segunda-feira, 5 de julho de 2010
Escolha - uma hora temos que fazê-la!
''O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece: Mas, vos o conheceis porque habita convosco e estará em vós'' Jo 14:17.
Hoje escrevo algo que estou vivendo na minha vida: escolha. Por mais que fujamos desta hora, um dia não há como adiar, e teremos que nos posicionar e defender com unhas e dentes aquilo que acreditamos.
O que vale mais para você: a palavra de Deus ou a palavra dos homens?
Se é a palavra de Deus, prepare-se! Infelizmente quando escolhemos seguir os passos de Jesus, e ficamos em evidência, despertamos os olhares de várias pessoas: umas que nos amarão e nos seguirão, e outras que nos odiarão e tentarão de todas as formas nos derrubar. Seguir a Cristo não é para qualquer um!
É mais duro ainda reconhecer que, em muitos casos, temos que tomar essa conduta dentro do ambiente que deveria ser considerado a ''nossa casa''. Dentro da igreja encontramos obreiros camuflados, que na verdade querem transformar o culto num evento gospel; ministros de louvores que na verdade são animadores baratos de púlpito; homens e mulheres que buscam realizar-se num cargo de igreja. E, na verdade, não era para ser assim...
É triste ver que muitos trabalhos, que tem a visão de Deus, morrem justamente porque existem pessoas, sem visão nenhuma, que destroçam e matam sem escrúpulo os sonhos que Deus semeou no coração de outros irmãos. É lamentável ver que pessoas com chamados e corações sinceros, desejosos em servir a Deus, morrerem espiritualmente em prol de líderes que desejam simplesmente mandar - sua palavra é a que deve ser seguida.
Para esses deixo as palavras do meu amigo Rafael, do Rio Grande do Sul:
''Tenha em mente que seu líder espiritual é Jesus; o guia é o Espírito Santo; e, o manual de sobrevivência, é a Bíblia. Faça tudo conforme seus ensinamentos e mandamentos; e ore para que Deus lhe dê a direção. Só assim terá discernimento e coragem para por em prática tudo o que exige de nós Cristo, o nosso Salvador".
''A Lei e ao Testemunho. Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles'' Is 8:20
Não deixe ninguém matar os sonhos que Deus tem para sua vida - faça a escolha certa!
Por FABRICIA SILVAFonte: http://www.guiame.com.br/
domingo, 4 de julho de 2010
O Cristão, o Fundamentalismo e o Espírito Combativo
Por Heitor Alves
O verdadeiro cristão comprometido com as Escrituras deve ser caracterizado pelo espírito combativo. É ser fundamentalista. Ser fundamentalista é ter convicção de que os preceitos da Palavra de Deus revelado nas Escrituras são infalíveis e historicamente precisos, ainda que contrários ao entendimento das teologias modernas. O cristão fundamentalista se preocupa em voltar ao que é considerado princípios fundamentais das Escrituras. O termo fundamentalista, em oposição ao modernismo teológico e negativista, já indica que o seu portador é um combatente pela fé.
O termo fundamentalista que emprego neste artigo não faz referência aos movimentos religiosos que tem como característica as ameaças que grupos religiosos fanáticos fazem àqueles que não fazem parte da sua religião. Ser fundamentalista não significa fazer parte de grupos extremistas, com interesses em atos de violências físicas ou verbais contra os oponentes. As Escrituras nos advertem a amarmos até mesmo os nossos inimigos!
O que está em jogo aqui não é o ataque à pessoa, e sim às idéias. Mesmo que seja impossível separar a pessoa da sua idéia, não nos é permitido fazer qualquer mal, física ou verbal, à pessoa.
Ser fundamentalista é ser guerreiro, é saber manejar bem as Escrituras, significando não somente a aceitação das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus, mas também a defesa intransigente, protegendo-o dos ataques das teologias liberais e modernistas. O cristão fundamentalista precisa saber atacar e defender. Estar na ofensiva e na defensiva.
O nosso espírito combativo deve existir em função de uma causa sublime e nunca em função de nosso personalismo. Ser combativo não é ser briguento, no sentido contencioso. Existem pessoas com um espírito combativo tão extremo que chegam ao ponto de descerem do pedestal da ética cristã até o terreno escorregadio da polêmica baixa, desonesta e contenciosa.
Quando o espírito combativo perde a verdadeira noção de uma polêmica elevada, honesta, que tem como motivo as causas sublimes, e se limita a ataques pessoais, já não consideramos mais polêmicas. Este espírito contencioso é condenado na Palavra de Deus (Tg 3.13-18).
No entanto, os erros de alguns que pensam que são polemistas[1] e vivem brigando com todo o mundo não são motivos para nos tornarmos avessos às controvérsias. Um erro não justifica o outro. As atitudes extremadas de alguns que pensam que são polemistas criam inimizades, prejudica a causa e impede a conversão das almas, dificultando o evangelismo. Por outro lado, não concordamos com a inércia de alguns que não fazem questão de polemizar questões doutrinárias. Os que não se esforçam em defender a fé confundem polêmica com contenção.
Negar a necessidade da controvérsia é negar o caráter essencial da vida cristã. A vida cristã é uma vida de lutas.
Temos que ser combativos. Não há lutas sem combates! O cristão precisa ser combativo pelo próprio imperativo de ser cristão.
Os que são contra o espírito combativo e dizem que não tem tal espírito, não enxergam a tamanha ironia em que caíram. Eles fazem verdadeira apologia em torno de sua posição não combativa, atacando, ao mesmo tempo, os que combatem o mal e inovações! Não são combatentes, mas atacam os que combatem. Combatentes pacifistas! São contraditórios por excelência. Para defender a doutrina não tem espírito combativo, mas o tem para defender as suas próprias idéias e opiniões.
Onde há contradição, há engano; onde há engano, há falsidade; onde há falsidade, não existe a verdade, porque esta não admite contradição.
Não podemos permitir pacifistas em nossas igrejas.
No cristianismo não há lugar para tímidos e medrosos. Imaginem um exército cheio de timidez. Imaginem um pelotão de soldados com medo de enfrentar o inimigo em uma guerra. Temos que ser corajosos e desinibidos, pois somos soldados de Cristo.
Através da história, notamos que o evangelho tem triunfado por meio do combate ao mal. Se Lutero não fosse combativo, não teria se processado a Reforma Protestante do século XVI.
Não somente Lutero, mas Zwiglio, Huss, Savonarola, Calvino, Knox, Beza e tantos outros que deram suas vidas pela causa de Cristo.
Jesus Cristo foi um combatente.
O apóstolo Paulo também o foi, como se percebe através de suas epístolas, entre elas a carta aos Gálatas, que é uma verdadeira polêmica contra os legalistas fanáticos. Na carta aos Romanos o apóstolo faz uma verdadeira apologia em torno da justificação pela fé.
Onde encontramos na Bíblia a base para a acomodação doutrinária?
Se o indivíduo não é capaz de defender as próprias doutrinas que aceita e atacar as doutrinas contrárias, onde estão então as suas convicções?
O verdadeiro cristão fundamentalista e com um espírito guerreiro não fica calado quando vê que a doutrina de Cristo está sendo ultrajada, espezinhada e combatida pelo inimigo. Covardia e medo é o que caracteriza o “cristão” passivista. São como Pedro, quando foi interrogado pela criada (ver Mateus 26.69-75).
Como pode um crente conformar-se com aqueles que negam a inspiração verbal e plenária da Bíblia, que negam a divindade de Cristo, seu nascimento virginal, sua ressurreição, e o castigo eterno? Não se pode ficar inerte diante das heresias, ou então será tido por traidor.
Não servem como exemplo aqueles que vivem procurando briga e gastam tempo escrevendo calúnias contra os outros, quando deveriam estar pregando o evangelho. Não são polemistas ou combativos, mas paroleiros
[2]. São os que promovem facções e divisões na igreja de Cristo. A verdadeira fidelidade doutrinária é aquela que se revela num inconformismo santo contra o erro.
Não podemos ficar em paz com a nossa consciência cristã, ao verificar tantos abusos contra a doutrina e a moral cristã, e permanecer sem dar o grito de alerta.
A consequência da oposição ao espírito combativo é o afrouxamento doutrinário, a indisciplina, a quebra do Dia do Senhor, a falta de comunhão, os aumentos do modernismo teológico, da teologia liberal, do mundanismo etc.
Mas o principal motivo pelo qual as igrejas não estão interessadas no espírito combativo é o medo da possibilidade de ter igrejas vazias.
É preferível ter igrejas cheias a ter igrejas compromissadas com a Verdade.
Que o Senhor não permita que nós deixemos a sua Igreja ser destruída pelo “espírito pacifista”, que não se esforça por proteger o Corpo de Cristo dos ataques dos seus inimigos.
Extraído do site: http://www.eleitosdedeus.org/
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Que farei de Jesus chamado o Cristo?
Referência: João 18.28-38 – 19.1-16
INTRODUÇÃO
1.A vida é feita de decisões. Você é escravo da sua liberdade. Você é obrigado nesta noite a tomar uma decisão. Neutro você não pode ser. Quem não é por Cristo é contra Cristo.
2.A indecisão é uma decisão. A indecisão é a decisão de não decidir. Os indecisos decidem-se contra Cristo. Exemplo: o homem que desce num rio dentro de um barco à beira de um abismo. Ele tem que tomar uma decisão.
3.Pilatos passou para a história como um homem covarde, que tentou se esquivar de tomar a mais importante decisão de sua vida. Ele foi convencido da verdade, mas não teve de coragem de assumir a verdade. Ele foi confrontado por Cristo, mas a despeito de ter conhecido a verdade, negou a Cristo e o entregou para ser crucificado.
