sexta-feira, 11 de maio de 2012

Quando orar é completamente fútil – Martyn Lloyd-Jones



Conheço bom número de cristãos que têm uma resposta universal para todas as questões. Não importa qual seja a questão, eles dizem: «Ore sobre isso» . . . Quão simplista, superficial e falso pode ser tantas vezes esse conselho — e o digo num púlpito cristão! Você talvez pergunte: «É errado em algumas circunstâncias, dizer aos homens que façam dos seus problemas assunto de oração?» Nunca é errado, mas às vezes é completamente fútil...

A luta deste pobre homem (Salmo 73) era toda esta, que ele estava tão confuso em seus pensamentos acerca de Deus que não podia orar a Ele. Se temos na mente e no coração pensamentos confusos sobre a maneira como Deus nos trata, como podemos orar? Não podemos. Antes de podermos orar de verdade, precisamos pensar espiritualmente. Não há nada mais fátuo do que tagarelar sobre a oração, como se a oração fosse algo para o que você pudesse correr sempre e imediatamente. . .

Me permitam citar um dos maiores homens de oração que o mundo já conheceu. . . George Müller, fazendo preleção a ministros . . .disse-lhes o seguinte: Que durante muitos anos de sua vida, a primeira coisa que fazia todas as manhãs era orar. Por fim veio a descobrir que esse não era o melhor caminho. Percebera que para orar verdadeira e espiritualmente, tinha que estar no Espírito, e que deveria preparar-se primeiro.

Descobrira que isso era bom e da maior utilidade, e agora lhes recomendava que sempre lessem uma porção da Escritura e talvez algum livro de devoção antes de começarem a orar. Em outras palavras, ele descobriu que era necessário pôr-se a si mesmo e a seu espírito em correta condição, antes de poder orar verdadeiramente a Deus. . . Precisamos dedicar tempo à oração. Não começamos a orar a Deus enquanto não nos apercebemos da Sua presença. . . Assim, eis os passos perfeitamente certos — a casa de Deus, a Palavra de Deus, oração a Deus e comunhão com Deus.

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