quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A saúde do Movimento Evangélico


Por RICARDO GONDIM
     
Na adolescência, abandonei o catolicismo e fui rebatizado na Igreja Presbiteriana de Fortaleza. Desde então, migrei por várias tendências do protestantismo, que no Brasil assumiu-se como Movimento Evangélico. Fui membro da Convenção Geral das Assembléias de Deus (CGADB). Cooperei com a Associação Evangélica Brasileira (AEVB). Já falei em incontáveis congressos e conferências. Meu código genético religioso, portanto, é bem definido pelo Movimento Evangélico.
Pastoreio uma igreja com diversas comunidades locais espalhadas pelo Brasil. Caminho ao lado de parceiros e parceiras que levam a sério a vocação ministerial.
Reconheço, porém, que vez por outra peso nas tintas ao criticar o Movimento Evangélico. Não o faço como um observador frio e distante. Eu não me condenei ao ostracismo espiritual. Nunca quis tornar-me profeta auto-referenciado, sem interlocutores. Lido com gente; falo para mais de 3 mil pessoas todos os domingos. E, por mais que tente evitar, sempre que escrevo deixo as minhas impressões digitais religiosas.
Ao criticar, entendo que necessito ser cuidadoso. Não posso portar-me como o fariseu que corava de raiva quando se quebrava o til ou a vírgula da lei, mas era insensível para o abuso de princípios éticos que carcomiam a sua própria alma.
Ao criticar o Movimento Evangélico, não posso passar ao largo da iniquidade que condena milhões de brasileiros a viverem abaixo da linha da miséria. Escolado em ambientes puritanos sei como é possível ver-se sugado para o debate moralista. Eu não teria dificuldade de discursar sobre rigor sexual e arrancar bons aplausos dos que veem promiscuidade até nos desenhos animados que divertem crianças nas manhãs de sábado.
Não é difícil agradar os auditórios religiosos. Basta uma pitada de perspicácia: diante de um auditório burguês é suficiente repetir algumas doutrinas ortodoxas e todos se sentem felizes.
Insisto em escrever e falar porque o imperativo cristão não me larga. Não consigo calar diante de temas fundamentais como: justiça, solidariedade, tolerância, honestidade. O Evangelho me constrange. Sinto-me convocado a engajar-me na defesa do indefeso, na inclusão do excluído e na busca de justiça para o injustiçado. Diante desse categórico, nascem perguntas que não posso fugir: Qual a força do sistema de alienar-me? Para que lado ir na encruzilhada da Avenida Conforto com a Rua Responsabilidade?
Acomodação ética não é desvio, mas deformação. Está deformada qualquer instituição, religiosa, política ou educacional, que seja ágil para denunciar o menos importante e lenta para detectar o essencial.
Uma geração periga quando diminuem os profetas (nestes tempos, não se conhece sequer a função de um profeta – secular ou religioso). A camisa de força da mesmice vem sufocando a criatividade. O patrulhamento do conservadorismo conspira contra a liberdade de pensar. Faltam profetas.
Carecemos de homens e mulheres que não tenham medo de denunciar com o dedo em riste: Esta geração está inebriada pela doutrina do sucesso e vai se afogar na ganância e na complacência.
Minha crítica ao Movimento Evangélico começou há alguns anos, quando vi líderes indignados com questões periféricas, mas silentes diante de atrocidades. Raras vozes se levantaram contra evangélicos norte-americanos que abençoaram uma guerra absurda. O Iraque foi invadido e destruído devido a uma mentira (Onde estavam as armas de destruição em massa?). Faz-se silêncio sobre a morte de centenas de milhares.
Noto o constrangimento de alguns conservadores que não gostam de serem considerados do mesmo naipe que Benny Hinn, Kenneth Hagin, Edir Macedo ou Valdemiro Santiago. Mas eles se sentem orgulhosos de confessar a mesma doutrina que Franklin Graham, Pat Robertson, John McArthur, Chuck Colson e Max Lucado. Talvez considerem esses senhores dignos porque repetem a "doutrina verdadeira" e são de um país riquíssimo.
Por mais que seja difícil sentar ao lado de neopentecostais ávidos por lucro, acredito ser exponencialmente pior participar da roda de quem, sob o manto do conservadorismo teológico, sustenta a agenda de direita belicosa dos Estados Unidos. George W. Bush se aposentou mas a sua cartilha ainda continua a valer entre os evangélicos: lutar contra o aborto e contra os homossexuais, mas defender a pena de morte e apoiar a National Rifle Association.
Mas adesismo não destoa dentro do Movimento Evangélico. Quando os militares dominaram a política brasileira, havia um acordo tácito entre pastores e ditadores. Os ditadores deixavam os pastores pregarem e conduzirem campanhas evangelísticas e os pastores faziam vista grossa para a tortura.
Não é possível varrer para debaixo do tapete da piedade que o Movimento Evangélico brasileiro se esmera no irrelevante. Igrejas se multiplicam nas redondezas urbanas, mas não têm agenda contra preconceito racial ou de gênero. Impressionam as estatísticas sobre os avanços dos evangélicos; resta perguntar se alteram a sorte de milhões de crianças que vivem em ruas fétidas e estudam em escolas sucateadas.
Lamentavelmente, enquanto os evangélicos se reúnem em conferências para discutir e defender sua identidade, o Brasil permanece na lista dos mais injustos do planeta.
Mesmo decepcionado e muitas vezes desestimulado, continuo escrevendo, pregando e trabalhando. Sei que uma nova geração se levanta; acredito que milhões de rapazes e moças desejam ser leais ao Evangelho e anseiam por novos ventos.
Também não jogo a toalha porque acredito que se nos calarmos as pedras clamarão.