I. PILATOS É CONFRONTADO PELA VERDADE ACERCA DE JESUS
1.Pilatos é confrontado pela realeza de Cristo – Mt 27:11; Mc 15:2; Lc 23:3
Pilatos está diante do Rei dos reis. Pilatos está diante daquele que é o Senhor absoluto do céu e da terra. Ele está diante de alguém que é maior do que César, maior do que Roma. Pilatos está diante de alguém a quem todo joelho deve se dobrar no céu e na terra.
Nesta noite você está também diante do Rei da glória. Jesus está aqui. Ele se faz presente. Você pode rejeitá-lo, mas não negá-lo que ele é o Rei dos judeus, o Rei dos reis, o Senhor absoluto do universo.
2.Pilatos é confrontado pela divindade de Cristo – Jo 19:7-9
Os , disseram a Pilatos que Jesus devia morrer porque a si mesmo se fizera Filho de Deus. Pilatos vai checar a informação com Jesus e ele nada responde. Pilatos fica com medo. Ele não está diante de um homem comum. Ele está diante daquele que é o Filho de Deus, o próprio Deus.
Você também nesta noite está diante do Filho de Deus. Ele é o criador do universo. O logos. O Senhor. O Salvador do mundo. O único mediador entre Deus e os homens. O único que pode perdoar os seus pecados. O único que pode lhe dar a vida eterna. Diante dele você não pode ficar neutro.
3.Pilatos é confrontado pelo Reino espiritual de Cristo – Jo 18:36
Jesus diz para Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18:36).
O Reino de Cristo é o único reino que jamais será destruído. Ele é reino eterno. Todos os reinos do mundo vão passar. Os grandes impérios caíram. As grandes potências mundiais entraram em colapso. Mas o Reino de Cristo subsiste para sempre. Ninguém pode tomar o Reino de Cristo por assalto. Ninguém pode destruí-lo por conspiração. Ele não pode ser derrotado por armas, com bombas ou terrorismo. Quem não fizer parte desse reino, vai perecer eternamente. Se você não nascer de novo você jamais poderá entrar no Reino de Deus.
II. PILATOS É CONFRONTADO POR MENTIRAS A RESPEITO DE JESUS
1.Pilatos compreende que as acusações contra Jesus são faltas
a)O método usado contra Jesus foi a conspiração – Mc 15:1
“Logo de manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos”.
b)A motivação da acusação contra Jesus foi a inveja – Mt 27:18
As autoridades judaicas estavam em trevas não por falta de luz, mas por falta de olhos. Eles por inveja não queriam reconhecer que Jesus era o Messias. A religião judaica estava cega à verdade. A luz veio ao mundo, mas eles a rejeitaram porque amaram mais as trevas do que a luz.
c)O conteúdo da acusação contra Jesus foi uma declarada mentira – Lc 23:1-2
1)Acusação moral – Acusaram Jesus de perverter a nação (Lc 23:2), de alvoroçar o povo com os seus ensinos (Lc 23:5), de ser um agitador do povo (Lc 23:14).
2)Acusação política – Acusaram Jesus de proibir pagar tributo a César.
3)Acusação religiosa – Acusaram de Jesus de se auto-proclamar o Cristo, o Rei.
Pilatos só se importou com a última acusação. Ele perguntou a Jesus: “És tu o rei dos judeus?”. Talvez você tem escutado muitos absurdos a respeito de Jesus. Os céticos tentam destilar o seu veneno para desacreditar a Pessoa de Jesus. A quem você vai ouvir: Aquele que é o Caminho, a verdade e a vida ou a voz daqueles que cegamente conspiram contra a verdade? Qual é a sua escolha? Que caminho você vai seguir?
III. PILATOS É CONFRONTADO PELA CLARA INOCÊNCIA DE JESUS
1.Pilatos confessa várias vezes a inocência de Jesus – Lc 23:4,14,15,22; Jo 18:38
Pilatos disse para os principais sacerdotes e à multidão: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23:4). Disse ainda: “Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes” (Lc 23:14,15). Pela terceira vez lhes perguntou: “Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte” (Lc 23:22).
2.Pilatos tenta defender a Jesus – Mc 15:14
Pilatos encurralado pela sua consciência, tenta defender Jesus perguntando para a multidão: “Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o!” (Mc 15:14).
Pilatos defende Jesus, mas não se rende a ele. Ele defende a verdade, mas não se submete a ela.
3.Pilatos expõe o drama da sua consciência diante da multidão – Mt 27:22
Pilatos no auge da sua agonia, confrontado pela verdade, convencido da inocência de Jesus, pergunta à multidão: “Que farei, então, de Jesus, chamado o Cristo?” (Mt 27:22).
Você não pode transferir essa decisão. Nem seu pai, nem sua mãe, nem seu filho pode tomar essa decisão por você. O que você fará de Jesus? Vai recebê-lo ou rejeitá-lo?
4.Pilatos é alertado por sua mulher – Mt 27:19
“E, estando Pilatos no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não se te envolvas com esse justo: porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito”. Pilatos é ainda mais pressionado. Deus está lhe dando mais uma oportunidade. Ele está tendo mais uma chance de se render à verdade. É mais uma trombeta a soar em seus ouvidos.
