quarta-feira, 25 de agosto de 2010
O Beijo da Serpente
Por Ubirajara Crespo
A partir de que momento o servo se torna árbitro?
Segundo Paulo, o perigo é iminente, caso contrário, não precisaríamos ser advertidos:
"Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal (Cl 2.).
Esta mudança de hábito ocorre depois que dons e talentos sobem à cabeça e a fonte destas dádivas muda de endereço. Ir da luz para as trevas ou das trevas para a luz é um tráfego que se intensifica na medida em que nos aproximamos do destino final: O Reino definitivo de Yeshua.
No meio deste caminho haverá muita gente trocando de lado, sem trocar de discurso e sem admitir clara e publicamente esta troca. Com o aumento deste trânsito o engarrafamento tornará difícil saber quem está indo e quem está vindo. O discurso religioso, mesmo desacompanhado da prática, ainda atrai muita gente, por isto não vale a pena abandoná-lo.
Como saber se o discurso é praticado pelo seu apresentador? Pergunta que se torna difícil de responder quando a distância entre o pregador e seus ouvintes aumenta.
Esta distância é intensificada pela construção de grandes auditórios e pelo cerco do discursador por seguranças, que dificultam a aproximação. Como saber se ele faz o que prega se o que sabemos a seu respeito é o que diz do palco? O discurso pode ser apenas uma cantada, mais um beijo sedutor da serpente. Reluz, mas não agrega valor, late mas não morde.
Papagaios percebem que ao reproduzirem alguns sons, atraem o afago e a admiração de seus expectadores. A alienação é o prato preferido do totalitarismo eclesiástico. Somente ao cair em ouvidos bem informados o discurso sedutor se esvazia. Então vamos esvaziá-lo.
Fonte: http://www.guiame.com.br/
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário