domingo, 8 de agosto de 2010
sábado, 7 de agosto de 2010
Chamado de Deus x Chamado do Homem
Por que tenho tanto problema com algumas pessoas que estão no ministério que Deus me deu?
Gênesis 12:1 "Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei."
Atos 13:2 "E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado."
O que tem em comum Gênesis 12:1, Atos 13:2 e as vezes o ministério que Deus nos confiou?
Quando Deus nos chama, Ele nos unge e nos capacita para serví-lo. Sem essa unção que provém do chamado de Deus, nós não teríamos força nem capacidade para ser instrumento em Suas mãos. Vamos ver o que aconteceu com Gênesis 12:1 caminhando para Gênesis 12:4. "Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele." O SENHOR chamou Ló? Não! Se o SENHOR chamou Abrão, quem chamou Ló? Ou foi um chamado de Abrão ou ele se ofereceu. Nos dois casos, o chamado não foi de Deus e sim de homem, e sendo assim (chamado de homem) Ló não teria unção para essa caminhada, seria dificultoso ir com ele. Abrão não entendeu essa parte:
- Sai da tua parentela e teria problemas por não ter entendido.
Gênesis 13:7 e 8. "Houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os Cananeus e os Ferezeus habitavam essa terra. Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados."
Abrão é aqui um homem verdadeiramente de Deus, sujeito a erros porque é humano e como líder poderia ter evitado essa contenda se tivesse conseguido entender e obedecer a Deus na íntegra.
O que aconteceu em Atos 13:2 mostra o que não poderia ter acontecido em atos 13:5. "Chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas judaicas; tinham também Jõao como auxiliar."
O que disse o Espírito Santo? Separai-me, agora, Barnabé e Saulo. Ele não disse separai-me, agora, Barnabé, Saulo e João Marcos. Essa é a mesma situação de Abrão. Deus nos chama para um trabalho, nos unge, nos capacita e nós muitas vezes atrapalhamos o trabalho perfeito de Deus chamando outras pessoas como se fôssemos Deus. Não vai ser bênção no ministério quem for chamado por homem sem a permissão de Deus.
Atos 12:13 "E, navegando de Pafos, Paulo e seus companheiros dirigiram-se a Perge da Ponfília. João, porém, apartando-se deles, voltou para Jerusalém."
João foi embora, não aguentou, e mais para frente aconteceu por causa desse chamado humano a primeira briga entre Barnabé e Saulo porque um queria levar de novo João e o outro queria deixá-lo. São três homens de Deus aqui, mas nesse momento não cumpriram exatamente o que foi anunciado pelo Espírito e acrescentaram pessoas que não estavam ungidas para aquele trabalho. Muitas vezes temos problemas em nossos ministérios. As vezes, vale a pena "dar marcha ré" e relembrar qual foi exatamente o chamado de Deus e o que nós líderes fizemos a mais ou a menos do que o Espírito nos mandou. Pode ser que venhamos a nos surpreender ao perceber que aquele irmãozinho ou irmãzinha que tanto trabalho dá, na verdade é fruto da nossa distração e ou desobediência de líder de chamar pessoas que Deus não chamou. Fiquem com Deus.
Fonte: http://www.guiame.com.br/
Impotência de ajudar
Debato-me em minha impotência. Sei que perco muito tempo ensimesmado. Fico angustiado por não me importar como devia com a sorte de quem precisa de um ombro. Eu gostaria de ter mais recursos humanos, materiais e conceituais para ajudar muitos que não conseguem enfrentar a dureza da vida.
Vez por outra, no desespero de ajudar, quero fundar uma escola de auto-ajuda tupiniquim. Quero deixar de lado muitos escrúpulos éticos e receitar fórmulas caseiras para que as pessoas tenham um "como" para contornar seus dilemas existenciais. O sofrimento me agride tanto que sou tentado a repetir frases "clichês" de alguns manuais com cinco passos de “como alcançar vitória”.