5.Pilatos é confrontado pelo próprio Jesus – Jo 19:9-11
Jesus já dissera para ele que o seu Reino não era desse mundo. Jesus já dissera para ele que ele nasceu para ser Rei. Jesus já reafirmara que ele era o próprio Filho de Deus. Jesus já o alertara que a autoridade de Pilatos vinha do cima, do céu. Jesus já dissera para ele que quem o entregara em suas mãos tinha ainda maior pecado que o pecado de Pilatos em julgá-lo.
Jesus já alertou você muitas vezes. O que você vai fazer: continuar fechando o seu coração?
IV. PILATOS TENTA SE ESQUIVAR DE SUA RESPONSABILIDADE DE TOMAR UMA DECISÃO A RESPEITO DE JESUS
1.Pilatos tentou deixar o caso de Jesus nas mãos de outros – Jo 18:31; 19:6-7
Por duas vezes Pilatos tentou deixar o caso de Jesus nas mãos dos judeus: Na primeira vez, logo que trouxeram Jesus a Pilatos ele lhes disse: “Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém” (Jo 18:31).
Na segunda vez, Pilatos ainda mais desesperado disse: “tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum” (Jo 19:6).
Pilatos quer deixar a sua decisão nas mãos dos outros. Mas essa decisão era sua. Essa decisão também é sua.
2.Pilatos tentou transferir a sua responsabilidade enviando Jesus a Herodes – Lc 23:7
Pilatos tenta mais uma vez se esquivar e ao saber que Jesus era da Galiléia, da jurisdição de Herodes, o remete a Herodes. Ele quer ficar livre de Jesus. Jesus é levado a Herodes, mas não abre a sua boca e novamente Jesus é trazido à presença de Pilatos.
Ninguém pode substituir você em sua decisão por Cristo. Nesta noite você está encurralado pelo Filho de Deus. Você não pode ficar neutro diante dele.
3.Pilatos tentou fazer a coisa certa, mas pelas mãos dos outros – Jo 18:39-40; Lc 23:17-19; Mc 15:6-9; Mt 27:16-17
Pilatos mais uma vez quis se esquivar da sua responsabilidade. Ele era um homem afeito a decisões. Ele era o governador. Mas quando se tratava do destino da sua alma, ele mostrou-se tímido, medroso, vacilante. Ele queria soltar Jesus. Então, lembrou-se de uma prática costumeira: A soltura de um prisioneiro na época da páscoa. Lembrou-se do pior homem que tinha preso. Um roubador e assassino, Barrabás. Mas a multidão preferiu Barrabás.
A situação de Pilatos ficava ainda mais grave. Era um homem prisioneiro da sua consciência. Quem você vai escolher: Jesus ou Barrabás?
4.Pilatos tentou se esquivar com uma pergunta filosófica: O que é a verdade? Jo 18:37-38
Jesus havia dito para Pilatos: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade?” (Jo 18:37-38).
Talvez você também tem tentado esquivar-se de sua rendição a Cristo, deixando o foco principal para distrair-se com perguntas filosóficas.
5.Pilatos tenta descartar Jesus com meias medidas – Lc 23:16
“Portanto após castigá-lo, soltá-lo-ei”. Se Jesus era inocente, por que castigá-lo. Pilatos revela-se ao mesmo tempo cruel, açoitando o inocente e também covarde, querendo agradar a multidão punindo o inocente.
Pilatos repetidamente afirmou a inocência de Jesus (Jo 18:38; 19:4; Lc 23:14,22: Mt 27:24). Seu problema era falta de coragem para sustentar aquilo que acreditava. Ele queria agradar o povo, com medo de um motim. Pilatos não perguntou: Isso é certo? Em vez disso, perguntou: Isso é seguro? Isso é popular?
6.Pilatos tenta isentar-se, procurando soltar Jesus – Jo 19:12
Pilatos tentou soltar Jesus quatro vezes. Ele sabe que Jesus é inocente. Sabe que Jesus é Rei. Sabe que Jesus é o Filho de Deus. Sabe que as acusações contra ele são falsas e motivadas pela inveja. Mas abafa a voz da consciência.
a)Quis soltar Jesus quando propôs Barrabás, pensando que a multidão não iria querer um roubador e assassino preso (Mt 27:15-18).
b)Quis soltar a Jesus quando perguntou de novo: Qual dos dois quereis que eu vos solte? (Mt 27:21).
c)Quis soltar Jesus pela terceira vez quando perguntou ao povo: “Que farei, então, de Jesus, chamado o Cristo? (Mt 27:22).
d)Quis soltar Jesus pela quarta vez quando ainda perguntou: “Mas que mal fez ele?” O evangelista João relata que Pilatos quando tomou consciência que Jesus era o Filho de Deus procurou soltá-lo (Jo 19:12).
7.Pilatos, finalmente, esquiva-se da sua decisão por Cristo, levando as mãos – Mt 27:24
Pilatos tenta jogar sobre os judeus a responsabilidade de sua covardia. Ele manda trazer uma bacia com água e lava as mãos.
