, aqueles que têm esses problemas não refletem sobre eles. Não há verdade no seu coração e nem nos seus olhos em tais casos. Assim devemos ouvir o que os outros dizem de nós, observar sobre o que eles nos acusam, atentar para que erro encontram em nós, e com diligência verificar se há algum fundamento nisso.

Se outros nos acusam de orgulhosos, mundanos, maus ou maliciosos — ou nos acusam de qualquer outra condição ou prática maldosa — deveríamos honestamente nos questionar se isso é verdade. A acusação pode nos parecer completamente infundada, e podemos pensar que os motivos ou o espírito do acusador está errado. Porém, a pessoa perspicaz verá isso como uma ocasião para um auto-exame.

Deveríamos especialmente ouvir o que os nossos amigos dizem para nós e sobre nós. É imprudente, bem como não-cristão, tomar isso como ofensa e se ressentir quando os outros apontam nossas falhas. "Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Pv 27.6). Deveríamos nos alegrar que nossas máculas foram identificadas.

Mas, também deveríamos atentar para as coisas sobre as quais os nossos inimigos nos acusam. Se eles nos difamam e nos insultam descaradamente — até mesmo com uma atitude incorreta — deveríamos considerar isso como um motivo para uma reflexão no íntimo, e nos perguntar se há alguma verdade no que está sendo dito. Mesmo se o que for dito é revelado de modo reprovável e injurioso, ainda pode ser que haja alguma verdade nisso. Quando as pessoas criticam outras, mesmo se seus motivos forem errados, provavelmente têm como alvo verdadeiros erros. Na verdade, nossos inimigos provavelmente nos atacam onde somos mais fracos e mais defeituosos; e onde demos mais abertura para a crítica. Tendem a nos atacar onde menos podemos nos defender. Aqueles que nos insultam — embora o façam com um espírito e modos não-cristãos — geralmente identificarão as genuínas áreas onde mais podemos ser achados culpados.

Assim, quando ouvirmos outros falando de nós nas nossas costas, não importa o espírito de crítica, a resposta certa é a auto-reflexão e uma avaliação quanto à verdade da culpa em relação aos erros de que nos acusam. Com certeza essa resposta é mais piedosa do que ficar furioso, revidar ou desprezá-los por terem falado maldosamente. Desse modo talvez tiremos o bem do mal, e esta é a maneira mais certa de derrotar o plano dos nossos inimigos, que nos injuriam e caluniam. Eles fazem isso com motivação errada, querendo nos injuriar. Mas, dessa maneira converteremos isso em nosso próprio favor.

De Quem é a Guerra? – C. H. Spurgeon




Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR ê a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos.
1 Samuel 17.47

Esta verdade deve permanecer sempre estabelecida: a guerra é do Senhor. Podemos estar certos da vitória, que se realizará de tal maneira que, no melhor de tudo, será uma demonstração do poder de Deus. O Senhor tem sido bastante esquecido por todos os homens, sim, mesmo pela congregação de Israel.

E, quando houver uma oportunidade para fazer os homens perceberem que a Causa Primária de Todas as Coisas é capaz de atingir seus propósitos sem o poder do homem, esta será uma ocasião preciosa que deve ser bem utilizada. Mesmo o Israel de Deus confia muito na espada e na lança. Foi algo sublime não existir qualquer espada nas mãos de Davi e, igualmente, uma oportunidade para ele saber que seu Deus venceria todo o exército de inimigos.

Se estamos realmente lutando em favor da verdade e da justiça, não esperemos até que tenhamos talento, riqueza ou qualquer outra forma de poder visível à nossa disposição. Mas, com as "pedrinhas" que acharmos no ribeiro e nossa "funda", avancemos para enfrentar o inimigo. Se estivéssemos em nossa própria guerra, não teríamos confiança. Porém, se estamos permanecendo firmes por amor a Jesus e lutando apenas com seu poder, quem nos pode resistir? Sem qualquer hesitação, enfrentemos os filisteus, pois o Senhor dos Exércitos está conosco: quem será contra nós?