Soli Deo Gloria


Como a incredulidade colabora para o meu desejo por pornografia - John Piper


Fonte:http://atendanarocha.blogspot.com/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

QUEM É UNGIDO DO SENHOR?


Muitas pessoas tem me perguntado sobre este tema e resolvi rever e repassar a voces...Quando o assunto é pastor há uma unanimidade quase insana da parte da massa evangélica ignara, de que o pastor é "o ungido do Senhor" e que sob nenhuma circunstância deve-se questionar a sua autoridade .
Mas o que é unção? 
No Velho Testamento a unção era um ato específico dado por Deus a uma pessoa escolhida para a execução de uma determinada missão, e podia ser retirada a qualquer momento, assim como foi com Saul, quando o Espírito de Deus afastou-se dele, e sobre ele veio um espírito maligno.
1 Sm. 16:14 "Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava." 

Em Is. 45:1 está escrito: "Assim diz o SENHOR ao seu Ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fecharão".

A unção era dada a quem era e a quem não era servo de Deus, conforme vimos no texto de Isaias. Deus ungia quem bem queria para que sua vontade fosse realizada e a história da salvação seguisse seu curso normal. Ciro era um rei pagão e nunca adorou ao Senhor. Entretanto foi ungido por Deus para libertar o povo de Israel para voltarem para sua terra.

Ungir, segundo o Dicionário da Bíblia de Almeida, é: "Pôr azeite na cabeça de uma pessoa. Profetas foram ungidos{1Rs 19.16},"Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar." Sacerdotes também o foram {Êx 30.30}"Também ungirás a Arão e seus filhos, e os santificarás para me administrarem o sacerdócio." E reis também tiveram o óleo derramado sobre suas cabeças para serem ungidos {1Sm 16.1-13}"ENTÃO disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.(1)... (13)Então Samuel tomou o chifre do azeite, e ungiu-o no meio de seus irmãos; e desde aquele dia em diante o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi; então Samuel se levantou, e voltou a Ramá."

Eram ungidos portanto quem Deus bem queria e entendia. Tanto "o Cristo" (grego) como "o Messias" (hebraico) querem dizer "o Ungido", um dos títulos de Jesus, a quem Deus escolheu para ser o Salvador da humanidade {Jo 1.41;}" Este achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). {At 4.26-27}."Levantaram-se os reis da terra, E os príncipes se ajuntaram à uma, Contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel;" O Ungido do Senhor não é outro, senão Jesus Cristo o filho de Deus. O Dicionário da Bíblia de Jonh Davis reafirma que as palavras Messias e Cristo significam "o ungido".No texto de Lucas 4:18 assim está escrito:

"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos." O texto não se aplica ao pastor e sim exclusivamente a Jesus Cristo conforme citação do Novo Dicionário de teologia do Novo Testamento, vol. IV, pg. 677 onde se lê: "Em passagens como Is 61:1" O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; " e Ez 16:9, "Então te lavei com água, e te enxuguei do teu sangue, e te ungi com óleo," a unção deve ser entendida metaforicamente, sendo que, em Israel, a unção ritual era apenas disponível para reis e sacerdotes. Is 61:1 deve ser entendido como autoridade. No Novo Testamento (Lc 4:18) este texto é aplicado a Jesus: Ele foi o ungido por Deus para ser o profeta prometido."