Nem toda a água do oceano pode lavar as suas mãos. Elas estão sujas de sangue. A tradição diz que Pilatos passou a vida toda com paranóia de lavar as mãos.
V. PILATOS COVARDEMENTE CONDENA A JESUS E O ENTREGA PARA SER CRUCIFICADO
1.Porque a conveniência falou mais alto do que a consciência – Jo 19:12
Os judeus disseram para Pilatos: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra César”. A posição política falou mais alto que a voz da consciência. As vantagens do mundo prevaleceram às venturas do céu. Ele condenou Cristo para não perder os favores de Roma.
Muitos também trocam Cristo pelas vantagens, pela riqueza, pelo prestígio, pelas amizades do mundo.
2.Porque preferiu agradar a multidão do que ser coerente com sua convicção a respeito de Jesus – v. Lc 23:23-25; Mc 15:15
O clamor do povo prevaleceu. Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Pilatos entregou Jesus à vontade deles. Pilatos querendo contentar a multidão, soltou a Barrabás e mandou açoitar a Jesus, entregando-o para ser crucificado.
A quem você vai atender nessa noite: à sua consciência ou à voz da multidão?
Pilatos mandou açoitar a Jesus e crucificar Jesus. Pilatos suicidou-se. Ele perdeu a grande oportunidade da sua vida. Ele fechou todas as portas da graça de Deus.
Por Hernandes Dias Lopes
Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/
INTRODUÇÃO
1.A vida é feita de decisões. Você é escravo da sua liberdade. Você é obrigado nesta noite a tomar uma decisão. Neutro você não pode ser. Quem não é por Cristo é contra Cristo.
2.A indecisão é uma decisão. A indecisão é a decisão de não decidir. Os indecisos decidem-se contra Cristo. Exemplo: o homem que desce num rio dentro de um barco à beira de um abismo. Ele tem que tomar uma decisão.
3.Pilatos passou para a história como um homem covarde, que tentou se esquivar de tomar a mais importante decisão de sua vida. Ele foi convencido da verdade, mas não teve de coragem de assumir a verdade. Ele foi confrontado por Cristo, mas a despeito de ter conhecido a verdade, negou a Cristo e o entregou para ser crucificado.
I. PILATOS É CONFRONTADO PELA VERDADE ACERCA DE JESUS
1.Pilatos é confrontado pela realeza de Cristo – Mt 27:11; Mc 15:2; Lc 23:3
Pilatos está diante do Rei dos reis. Pilatos está diante daquele que é o Senhor absoluto do céu e da terra. Ele está diante de alguém que é maior do que César, maior do que Roma. Pilatos está diante de alguém a quem todo joelho deve se dobrar no céu e na terra.
Nesta noite você está também diante do Rei da glória. Jesus está aqui. Ele se faz presente. Você pode rejeitá-lo, mas não negá-lo que ele é o Rei dos judeus, o Rei dos reis, o Senhor absoluto do universo.
2.Pilatos é confrontado pela divindade de Cristo – Jo 19:7-9
Os , disseram a Pilatos que Jesus devia morrer porque a si mesmo se fizera Filho de Deus. Pilatos vai checar a informação com Jesus e ele nada responde. Pilatos fica com medo. Ele não está diante de um homem comum. Ele está diante daquele que é o Filho de Deus, o próprio Deus.
Você também nesta noite está diante do Filho de Deus. Ele é o criador do universo. O logos. O Senhor. O Salvador do mundo. O único mediador entre Deus e os homens. O único que pode perdoar os seus pecados. O único que pode lhe dar a vida eterna. Diante dele você não pode ficar neutro.
3.Pilatos é confrontado pelo Reino espiritual de Cristo – Jo 18:36
Jesus diz para Pilatos: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui” (Jo 18:36).
O Reino de Cristo é o único reino que jamais será destruído. Ele é reino eterno. Todos os reinos do mundo vão passar. Os grandes impérios caíram. As grandes potências mundiais entraram em colapso. Mas o Reino de Cristo subsiste para sempre. Ninguém pode tomar o Reino de Cristo por assalto. Ninguém pode destruí-lo por conspiração. Ele não pode ser derrotado por armas, com bombas ou terrorismo. Quem não fizer parte desse reino, vai perecer eternamente. Se você não nascer de novo você jamais poderá entrar no Reino de Deus.
II. PILATOS É CONFRONTADO POR MENTIRAS A RESPEITO DE JESUS
1.Pilatos compreende que as acusações contra Jesus são faltas
a)O método usado contra Jesus foi a conspiração – Mc 15:1
“Logo de manhã, entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos”.
b)A motivação da acusação contra Jesus foi a inveja – Mt 27:18
As autoridades judaicas estavam em trevas não por falta de luz, mas por falta de olhos. Eles por inveja não queriam reconhecer que Jesus era o Messias. A religião judaica estava cega à verdade. A luz veio ao mundo, mas eles a rejeitaram porque amaram mais as trevas do que a luz.
c)O conteúdo da acusação contra Jesus foi uma declarada mentira – Lc 23:1-2
1)Acusação moral – Acusaram Jesus de perverter a nação (Lc 23:2), de alvoroçar o povo com os seus ensinos (Lc 23:5), de ser um agitador do povo (Lc 23:14).