A igreja


Escrito por 
A igreja está lotada nessa noite. Mais um domingo normal, na vida de qualquer membro daquela igreja. O culto começa pontualmente. Ela, que por acaso passava por ali, ouvia uma música tão linda, tão suave, tão confortadora, que parecia ser um coral de anjos chamando-a. Na letra da canção, ela podia ouvir claramente que alguém nesse mundo a amava, que Ele se encontrava naquele lugar, que Ele podia limpá-la. Seu coração pulou ao ouvir a palavra “amor”. Na verdade, fazia muito tempo que ela não sabia o que era isso. Amor, ela só lembra de ter sentido quando era criança, quando seus pais ainda estavam juntos. Mas não lembra de sentir amor, quando se largou nas esquinas dessa vida.
Ela, entra naquele local, procurando uma cadeira vazia, bem no fundo, de preferência. Sabe que está atrasada. Ninguém dá as boas vindas para ela, tudo bem. Avista uma cadeira vazia do outro lado do salão. Timidamente e na ponta dos pés, caminha até lá. Ela não sabe ao certo o que está fazendo ali, mas ela sabe que esse é seu lugar. Enquanto dirige-se à cadeira vazia, reflete sobre sua vida e suas decisões. Sabe que tem tido uma vida errada, mas ela quer mudar. O que mais a machuca, não são as marcas em seu corpo e em sua alma. O que mais a machuca são os olhares julgadores daquelas pessoas ali.
Quando finalmente chega ao lugar vazio, uma garota imediatamente coloca a sua bolsa na cadeira e diz que o lugar está ocupado. Ela dá um sorriso e responde: tudo bem. Quando ela sai, consegue ouvir a garota dizendo à amiga ao lado: quem é essa garota? Você viu…
E ela prefere não ouvir mais nada. Ela sabe muito bem quem ela é, não precisa que os outros lhe falem. Sem lugar para sentar, ela resolve ficar de pé, na porta, ao lado de fora mesmo, para que não fiquem olhando para ela.
Sabe que não está com a roupa adequada para a ocasião. Mas consegue ver meninas com roupas quase iguais às suas. Ela pensa que talvez, não esteja tão errada assim. Sabe que o lugar que ela estava ontem, não tem o mesmo cheiro que tem essa igreja.  Mas ela está ali. Ansiosa para conhecer Aquele que falaram que a ama. Quem será que é Ele? Como Ele é?. Espero que alguém, logo me  apresente para esse Alguém.
Mas o tempo vai passando. Ela olha no relógio grande, colocado na parede. Até agora, ela ouviu as pessoas cantando músicas, que falam sobre esse Homem, ou músicas que falam sobre Deus.
Deus. Essa palavra não me é estranha. Pensou. Sei que estou em uma igreja. Já ouvi que essa é a casa de Deus. Lembro-me de mamãe, ajoelhada ao lado da minha cama orando a Deus, pedindo que Ele me protegesse. Ela sempre me falou que Ele me amava muito. Acho que ela estava errada, pois Deus não poderia amar alguém como eu, com uma vida suja, uma vida errada.
Mergulhada em seus pensamentos, nem entendia o que aquela cara lá no púlpito falava. Ela tinha uma sede dentro de si, uma sede que ela não sabia o que era, não sabia do que. Mas com o passar daqueles minutos, essa angústia e esse vazio dentro de si só aumentavam. Desesperada, com os olhos cheios de lágrima, estava disposta a colocar um fim naquela angústia. Se alguém não lhe apresentasse logo, o tal Homem que cura, que liberta, que a ama, ela iria embora.
Término do culto. Mesmo ela ali, parada na porta, chorando, parecia invisível aos outros. As pessoas desviavam o olhar. Do outro lado do salão, uma jovem a observava e sentia uma enorme vontade de abraçar aquela pobre criatura, mal vestida e com frio. Afinal, a pregação da noite tinha sido sobre amar ao próximo como a ti mesmo. Quando deu um passo em direção à moça parada na porta, sua mãe a puxou pelo braço, dizendo que não se misturasse, que aquela moça, não valia a pena. Não perca seu tempo com ela, vamos embora.
A nossa personagem vai embora sem conhecer Aquele que havia morrido por ela, Aquele que a amava e queria estar com ela. Ela não O conheceu, porque ninguém foi capaz de apresentá-Lo a ela. Ela nem ao menos sabia se Ele se encontrava ali ou não.
Com tanta dor em seu coração, tantas cicatrizes, tantas lágrimas, tristezas, não sabemos se a nossa personagem saiu dali naquela noite e foi procurar o amor em algum lugar errado, em alguma bebida, em alguma droga, em algum homem. Não sabemos se ela continua a sua busca por Aquele que ela ouviu que a amava ou se ela não tirou a própria vida naquela madrugada. Não sabemos.
Mas deveríamos ter lhe apresentado o seu Libertador.  Afinal:
Jesus pagou um preço muito alto
Para nós selecionarmos e escolhermos quem pode vir
E somos o corpo de Cristo
“Mas se somos o corpo
Por que Seus braços não estão alcançando?
Por que Suas mãos não estão curando?
Por que Suas palavras não estão ensinando?
E se somos o corpo
Por quê Seus pés não estão indo?
Por quê Seu amor não está mostrando-lhes que há um caminho?
Há um caminho”
Baseado na música If we are the body (Se somos o corpo) de Casting Crowns. 
História baseada em fatos reais na história de alguém que talvez você já viu dentro da sua igreja.