Atos 4:26 "Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido."O emprego do termo ungido é relacionado ao Messias. Então como fica o pastor nesta história? A unção de Deus é universal, ou seja, recai sobre todos. Em I João 2:20 lemos:" E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento." No versículo 27 assim escreve o apóstolo:" Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou." O texto é mais do que explícito. Todos somos ungidos e todos nós somos sacerdotes do Senhor conforme está escrito na 1 de Pedro 2:5 "também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." No verso 9: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;" Portanto, Pastor, Presbítero e etc, não é unção com a conotação dada pelos reverendíssimos e, sim, dom do Espírito Santo de Deus. É comissionamento, é chamado.

Diante do exposto, não vejo onde está esta unção especial defendida e requerida pela maioria dos pastores, principalmente os da linha pentecostal e neopentecostal. Na carta escrita aos Efésios 4:11 o apóstolo Paulo diz que "ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro."

Notaram no início do versículo o "ele mesmo concedeu"? Em Mateus 22:29, Jesus diz: "Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus." e ainda em Marcos 12:24 "Respondeu-lhes Jesus: Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?"

Defender portanto esta doutrina esdrúxula de que o pastor é o ungido do Senhor, e que é um ser inatacável, e intocável é induzir o irmão ao erro. Não defendo aqui a desobediência ou rebeldia contra o pastor. Não é esse o objetivo deste artigo, mas sim o de demonstrar que nós os cristãos devemos seguir o exemplo dos crentes de Beréia que conferiam se tudo que lhes estava sendo ensinado, fechava com os ensinos bíblicos.

A palavra de Deus nos ensina que qualquer um que comete erro é digno de repreensão. Paulo em sua carta aos Gálatas no capítulo 2:11-14 repreendeu a Pedro publicamente por estar se portando de maneira errada."E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível. Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os gentios; mas, depois que chegaram, se foi retirando, e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimulavam com ele, de maneira que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?"
O ensino bíblico coloca a todos em pé de igualdade. Ninguém é superior a ninguém. Jesus ensinou que aquele que quisesse ser o maior, fosse o menor.Não permitamos que teologias canhestras venham minar o nosso relacionamento com Deus, a igreja e nossos irmãos.

Todo pastor que anda consoante os ensinos neotestamentário é digno de honra bem como qualquer membro comum da igreja. Todos são dignos de honra. O membro não pode nem deve se colocar contra o pastor por discordar de algum pensamento seu, pois o pensar é livre e direito de todos. De igual modo o pastor não pode e nem deve perseguir o membro de sua congregação, chegando às vezes a expulsa-lo por discordar de um pensamento seu. Somos livres para tomar nossas decisões e libertos por Jesus para sermos realmente livres com o conhecimento da verdade.


"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará."(Jo 8:32)

Há que se ter bom senso, tolerância e acima de tudo amor uns com os outros.Em sua primeira carta aos Coríntios o apóstolo Paulo afirma:"AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine." O amor é a solução para toda sorte de problemas que enfrentamos nas nossas igrejas. O apóstolo Paulo em sua I carta aos Coríntios 13:13 diz:" Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." Recomendo a leitura de todo o capítulo 13 desta carta com o firme desejo de que essa leitura surta efeito na vida de , todos nós.
Certamente que este assunto não se esgota nestas poucas linhas, mas com certeza servirá para trazer um pouco de luz sobre o assunto. Assim espero!

E Deus me ajude que eu não seja excomungado pelo que escrevi!

Texto de Fábio Dalamaria
Fonte:http://elielgaby.blogspot.com/

Artistas ou Adoradores?

Artistas ou Adoradores?
"Sede, pois, imitadores (iguais) de Deus..." – Ef 5:1-17.

