Um levantamento feito pela organização Global Action (www.globalaction.com), concluiu que 62% dos pastores não possuem um treinamento formal, e a grande maioria deles, têm um nível escolar menor do que o 6º ano do ensino fundamental. O problema é que uma pesquisa feita pela mesma organização, também concluiu que mais de 79% de cristãos ocidentais não arriscaria fazer parte de uma igreja em que o pastor não tivesse o mínimo de qualificação educacional. Aliás, este tem sido um dos fatores predominantes no êxodo de evangélicos para outras religiões. Estes dados crescem a cada ano.
Esta notícia é uma estatística que revela um sintoma crescente no meio evangélico, a igreja denominada cristã, adoece por conta da falta de noção de muitos que se chamam cristãos. Falta-nos a vontade de sermos razoáveis com os nossos limites e convicções. Temos dificuldade em admitir nossos erros e exageros, e por isso ficamos estigmatizados e ridicularizados. Não adianta nos escondermos por detrás de uma “pretensa perseguição”, sejam de demônios, sejam de pessoas. O fato é que muitos evangélicos por não compreenderam a “unção”, erram na noção, e deixam marcas contrários ao Cristianismo na sociedade.
Cultos exageradamente místicos, como se Deus nos excluísse da realidade existencial e nos fizesse viver na “espíritosfera”. Crentes que conhecem mais o Diabo, a ira de Deus e o Inferno, e jamais revelam o amor de Deus, nem nas atitudes, nem nas palavras. Gente que cria uma verdadeira disputa ministerial, proclamando mais o ministério do que o Reino de Deus. Pessoas convertidas à homens, e não ao Evangelho de Cristo. Verdadeiros exércitos de séquitos, liderados por lobos vorazes e líderes que rejeitam a verdade e o amor, se apoiando em experiências que revelam mais o coração dele, do que o verdadeiro trabalho do Espírito. Tudo isso junto, é o que a Bíblia chama de joio.
Mas na verdade o problema não é esse joio crescendo no meio da igreja, Jesus nos advertiu a esse respeito (Mt 13:24-30). O problema é a falta de ação de quem é trigo, de quem é luz, de quem é imagem e semelhança de Cristo. Precisamos fazer mais, ir além, quebrar estes paradigmas e sair da zona de reclamação e conforto de nossas igrejas, interagindo mais do fazem os que são joio. Acreditamos que a simples reclamação e apontamento dos erros é suficiente para mudar um quadro. Mas isso é um erro, Jesus não apenas reclamou, ele interagiu com o povo e lutou contra o espírito de religiosidade de sua época. É isso que precisamos fazer, e por isso concluo dizendo: O nosso problema não é a unção, mas a noção!
Fonte: http://www.guiame.com.br/