Quem sabe mais gente responderia se eu fosse mais coloquial e mais pragmático. Até agora percebo meus escritos bonitinhos, mas fraquinhos. Não passo de um professor de álgebra chato e enfadonho, daqueles que aborrecem adolescentes. Procuro comunicar, esforço-me com toda a sinceridade de minha alma, mas acabo passando um ar elitista, esnobe, petulante. E mais gente me procura com dilemas existenciais desesperadores.
A maré do sofrimento humano não para de rebentar nas portas de minha vida. As pedras que ergo não conseguem conter a fúria deste mar que espumeja dor. Todos os dias, lido com pessoas perdidas nas decisões que precisam tomar, ouço reclames de mulheres que amargam casamentos horrorosos, tomo conhecimento de crentes angustiados com o jugo de doutrinas corretíssimas, mas inclementes.
Tento ensinar sobre outro jeito de organizar a vida, mas noto as pessoas sem a menor disposição de escapar de velhas bitolas. Tento mostrar que a percepção de um Deus que rege e ordena todos os micro detalhes do universo parece oferecer conforto e segurança, mas depois, quando a vida se impõe com todas as suas idiossincrasias e incoerências, essa percepção de Deus como um supremo dramaturgo, as deixará arrasadas.
Há enorme resistência em ver que a vida é contingencial. Foge-se da realidade de que bem e mal chegam indiscriminadamente. Por isso, quantas vezes ouvi pessoas questionando Deus. Suas interrogações não nascem de rebelião, mas por não aceitarem que Deus os tenha abandonado quando mais precisavam de sua ajuda.
Tento mostrar que há outra maneira de perceber o amor de Deus. Mas frustro-me ao notar que mesmo com tanta angústia, poucos estão dispostos a abrir mão de antigos pressupostos. Parece melhor o desespero de conviver com um Deus que arbitra seus atos sem levar em conta a sorte de homens e mulheres mas os seus projetos macro.
Vejo-me como aquele velho marujo que acena sua lanterna no alto de uma colina. Pareço um doido. Mas, quem sabe, algum viajante em alto mar não virá a minha pequena luz para achar seu rumo?
Soli Deo Gloria
Fonte: http://www.guiame.com.br/
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
Um exemplo de Oração
Gostaria de relatar aqui um trecho da oração de um grande homem de Deus chamado David Brainerd.
Um jovem que entregou sua vida totalmente a Deus para evangelizar tribos de índios que habitavam em meio às florestas.
Seu amor por almas era tão grande que não relutou em deixar sua noiva Jerusa Edwards, filha de Jônatas Edwards e recusar o convite de ser pastor de uma igreja para se dedicar na evangelização dos índios.
Esta foi sua oração em resposta ao chamado de Deus:
“Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim até os confins da terra; envia-me aos selvagens do ermo; envia-me para longe de tudo que se chama conforto da terra; envia-me mesmo para a morte, se for no teu serviço e para promover o teu reino...
Adeus, amigos e confortos terrestres, mesmo os mais anelados de todos. Se o Senhor quiser, gastarei a minha vida, até os últimos momentos, em cavernas e covas da terra, se isso servir para o progresso do reino de Cristo.”
Como tem sido nossas orações?
O que nós temos pedido a Deus?
Talvez você pode dizer:
Mas este jovem teve um chamado especial e eu não.
Essa é e tem sido a desculpa mais usada pelos cristãos do mundo todo, tentando fugir do chamado universal de Cristo para todos aqueles que se dizem “cristãos”
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.” Mc 16:15
Que a nossa oração seja como a desse grande homem de Deus.
Uma oração onde a busca pelo interesse próprio e o conforto não tenham lugar, onde o principal objetivo seja realizar a vontade de Deus.
Mesmo que isso signifique abrir mão dos nossos sonhos, estar com pessoas que amamos e abandonar as coisas que gostamos de fazer, pois foi isso que este jovem fez.
E o que este jovem ganhou com isso?
Morreu aos 29 anos sem ao menos se quer conseguir casar com sua amada noiva, que morreu quatro meses depois da morte de seu noivo.
Parece um fim triste e amargo para quem se dedicou tanto a Deus não acha?
Mas acima de tudo isso cumpriu seu chamado ganhando muitas almas para o reino, obedecendo ao chamado de Deus.
Soli Deo Gloria
Luís A. Ramos
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