Vivemos dias difíceis dentro das nossas igrejas. Muitos pensam que estamos vivendo um grande avivamento. Na verdade, confundimos avivamento com “movimento” ou “animamento”, ou seja, pensamos que templos cheios, grandes shows e grandes eventos, são sinônimos de grande e poderoso avivamento!
Muitos líderes se preocupam com seus "bolsos", inibindo a Sã Doutrina e “sufocam” a glória de Deus; permitem que pessoas saiam dos cultos vazias sem preparação e unção para enfrentarem as adversidades. Muitos abraçaram a obra de Deus mas não o Deus da obra, conhecem a história de Jesus mas não o Jesus da história. Para manter uma igreja cheia permitem que a adoração ao Senhor seja mesclada com costumes que vão contra a Bíblia. Infelizmente, as nossas igrejas estão cheias sim... de pessoas vazias! 
Outros têm trazido para dentro das nossas congregações modelos do mundo, em outras palavras, “saíram do mundo”, mas o mundo não saiu dentro deles! Na área da música, tem sido algo visível, quando muitos dos chamados “músicos cristãos” tem trazido a realidade do mundo e a prática secular para dentro das nossas igrejas, é o comportamento, o estilo de vida, os conceitos, os valores, etc.
O avivamento começa pelo quebrantamento, pelo arrependimento, pela mudança de mente e coração! Precisamos orar, clamar e pedir ao Senhor para que venha sobre nós um verdadeiro avivamento, então seremos transformados! 


“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Cr 7:14).
"Artistas"... Modelo do mundo
Como mencionei, muitos músicos chamados "cristãos", tem imitado modelos do mundo sem Deus, querem ser conhecidos como “artistas” e “pop stars”! Imitam artistas seculares, são orgulhosos, soberbos, exigentes e egoístas. Buscam plataforma e visibilidade, querem ser reconhecidos, se consideram “estrelas” e querem “brilhar”! Muitos destes músicos deixam seus pastores e líderes cansados e incomodados com suas atitudes e formas orgulhosas de serem. Se nos encaixamos neste modelo, devemos saber o que a Bíblia nos declara: 
"A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra” (Pv 29:23). 
Ao Senhor pertence o louvor e todo o reconhecimento: "... o louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graça, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus pelos séculos dos séculos. Amém" (Ap 7:12).
"Adoradores"... Modelo de Deus
O Pai está procurando os verdadeiros adoradores (Jo 4:23). O músico que é um verdadeiro adorador não é um "estrela" e também não tem nenhum tipo de compromisso com este tipo de reconhecimento, mas é um salmista, ministro do altar, submisso, servo e homem de Deus. Não tem compromisso com a glória do homem, mas sim com a glória de Deus. É aquele músico que além de executar bem a sua arte, é consagrado a Deus e separado para Ele; e com certeza, sabe a respeito da necessidade que há da unção do Espírito Santo em sua vida, assim como em sua música. É um músico aprovado por Deus e pelos homens, pois os seus frutos o acompanham! 


“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar...” (II Tm 2:15). 


Observe o exemplo de Davi no livro de I Sm 16:14-23 – era aprovado por Deus e pelos homens.
Jesus... Modelo de adorador
1- Jesus não buscava reconhecimento e glória. Não buscava seus interesses e benefícios pessoais (Mt 4:8-10).
2- Jesus era obediente a voz do Pai (Fp 2:8).
3- Jesus tinha compaixão pelas pessoas e por isso as resgatava para o reino de Deus (Mt 9:35-36).
Este é o principal desafio para nós, músicos cristãos, sermos imitadores do nosso melhor modelo de adorador que é Jesus! Sejamos imitadores de Cristo! 
Deus abençoe!
Ronaldo Bezerra

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Evangelho Fabricado - GUSTAVO LEGAL


Fonte: http://prgustavolegal.blogspot.com/

COMO LIDERAR SEM CARÉTER?

                                                     

“Os homens mostram o seu caráter de maneira mais clara nas trivialidades, quando não estão sendo observados.”
(Arthur Schopenhauer)