2)Acusação política – Acusaram Jesus de proibir pagar tributo a César.
3)Acusação religiosa – Acusaram de Jesus de se auto-proclamar o Cristo, o Rei.
Pilatos só se importou com a última acusação. Ele perguntou a Jesus: “És tu o rei dos judeus?”. Talvez você tem escutado muitos absurdos a respeito de Jesus. Os céticos tentam destilar o seu veneno para desacreditar a Pessoa de Jesus. A quem você vai ouvir: Aquele que é o Caminho, a verdade e a vida ou a voz daqueles que cegamente conspiram contra a verdade? Qual é a sua escolha? Que caminho você vai seguir?
III. PILATOS É CONFRONTADO PELA CLARA INOCÊNCIA DE JESUS
1.Pilatos confessa várias vezes a inocência de Jesus – Lc 23:4,14,15,22; Jo 18:38
Pilatos disse para os principais sacerdotes e à multidão: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23:4). Disse ainda: “Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes” (Lc 23:14,15). Pela terceira vez lhes perguntou: “Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte” (Lc 23:22).
2.Pilatos tenta defender a Jesus – Mc 15:14
Pilatos encurralado pela sua consciência, tenta defender Jesus perguntando para a multidão: “Que mal fez ele? E eles gritavam cada vez mais: Crucifica-o!” (Mc 15:14).
Pilatos defende Jesus, mas não se rende a ele. Ele defende a verdade, mas não se submete a ela.
3.Pilatos expõe o drama da sua consciência diante da multidão – Mt 27:22
Pilatos no auge da sua agonia, confrontado pela verdade, convencido da inocência de Jesus, pergunta à multidão: “Que farei, então, de Jesus, chamado o Cristo?” (Mt 27:22).
Você não pode transferir essa decisão. Nem seu pai, nem sua mãe, nem seu filho pode tomar essa decisão por você. O que você fará de Jesus? Vai recebê-lo ou rejeitá-lo?
4.Pilatos é alertado por sua mulher – Mt 27:19
“E, estando Pilatos no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: Não se te envolvas com esse justo: porque hoje, em sonho, muito sofri por seu respeito”. Pilatos é ainda mais pressionado. Deus está lhe dando mais uma oportunidade. Ele está tendo mais uma chance de se render à verdade. É mais uma trombeta a soar em seus ouvidos.
5.Pilatos é confrontado pelo próprio Jesus – Jo 19:9-11
Jesus já dissera para ele que o seu Reino não era desse mundo. Jesus já dissera para ele que ele nasceu para ser Rei. Jesus já reafirmara que ele era o próprio Filho de Deus. Jesus já o alertara que a autoridade de Pilatos vinha do cima, do céu. Jesus já dissera para ele que quem o entregara em suas mãos tinha ainda maior pecado que o pecado de Pilatos em julgá-lo.
Jesus já alertou você muitas vezes. O que você vai fazer: continuar fechando o seu coração?
IV. PILATOS TENTA SE ESQUIVAR DE SUA RESPONSABILIDADE DE TOMAR UMA DECISÃO A RESPEITO DE JESUS
1.Pilatos tentou deixar o caso de Jesus nas mãos de outros – Jo 18:31; 19:6-7
Por duas vezes Pilatos tentou deixar o caso de Jesus nas mãos dos judeus: Na primeira vez, logo que trouxeram Jesus a Pilatos ele lhes disse: “Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. Responderam-lhe os judeus: A nós não nos é lícito matar ninguém” (Jo 18:31).
Na segunda vez, Pilatos ainda mais desesperado disse: “tomai-o vós outros e crucificai-o; porque eu não acho nele crime algum” (Jo 19:6).
Pilatos quer deixar a sua decisão nas mãos dos outros. Mas essa decisão era sua. Essa decisão também é sua.
2.Pilatos tentou transferir a sua responsabilidade enviando Jesus a Herodes – Lc 23:7
Pilatos tenta mais uma vez se esquivar e ao saber que Jesus era da Galiléia, da jurisdição de Herodes, o remete a Herodes. Ele quer ficar livre de Jesus. Jesus é levado a Herodes, mas não abre a sua boca e novamente Jesus é trazido à presença de Pilatos.
Ninguém pode substituir você em sua decisão por Cristo. Nesta noite você está encurralado pelo Filho de Deus. Você não pode ficar neutro diante dele.
3.Pilatos tentou fazer a coisa certa, mas pelas mãos dos outros – Jo 18:39-40; Lc 23:17-19; Mc 15:6-9; Mt 27:16-17
Pilatos mais uma vez quis se esquivar da sua responsabilidade. Ele era um homem afeito a decisões. Ele era o governador. Mas quando se tratava do destino da sua alma, ele mostrou-se tímido, medroso, vacilante. Ele queria soltar Jesus. Então, lembrou-se de uma prática costumeira: A soltura de um prisioneiro na época da páscoa. Lembrou-se do pior homem que tinha preso. Um roubador e assassino, Barrabás. Mas a multidão preferiu Barrabás.