Assim como o avião depende das duas assas para se manter no ar, o líder depende de carisma e de caráter para exercer liderança com sucesso duradouro. O líder que ninguém esquece, tem as duas assas: carisma e caráter. O que é carisma? É a habilidade de atrair pessoas em torno de si. Por isso, as multidões seguiam a Jesus. O que é caráter? É um conjunto de hábitos adquiridos ou desenvolvidos ao longo do tempo, que define quem “é” a pessoa. Jesus foi testado, tentado e provado em tudo e concluiu sua missão como “homem” irrepreensível – tinha profundidade de caráter. O comportamento e as atitudes de uma pessoa em tempo de lutas, provações e tentações, diz muito sobre o seu caráter. Isto porque, a melhor maneira de se conhecer o substrato do ser de alguém, é na hora da tentação, do deserto ou da crise. Ao ser tentado pela mulher de Potifar, José do Egito manifestou a profundidade do seu caráter. Se ele não tivesse passado por esse teste de fogo, no qual saiu vitorioso, sua história seria mais uma dentre as muitas. (Gn. 39) São de Geoffrey Wilson as palavras: “As ações dos homens formam um indicador infalível de seu caráter”.
A grande preocupação de Jesus, no sermão da montanha, era com o caráter dos seus discípulos. Eles não poderiam ser mundo do mundo, nem terra da terra, mas sim luz do mundo e sal da terra, pois foram chamados para fazer a diferença. (Mt. 5:13-15) Ao concluir o sermão no capitulo 7, ele diz que o único projeto de vida que resistira em tempos de provações, seria aquele em que o construtor levou a sério sua palavra e a colocou em prática. Estes são os que se preocuparam com integridade, santidade, honestidade, verdade, pureza, enfim ,com a profundidade do caráter. Gosto de um pensamento anônimo que diz:

“Reputação é o que os homens pensam que você é;
caráter é o que Deus sabe o que você é”.

Quando o apóstolo Paulo escreveu para o jovem Timóteo, que assumiria o seu lugar no ministério, tendo em vista que o tempo da sua partida havia chegado, sua grande preocupação era com a profundidade do caráter do seu sucessor. No capítulo dois, da Segunda Carta à Timóteo, ele deixa claro o caminho que o seu substituto deveria seguir ,em busca da excelência e do sucesso como líder:
1. Para fazer a diferença como um líder aprovado, há um preço a ser pago – sofrimento. (2 Tm. 2:3). Ministério é uma chamada para o sofrimento.
2. Saiba a quem você deve agradar no exercício de sua liderança. Quem o alistou? Satisfaça a Ele, Cristo. (2 Tm. 2:4).
3. Não basta chegar na frente; é preciso seguir as normas pré-estabelicidas para ser coroado. Não seja desonesto, estes não recebem o prêmio – (2 Tm. 2:5).
4. O sucesso no exercício da liderança, sempre foi, e será resultado de muito trabalho. Sem trabalho não há colheita digna de festa. (2 Tm. 2:6)
5. Procure ser aprovado no que você faz para Deus. Não adianta ser aprovado pelos homens e reprovado por Deus. (2 Tm. 2:15)
6. Não perca tempo com aquilo que não vale a pena. (2 Tm. 2:16)
7. Não basta você ser um vaso, seja um vaso de honra na grande casa. (2 Tm. 2:20,21)
8. Nunca brinque com aquilo que pode destruir seu projeto de vida; se for necessário, foge disso. (2 Tm. 2:22)

“Como é fácil permitir que a alma se
encolha por causa de comprometimentos triviais”.



Fonte: http://pregadoruilsoncamilo.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Louco Amor - Francis Chan


Fonte: http://www.vemvertvblog.com/

Há Pecados em minha mente – Sou Cristão?- R. C. Sproul







Fonte: 

O servo não está acima de seu Senhor – John MacArthur


-Jesus disse em Mateus 10.24: "Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor". Esta dupla declaração é axiomática; não precisa ser posta à prova. Na primeira frase, presume-se que o discípulo escolhe seu mestre; e na segunda, supõe-se que o senhor compra o escravo ou servo. O que Jesus está dizendo é que o primeiro princípio do discipulado é a nossa submissão a Ele. Nossa vontade está em proeminência na relação discípulo/mestre - escolhemos aprender sob a direção do mestre. A soberania de Jesus está em evidência no paradigma servo/senhor - Ele nos escolhe para sermos seus servos. Esta é a dualidade básica inerente na doutrina da salvação. Em qualquer uma das duas situações, é óbvio que temos de ser submissos.

A relação do discípulo com o mestre pode ser expressa positivamente de diversas maneiras à medida que buscamos ser semelhantes a Cristo (vide Lc 6.40; Cl 3.16; 1 Jo 2.6). Entretanto, no grande contexto de Mateus 10, Jesus relata as verdades do discipulado de um ponto de vista negativo. O servo não está livre da perseguição e da oposição tanto quanto Jesus não o estava. Este fato evidencia-se à medida que Jesus prepara os Doze para o ministério alhures, e os avisa da vinda inexorável da hostilidade.

Esta mesma expectativa aplica-se a nós também. Quanto mais semelhantes a Jesus nos tornamos, mais o mundo nos tratará como o tratou. Se não estivermos sofrendo muito por amor a Ele, então talvez seja hora de examinarmos a nós mesmos (2 Co 13.5).

Se quisermos ser seguidores de Jesus, sob todos os aspectos, devemos estar prontos a pagar o preço. De fato, Mateus 10.25, diz: "Basta ao discípulo ser como seu mestre". Isto significa que devemos perseguir constantemente o alvo de ser como Jesus (cf. Fp 3.14-17). Não nos excedamos no afã de termos maiores privilégios do que tinha Jesus, nem procuremos meios de fugir às necessidades e adversidades que Ele enfrentou. Quando nossa semelhança com Ele for como deve ser, tornar-se-á possível triunfar no sofrimento.


Um Evangelho honesto! – M. Lloyd-Jones



(A vida cristã) não é vida que no início seja lindamente ampla e que, à medida em que você prossegue, vá ficando cada vez mais estreita. Não! Já desde o portal, no próprio caminho de entrada a essa vida, há vereda estreita. . . Muitíssimas vezes têm-se a impressão de que ser cristão é, afinal, bem pouco diferente de não ser cristão, de que você não precisa pensar no cristianismo como uma vida estreita, mas como algo atraente, maravilhoso e emocionante, e de que entramos ali formando multidões. Isso não está de acordo com nosso Senhor. O Evangelho de Jesus Cristo é por demais honesto, para ficar dirigindo convites dessa natureza às pessoas. Ele não tenta persuadir-nos de que se trata de algo fácil, sendo que só mais tarde começaremos a descobrir quão difícil é realmente. O Evangelho de Jesus Cristo apresenta-se franca e incondicionalmente como algo que começa com uma entrada estreita, com uma porta estreita. . .

É-nos dito logo no início deste caminho da vida, antes de começarmos a marcha, que se queremos percorrê-lo há certas coisas que terão de ser deixadas de lado, para trás de nós. Não há espaço para elas passarem, porque temos que começar entrando por uma porta estreita e apertada. Gosto de imaginá-la como um torniquete, A porta é bem parecida com um torniquete que admite uma pessoa por vez, e somente uma. E é tão estreita que há certas coisas que você simplesmente não pode levar com você. Desde o começo o caminho é exclusivo, e importa que examinemos o Sermão da Montanha para vermos algumas coisas que é preciso deixar atrás.

A primeira coisa que deixamos para trás é o que se chama de mundanismo. Deixamos atrás a multidão, o modo de viver do mundo. . . O modo cristão de viver não goza de popularidade. . . Você não pode levar a multidão em sua companhia na carreira da vida cristã; esta, inevitavelmente, requer rompimento.



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ortodoxia Ou a Perdição - Thomas Watson


Fonte: http://www.vemvertvblog.com/

Não Há Primavera sem Inverno – Richard Baxter



Quem deve dispor das criaturas, senão aquele que as criou? Quem dever organizar os tempos e as transformações delas, senão o Senhor absoluto? Quem é o único que também tem sabedoria para decidir o que é melhor para a pessoa e poder para garantir que seu desejo seja realizado? Você também pode muito bem perguntar: "Por que não podemos ter a primavera e a colheita sem o inverno?", como também indagar: "Por que não temos esse descanso aqui na terra?".

Contudo, você também pode muito bem ver uma boa razão para isso. Primeiro, Deus deveria subverter a ordem estabelecida na natureza, se fosse para ele nos dar esse descanso aqui na terra. Todas as coisas devem chegar a sua perfeição passo a passo. O homem mais forte de todos precisa primeiro ser uma criança; o erudito mais notável precisa primeiro cursar a escola primária e aprender o abecê; o artífice mais talentoso foi no início um aprendiz inexperiente; o carvalho mais alto foi primeiro uma pequena bolota. Esse é o curso contínuo da natureza. Esta vida é nossa infância; quem sabe deveríamos ser aperfeiçoados no ventre, ou nascer totalmente desenvolvidos? Deus deve subverter o curso da natureza para nós?