A situação de Pilatos ficava ainda mais grave. Era um homem prisioneiro da sua consciência. Quem você vai escolher: Jesus ou Barrabás?
4.Pilatos tentou se esquivar com uma pergunta filosófica: O que é a verdade? Jo 18:37-38
Jesus havia dito para Pilatos: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade?” (Jo 18:37-38).
Talvez você também tem tentado esquivar-se de sua rendição a Cristo, deixando o foco principal para distrair-se com perguntas filosóficas.
5.Pilatos tenta descartar Jesus com meias medidas – Lc 23:16
“Portanto após castigá-lo, soltá-lo-ei”. Se Jesus era inocente, por que castigá-lo. Pilatos revela-se ao mesmo tempo cruel, açoitando o inocente e também covarde, querendo agradar a multidão punindo o inocente.
Pilatos repetidamente afirmou a inocência de Jesus (Jo 18:38; 19:4; Lc 23:14,22: Mt 27:24). Seu problema era falta de coragem para sustentar aquilo que acreditava. Ele queria agradar o povo, com medo de um motim. Pilatos não perguntou: Isso é certo? Em vez disso, perguntou: Isso é seguro? Isso é popular?
6.Pilatos tenta isentar-se, procurando soltar Jesus – Jo 19:12
Pilatos tentou soltar Jesus quatro vezes. Ele sabe que Jesus é inocente. Sabe que Jesus é Rei. Sabe que Jesus é o Filho de Deus. Sabe que as acusações contra ele são falsas e motivadas pela inveja. Mas abafa a voz da consciência.
a)Quis soltar Jesus quando propôs Barrabás, pensando que a multidão não iria querer um roubador e assassino preso (Mt 27:15-18).
b)Quis soltar a Jesus quando perguntou de novo: Qual dos dois quereis que eu vos solte? (Mt 27:21).
c)Quis soltar Jesus pela terceira vez quando perguntou ao povo: “Que farei, então, de Jesus, chamado o Cristo? (Mt 27:22).
d)Quis soltar Jesus pela quarta vez quando ainda perguntou: “Mas que mal fez ele?” O evangelista João relata que Pilatos quando tomou consciência que Jesus era o Filho de Deus procurou soltá-lo (Jo 19:12).
7.Pilatos, finalmente, esquiva-se da sua decisão por Cristo, levando as mãos – Mt 27:24
Pilatos tenta jogar sobre os judeus a responsabilidade de sua covardia. Ele manda trazer uma bacia com água e lava as mãos.
Nem toda a água do oceano pode lavar as suas mãos. Elas estão sujas de sangue. A tradição diz que Pilatos passou a vida toda com paranóia de lavar as mãos.
V. PILATOS COVARDEMENTE CONDENA A JESUS E O ENTREGA PARA SER CRUCIFICADO
1.Porque a conveniência falou mais alto do que a consciência – Jo 19:12
Os judeus disseram para Pilatos: “Se soltas a este, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei é contra César”. A posição política falou mais alto que a voz da consciência. As vantagens do mundo prevaleceram às venturas do céu. Ele condenou Cristo para não perder os favores de Roma.
Muitos também trocam Cristo pelas vantagens, pela riqueza, pelo prestígio, pelas amizades do mundo.
2.Porque preferiu agradar a multidão do que ser coerente com sua convicção a respeito de Jesus – v. Lc 23:23-25; Mc 15:15
O clamor do povo prevaleceu. Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Pilatos entregou Jesus à vontade deles. Pilatos querendo contentar a multidão, soltou a Barrabás e mandou açoitar a Jesus, entregando-o para ser crucificado.
A quem você vai atender nessa noite: à sua consciência ou à voz da multidão?
Pilatos mandou açoitar a Jesus e crucificar Jesus. Pilatos suicidou-se. Ele perdeu a grande oportunidade da sua vida. Ele fechou todas as portas da graça de Deus.
Por Hernandes Dias Lopes
Fonte: http://hernandesdiaslopes.com.br/
Ouvindo a Deus – John Stott
Uma das verdades que mais distinguem o Deus da revelação bíblica é que ele é um Deus que fala. Ao contrário dos ídolos pagãos - que, sendo mortos, são mudos - o Deus vivo falou e continua falando. Eles têm boca, mas não falam; ele não tem boca (porque é espírito) mas, mesmo assim, fala. E, já que Deus fala, nós devemos ouvir. Este é um tema constante no Antigo Testamento, em todas as três das suas divisões principais. Na Lei, por exemplo: "...amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz". E nos escritos da Sabedoria: "Oxalá ouvísseis hoje a sua voz!" Existem também muitos exemplos nos Profetas. Em que residia a "dureza de coração" da qual Deus vivia reclamando para Jeremias? Era porque o povo "se recusa a ouvir as minhas palavras"." O trágico nesta situação é que o que fazia de Israel um povo especial, diferente, era precisa¬mente o fato de Deus tê-lo chamado e falado com ele. Mesmo assim, ele não ouvia nem respondia. O resultado foi juízo: "Visto que eu clamei e eles não me ouviram, eles também clamaram e eu não os ouvi". Quase se poderia dizer que a epígrafe gravada na lápide da nação seria: "O Senhor Deus falou ao seu povo, mas ele recusou-se a ouvir". Por isso Deus enviou seu Filho, dizendo: "Eles ouvirão ao meu Filho". Mas, ao invés disso, eles o mataram.