E seria um absurdo ético, se nosso descanso e contentamento plenos fossem aqui. Isso seria uma ofensa para Deus e para nós mesmos. Primeiro para Deus, tanto nesta vida quanto na vida por vir. Nesta vida, isso seria uma ofensa para Deus, tanto em relação ao que faz por nós aqui quanto em relação ao que ele receberia, por assim dizer, de nós. Se nosso descanso fosse aqui, então a maioria das providências de Deus seriam inúteis; seu notável plano, frustrado; e suas obras cheias de graça e suas misericórdias, desnecessárias para nós. Se o homem tivesse mantido seu primeiro descanso no Paraíso, Deus não teria oportunidade para manifestar seu enorme amor pelo mundo entregando seu Filho. E como Deus não teria a oportunidade para exercitar toda sua graça, mas apenas algumas delas, então ele não teria nosso agradecimento por tudo que faz por nós. Não sentimos como se nossas orações estivessem prontas a congelar? E como o servimos displicentemente? E como esquecemos ou passamos por cima de uma responsabilidade, quando temos saúde e prosperidade, embora ainda estejamos muito distantes de todo contentamento e descanso? Se tivéssemos o que teremos, como ele ouviria muito pouco a nossa voz! Deus se agrada da alma humilde e contrita, da alma que treme ao ouvir a sua Palavra; mas haveria pouco disso em nós, se satisfizéssemos plenamente nossos desejos aqui. Achamos que podemos louvar a Deus melhor se não precisássemos de nada; mas a experiência nos diz o contrário. Além disso, como a variedade é um elemento da beleza da criação, ela também o é da providência; e se fosse para Deus exercitar aqui apenas um tipo de previdência, e conceder apenas um tipo de graça, e receber nosso agradecimento apenas por uma delas, isso seria uma diminuição da beleza da providência.

E seria uma grande ofensa para nós mesmos, como também para Deus, se tivéssemos nosso pleno contentamento e descanso aqui na terra; tanto agora quanto para todo o sempre. Quando Deus perde a oportunidade para exercitar suas misericórdias, o homem também perde a alegria de desfrutar delas. E quando Deus perde os louvores que lhe são devidos, o homem certamente perde as consolações do Senhor. Como poderíamos conhecer o coração amoroso do Pai, e como ele nos encontraria cheio de alegria e nos abraçaria, se não nos fosse negado, como aconteceu com o filho pródigo, as migalhas do prazer e dos benefícios terrenos? Jamais sentiríamos a mão suave de Cristo curando nossas feridas e enxugando nossas lágrimas, se não tivéssemos caído nas mãos de bandidos, e se não tivéssemos lágrimas para ser enxugadas. Se não estivéssemos cansados, e sobrecarregados, e sedentos, e não fossemos pobres, e humildes, e contritos, jamais teríamos estes doces textos em nossa Bíblia: "Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados" (Mt 11.28); "Quem tiver sede, venha; e quem quiser, beba de graça da água da vida" (Ap 22.17); "Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5.3); "Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: 'Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito'" (Is 57.15). Em outras palavras, perderíamos todas as misericórdias redentoras, nossas recuperações, nossos livramentos e as misericórdias de ação de graças, se não tivéssemos nossas misérias e nossos sofrimentos para proporcionar tudo isso. E isso seria uma perda para nós, tanto no futuro quanto no presente. Para um soldado, ou para um viajante, é um grande deleite olhar em retrospectiva suas aventuras e seus livramentos, depois de que eles já fazem parte do passado; e para um santo no céu, olhar em retrospectiva para a condição em que estava na terra  deve fazer com que suas alegrias sejam racionalmente mais alegres. Quando os abençoados estão no fim, eles olham em retrospectiva para o caminho; quando a luta é finda, e o perigo já acabou, e a tristeza se foi, ainda assim a alegria com a lembrança disso tudo não se esgotou, nem os louvores de seu Redentor se findaram. Mas se não tivermos nada além da alegria e do descanso na terra, que espaço haveria, depois disso, para o regozijo e os louvores?

Agora, nós somos seres incapacitados para a alegria e o descanso; e isso tanto no que diz respeito ao corpo como à alma. Uma alma que é tão fraca em toda a graça, tão propensa ao pecado, tão entretecida como princípios e desejos contraditórios  tem, nesse caso, alegria e descanso plenos? O que é o descanso, senão a perfeição de nossas bênçãos em hábito e ações, o amor a Deus de forma perfeita, o conhecimento do Senhor e o regozijo nele? Como pode descansar a alma que tem tão pouco desse conhecimento, e desse amor, e dessa alegria? O que é o descanso, senão a libertação do pecado, e das imperfeições, e dos inimigos? E pode descansar a alma que é importunada, e incessantemente, por tudo isso?

E nosso corpo, bem como nossa alma, são incapacitados para esse descanso. Agora, ele não é aquele corpo radiante e luminoso que será um dia, quando o corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o mortal, de imortalidade. Ele é nossa prisão e nosso fardo; e é tão assolado por enfermidades e defeitos que somos obrigados a gastar a maior parte do tempo em seu restabelecimento e no suprimento de suas necessidades. Certamente, esse corpo  deve ser refinado a uma perfeição apropriada para aquele lugar, antes que seja capaz de desfrutar do descanso.

Como não somos capacitados a ter esse descanso na terra, então queremos aqueles objetos que podem nos propiciar alegria e descanso; pois os que agora desfrutamos não são suficientes, e o que é suficiente não está ao alcance de nossas mãos. Desfrutamos do mundo e de sua faina, e que fruto ele pode nos dar? O que há em tudo que temos aqui que possa nos dar descanso? Os que têm mais de tudo que o mundo pode oferecer carregam o maior fardo, e desfrutam de menos descanso que os outros. Tolos inexperientes prometem a si mesmos ter, no presente, o céu na terra; mas quando eles estão prontos para desfrutá-lo, ele foge deles; e quando já perderam o fôlego de tanto correr atrás dessa sombra, ele não está mais perto deles que quando iniciaram a corrida. Aquele que tem alguma consideração com as obras do Senhor pode facilmente ver que o fim mesmo delas é derrubar nossos ídolos, cansar-nos neste mundo e forçar-nos a buscar nosso descanso nele. Afinal, não é onde prometemos a nós mesmos mais contentamento que ele mais nos contraria?

E como o que desfrutamos aqui não é suficiente para nosso descanso, então Deus, que é suficiente, é pouco desfrutado aqui. Não foi aqui que ele preparou a sala para a presença de sua glória; ele fechou a cortina que nos separa dele; como criaturas, estamos distantes dele; como meros mortais, mais distante ainda; como pecadores, o mais distante possível. Ouvimos aqui e ali uma palavra de conforto dele, e, para guardar nosso coração e manter acessa nossa esperança, recebemos suas demonstrações de amor; mas Deus meu! - isso não é nossa alegria plena. Enquanto estivermos neste corpo, estaremos distantes do Senhor; distantes, até mesmo, enquanto ele estiver presente. A alma que escolheu Deus como sua porção e o escolheu para sua única alegria e descanso pode encontrar descanso nessa distância tão enorme?

E, por fim, como somos incapazes em nossa natureza, também o somos quanto à moral. Há um merecimento que deve vir antes de nosso descanso. Ele tem a natureza de uma recompensa; não uma recompensa de dívida, mas de graça. E, assim, não temos um merecimento de dívida, nem mérito propriamente dito, mas o merecimento da graça e da preparação. Sim, é uma obra da justiça de Deus dar a coroa àqueles que conquistaram esse descanso, não por meio de sua justiça legal, mas da justiça do evangelho, pois Cristo nos trouxe a ela, e Deus a prometeu e, portanto, ele a declarará a eles como direito destes. Para os que combateram o bom combate, terminaram a corrida e guardaram a fé há uma coroa de justiça separada para eles, a qual o Senhor, o justo Juiz, dar-lhe-á naquele dia. E estamos preparados para receber a coroa antes de termos vencido? Ou o prêmio antes de terminar a corrida? Ou receber nosso pagamento antes de trabalhar na vinha? Ou de ser governante de dez cidades antes de multiplicar nossos talentos? Ou de entrar na alegria do Senhor antes de cumprir bem nossa missão como servos bons e fiéis? Ou herdar o reino antes de dar testemunho ao mundo de nosso amor por Cristo? Que os homens depreciem as obras o quanto quiser e pelo tempo que desejar, mas você descobrirá que essas são as condições para que ganhemos a coroa; assim, Deus não alterará o curso da justiça para lhe dar descanso antes de você trabalhar; tampouco você receberá a coroa de glória até que tenha vencido.

Portanto, há razões suficientes para que nosso descanso deva esperar até a vida por vir. Assim, leitor cristão, preste atenção: como você ousa projetar um descanso aqui na terra e cuidar para que possa desfrutá-lo? Ou murmurar para Deus por causa de seus problemas, e labuta, e necessidades aqui na carne? Sob o peso de seu cansaço, você está disposto a ir para Deus, seu descanso, e terminar seu combate, e sua corrida, e suas obras? Se não, ó, reclame mais com seu coração e deixe-o ainda mais cansado, até que o descanso passe a ser mais desejável.