Ainda hoje Deus fala, se bem que há certas discordâncias na igreja quanto à forma como ele o faz. Eu mesmo não creio que ele fale conosco hoje em dia de maneira direta e audível, como fez, por exemplo, com Abraão, com o menino Samuel ou com Saulo de Tarso no caminho de Damasco. Nem poderíamos garantir que ele se dirige a nós "face a face, como um homem fala com seu amigo", já que esta relação íntima que Deus manteve com Moisés é especificamente relatada como tendo sido única. Para falar a verdade, as ovelhas de Cristo conhecem a voz do Bom Pastor e o seguem, pois isto é essencial para o nosso discipulado; mas em nenhum lugar nos é prometido que essa voz será audível.
Mas, então, como é que Deus falou diretamente através dos profetas? Nós certamente deveríamos rejeitar qualquer afirmação de que existam hoje profetas comparáveis aos profetas bíblicos. Pois eles eram a "boca" de Deus, instrumentos especiais de revelação, e seu ensinamento faz parte do alicerce sobre o qual está construída a igreja. Pode até ser, no entanto, que haja algum tipo secundário de dom profético, como quando Deus dá a certas pessoas uma percepção especial quanto à sua Palavra e seu querer. Mas não deveríamos atribuir infalibilidade a tais comunicações. Pelo contrário, deveríamos avaliar tanto o caráter como a mensagem daqueles que dizem falar da parte de Deus.
A principal maneira pela qual Deus nos fala hoje é através da Escritura, como o tem reconhecido a Igreja geração após geração. As palavras que Deus falou através dos autores bíblicos e que ele providenciou para que fossem escritas e preservadas não são uma letra morta. Um dos principais ministérios do Espírito Santo é tornar a Palavra escrita de Deus "viva e eficaz" e "mais cortante do que qualquer espada de dois gumes". Portanto, nunca devemos separar a Palavra do Espírito ou o Espírito da Palavra, pela simples razão de ser a Palavra de Deus "a espada do Espírito", a principal arma usada por ele para realizar seu propósito na vida de seu povo. E essa confiança que nos capacita a pensar nas Escrituras tanto como texto escrito quanto como mensagem viva. Por isso é que Jesus podia perguntar: "O que está escrito?"ou "Vocês nunca leram?", enquanto que Paulo indagava: "O que dizem as Escrituras?", quase que personificando-as. Em outras palavras, a Escritura (que significa a Palavra escrita) tanto pode ser lida como ouvida, e o que ela diz é aquilo que Deus diz através dela. Através da sua antiga Palavra Deus se dirige ao mundo moderno. Ele fala através do que já falou uma vez.
E Deus nos convida a darmos ouvidos àquilo que, através da Escritura, "o Espírito diz às igrejas". O problema é que ainda hoje, tal como nos dias do Antigo Testamento, as pessoas geralmente não ouvem, não podem ou não querem ouvir a Deus. A falta de comunicação entre Deus e nós ocorre, não porque Deus esteja morto ou calado, mas porque nós não estamos ouvindo. Se, durante um telefonema, o telefone fica mudo, nossa conclusão imediata não é que a pessoa do outro lado morreu. Pelo contrário: a ligação é que foi cortada.
O mesmo estado de "ser desligado de Deus" geralmente acontece conosco, como cristãos. Não é esta a principal causa da estagnação espiritual que às vezes experimentamos? Nós paramos, deixamos de ouvir a Deus. Talvez tenhamos deixado de ter um período diário de oração e leitura da Bíblia. Ou então, se continuamos a fazê-lo, talvez seja mais uma rotina do que uma realidade, pois já não temos aquela expectativa de que Deus nos fale. Neste caso, precisamos adotar a atitude de Samuel e dizer: "Fala, Senhor, pois o teu servo ouve". Assim como o servo de Deus, deveríamos estar aptos para dizer: "Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos". Deveríamos imitar Maria de Betânia, que "quedava-se assentada aos pés do senhor a ouvir-lhe os ensinamentos". Naturalmente, precisamos não apenas ser contemplativos, mas também ativos, trabalhar mas também orar, ser tão "martas" quanto "marias". Mas não seria o caso de não permitirmos que a Marta que há em nós ceda lugar a Maria?
Porventura não temos negligenciado aquilo que Jesus chama de "a melhor parte"?
Fonte: http://www.ortopraxia.com/
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